27 de junho de 2015
Por Augusta Scheer (da Redação da ANDA)
Em 2014, o grupo PETA enviou investigadores disfarçados a fábricas fornecedoras de couro de crocodilo e de jacaré, situadas no Zimbábue e no Texas. Gravações mostram funcionários cortando os corpos dos animais enquanto eles estão totalmente conscientes, rompendo suas peles com estiletes e apunhalando-os para deslocar suas vértebras durante a extensa carnificina. Investigadores documentaram o sofrimento dos répteis, sangrado e agonizando durante vários minutos. Os estabelecimentos fornecem couro para a grife Hermès, cuja bolsa Birkin (de couro de jacaré) é vista por muitos como símbolos de status.
A investigação sigilosa também revelou as condições em que os jacarés e crocodilos são alojados. Na natureza, esses animais inteligentes criam seus filhotes, usam ferramentas para capturar suas presas e vivem por décadas, muitas vezes mais do que humanos. Nas fazendas de criação, os crocodilos são confinados em tanques de concreto e forçados a viver em meio aos próprios excrementos. Os animais são mortos dentro de um ano.

Roupa com pele de crocodilo da marca Hermès da coleção masculina de 2015 (Foto: Patrick Kovarik/Agence-France Presse)
Os fornecedores da Hermès matam até quatro jacarés para fazer uma única bolsa Birkin. As peles também são usadas para fazer pulseiras de relógio, cintos, sapatos e outros acessórios.
Em um pronunciamento reproduzido pelo New York Times a Hermès defendeu seus produtos e não expressou nenhum remorso pela brutalidade exposta no vídeo.
No Texas, a promotoria do condado de Chambers está conduzindo uma investigação na fazenda de jacarés Lone Star.
Os jacarés vendidos pela Hermès são submetidos a atrocidades inenarráveis no processo de fabricação das bolsas. Assine a carta para a Hermès demandando que parem de vender produtos feitos de pele de jacaré e crocodilo.
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