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quinta-feira, 5 de junho de 2014

Pássaros e mamíferos correm risco de extinção em Bagé (RS)

05 de junho de 2014


Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
Recentemente, o Ministério do Meio Ambiente divulgou que 77 espécies vão deixar de constar entre os animais que estavam em risco de extinção. Isso porque eles aumentaram em número significativo na fauna brasileira. Na região da Campanha há uma expectativa pelos órgãos de proteção ambiental, pois há diversas espécies do Bioma Pampa na lista, que será publicada no segundo semestre deste ano.
De acordo com o chefe regional do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), Rodrigo Silva, as principais espécies da região que estão a perigo são os pássaros cardeal amarelo e coleiro do brejo. Assim como os mamíferos gato palheiro e veados. “Os pássaros são alvo de caça e captura. Já o gato é morto por moradores pois se alimenta com galinhas. Quanto aos veados, o que mais proporciona a redução da fauna são os atropelamentos nas estradas da região”, resume.
O comandante da Patrulha Ambiental, sargento Aldoir Saraiva, relata que há espécies que já foram extintas aqui na região. “Há algum tempo tínhamos  onças parda e pintada por aqui e hoje elas não existem mais. A ariranha é outro exemplar que tinha muito e não se encontra mais. Era morta, pois a pele tinha valor comercial”, lamenta.
Conforme Saraiva, o cardeal amarelo é raro e sua maior incidência na região é nos assentamentos em Candiota. “Já atendemos diversas ocorrências de caça dessa espécie. É um pássaro muito valorizado no mercado clandestino e quem gosta, paga bem para ter um”, afirma. O cardeal vermelho também está ameaçado, mas ainda tem um bom número de exemplares no pampa, segundo o sargento. Sobre o gato palheiro, o policial afirma que, além da matança, o desmatamento também ocasionou a redução do número desse mamífero. “Saliento que o Dourado tem pesca proibida aqui no pampa, assim como a caça do veado campeiro. Animais que correm risco de extinção. O nosso maior número de ocorrências ainda se concentra no abate de tatus, mulitas e capivaras”, enumera. Saraiva afirma que a cultura do assassinato e da caça, que está intrínseca na região, precisa ser mudada para que a fauna se mantenha.
Fonte: Jornal Minuano

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