Aos poucos o deserto do Atacama vai se transformando em um grande centro de geração de energia para o Chile, demonstrando que o potencial das fontes renováveis de levar empregos e renda para regiões inóspitas não é apenas um discurso. No Atacama, acaba de entrar em operação a maior usina fotovoltaica da América Latina, sendo que o deserto também receberá a maior instalação de geração de energia por concentração solar do continente.
A usina fotovoltaica Amanhecer, com uma capacidade instalada de 100 MW, começou ontem (5) a injetar energia na rede. A geração total do empreendimento é de 270 GWh de eletricidade, o suficiente para atender 125 mil residências.
Localizada a 37 quilômetros do distrito de Coiapó, a usina possui 370 mil módulos solares e ocupa uma área de 280 hectares do deserto.
“A energia solar é ideal para diversificar a matriz chilena, reduzindo custos e contribuindo para atender a demanda por uma fonte limpa e sustentável de eletricidade”, afirmou José Pérez, presidente da SunEdison para a Europa, África e América Latina, empresa que construiu a Amanhecer.
O outro grande projeto solar do Atacama será uma usina de concentração solar de 110 MW que contará com 10,6 mil espelhos distribuídos em uma área circular de aproximadamente 3,5 quilômetros para refletir a luz solar para a parte superior da torre central, de 243 metros de altura.
Nesta tecnologia, também chamada de termosolar, os raios solares são concentrados para transformar água, ou outro líquido, em vapor, que por sua vez alimenta turbinas geradoras de eletricidade.
Desenvolvida pela empresa espanhola Abengoa, a usina começará a ser construída no segundo semestre deste ano ao custo de US$ 1 bilhão. O projeto terá uma capacidade de 17,5 horas de armazenamento, permitindo o fornecimento de eletricidade de uma forma estável, 24 horas por dia, para suprir todos os períodos de demanda por eletricidade.
* Publicado originalmente no site CarbonoBrasil.
(CarbonoBrasil)
Nenhum comentário:
Postar um comentário