Eletrobras já fala em demitir e cortar programa ambiental
A Eletrobras vai perder R$ 8,5 bilhões em receita em 2013 se aderir ao plano do governo para baixar o custo da energia, disse o presidente da estatal, José da Costa Carvalho Neto. Hoje, o Sistema Eletrobras tem receita de R$ 30 bilhões. A redução é resultado do corte das novas tarifas de geração e transmissão propostas pelo governo a partir das novas regras previstas na MP 579. A estatal quer discutir os termos da renovação. Costa disse que a empresa fará um programa para enxugar o quadro de pessoal, hoje com 28 mil funcionários. Além disso, o presidente da Eletrobras afirmou que programas ambientais e sociais também serão afetados - FSP, 7/11, Mercado, p.B1.
Geração térmica atinge limite máximo
A demora nas chuvas e o aumento do consumo levaram o país a um recorde na geração de energia por queima de combustíveis e estão provocando o aumento da importação de gás natural. "Estamos no limite máximo. É o nosso recorde histórico de geração térmica", disse Graça Foster, presidente da Petrobras. O ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) informou que as 20 usinas térmicas do país estão sendo ativadas. O consumo de energia no país cresceu 6% em outubro. No subsistema Sudeste/Centro-Oeste, que abrange metade do consumo total, a alta foi de 7,1%. Ontem, a Petrobras alimentou termelétricas que geravam 8.374 MW, capacidade que corresponde a mais da metade da hidrelétrica de Itaipu, a maior do país - FSP, 7/11, Mercado, p.B1.
Política energética do País ignora energia solar
O planejamento energético do governo para a próxima década ignora a energia solar, segunda fonte que mais cresce no mundo, depois da eólica. No Plano Decenal de Expansão de Energia 2021, aprovado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), apenas três parágrafos (em 386 páginas) são dedicados à solar. A conclusão é de que "apesar do grande potencial, os custos atuais desta tecnologia são muito elevados e não permitem sua utilização em volume significativo". Para especialistas, os planos do governo desprezam a crescente redução de custos e atenuam o potencial dessa fonte de energia - OESP, 7/11, Vida, p.A16.
Para o governo, momento é da energia eólica
O presidente da EPE, Mauricio Tolmasquim, diz que a abundância de fontes renováveis no Brasil é uma grande vantagem e que, por isso, o País tem condição de usar as mais baratas primeiro. "Agora é o momento da eólica. Amanhã vai ser o da solar. O preço vai cair e ela vai entrar, não tenho dúvida, mas vamos fazer no momento certo. É só uma questão de tempo", afirma. Tolmasquim lembra que o preço dos painéis fotovoltaicos caiu mais de 50% desde 2006. Ele admite a possibilidade de rever o plano decenal se houver "queda mais expressiva" nos próximos 5 anos. "Hoje ela é quatro vezes mais cara que a eólica. Vamos esperar ficar mais competitiva" - OESP, 7/11, Vida, p.A16.
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FONTE : Manchetes Socioambientais, boletim de 7/11/2012.
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