Dados preliminares do Inventário de emissão de gases do efeito estufa da capital paulista, divulgados nesta semana, mostram que a cidade enfrentará dificuldades para atender à sua meta de corte de 30% até 2012
A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente do Município de São Paulo está elaborando um novo “Inventário Municipal de Emissões e Remoções Antrópicas de Gases de Efeito Estufa (GEE) do Município de São Paulo” em atendimento à Lei nº 14.933, de 05 de junho de 2009, que institui a Política de Mudança do Clima do Município de São Paulo.
A Lei inclui uma ambiciosa meta de redução de 30% nas emissões de GEEs até 2012, em relação a 2003.
Os resultados preliminares do trabalho foram apresentados nesta terça-feira (12), sendo que o prazo para a entrega do novo inventário é no final do primeiro semestre de 2013. O material estará disponível para consulta pública durante 30 dias na página da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente.
Números
O levantamento deste relatório abrange o período entre 2003 e 2009 (para os setores de energia, resíduos, agricultura, florestas e uso do solo, processos industriais e uso dos produtos), com ampliação para o período entre 2010 e 2011 nos setores energia e resíduos, responsáveis pelas maiores emissões.
Em 2011, foram emitidas 16, 430 milhões de toneladas de CO2e em São Paulo, um aumento de 4% nos últimos nove anos. Em 2003 as emissões na maior cidade da América do Sul, com mais de 11 milhões de habitantes, somavam 15,738 milhões de toneladas.
O inventário mostra que entre 2003 e 2009 a capital paulista teve um aumento nas emissões principalmente devido à expansão da frota de automóveis, traduzindo-se em uma disparada no consumo de combustível.
A frota de veículos da capital cresceu 51% desde 2003, quando cerca de 4,383 milhões de automóveis circulavam. Atualmente, a soma já ultrapassa os 6,6 milhões, sendo que a quantidade de carros de grande porte, que emitem mais GEEs, também aumentou.
No período analisado, o setor de transportes foi responsável por 61% das emissões referentes ao consumo de energia (incluindo eletricidade e combustíveis fósseis), que por si só causa 81,9% da liberação total de GEEs da cidade.
O consumo de energia elétrica também cresceu significativamente entre 2003 e 2009, em 33%.
Com uma menor fatia, mas não menos importante, o setor de resíduos sólidos e efluentes foi responsável por 15,9% das emissões da cidade e o industrial por 2,4%.
Os trabalhos estão sendo financiados pelo Banco Mundial. As empresas Ekos Brasil e Geoklock Consultoria Ambiental se associaram para elaborar o inventário de emissões e remoções antrópicas de GEEs de São Paulo, cujas informações são essenciais para o monitoramento das emissões e o planejamento de políticas de mitigação destes gases.
A metodologia básica utilizada para o novo inventário é aprovada pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) da Organização das Nações Unidas, o que permitirá comparação dos resultados com outras cidades do mundo.
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FONTE : * Publicado originalmente no site CarbonoBrasil.
A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente do Município de São Paulo está elaborando um novo “Inventário Municipal de Emissões e Remoções Antrópicas de Gases de Efeito Estufa (GEE) do Município de São Paulo” em atendimento à Lei nº 14.933, de 05 de junho de 2009, que institui a Política de Mudança do Clima do Município de São Paulo.
A Lei inclui uma ambiciosa meta de redução de 30% nas emissões de GEEs até 2012, em relação a 2003.
Os resultados preliminares do trabalho foram apresentados nesta terça-feira (12), sendo que o prazo para a entrega do novo inventário é no final do primeiro semestre de 2013. O material estará disponível para consulta pública durante 30 dias na página da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente.
Números
O levantamento deste relatório abrange o período entre 2003 e 2009 (para os setores de energia, resíduos, agricultura, florestas e uso do solo, processos industriais e uso dos produtos), com ampliação para o período entre 2010 e 2011 nos setores energia e resíduos, responsáveis pelas maiores emissões.
Em 2011, foram emitidas 16, 430 milhões de toneladas de CO2e em São Paulo, um aumento de 4% nos últimos nove anos. Em 2003 as emissões na maior cidade da América do Sul, com mais de 11 milhões de habitantes, somavam 15,738 milhões de toneladas.
O inventário mostra que entre 2003 e 2009 a capital paulista teve um aumento nas emissões principalmente devido à expansão da frota de automóveis, traduzindo-se em uma disparada no consumo de combustível.
A frota de veículos da capital cresceu 51% desde 2003, quando cerca de 4,383 milhões de automóveis circulavam. Atualmente, a soma já ultrapassa os 6,6 milhões, sendo que a quantidade de carros de grande porte, que emitem mais GEEs, também aumentou.
No período analisado, o setor de transportes foi responsável por 61% das emissões referentes ao consumo de energia (incluindo eletricidade e combustíveis fósseis), que por si só causa 81,9% da liberação total de GEEs da cidade.
O consumo de energia elétrica também cresceu significativamente entre 2003 e 2009, em 33%.
Com uma menor fatia, mas não menos importante, o setor de resíduos sólidos e efluentes foi responsável por 15,9% das emissões da cidade e o industrial por 2,4%.
Os trabalhos estão sendo financiados pelo Banco Mundial. As empresas Ekos Brasil e Geoklock Consultoria Ambiental se associaram para elaborar o inventário de emissões e remoções antrópicas de GEEs de São Paulo, cujas informações são essenciais para o monitoramento das emissões e o planejamento de políticas de mitigação destes gases.
A metodologia básica utilizada para o novo inventário é aprovada pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) da Organização das Nações Unidas, o que permitirá comparação dos resultados com outras cidades do mundo.
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FONTE : * Publicado originalmente no site CarbonoBrasil.
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