03 de fevereiro de 2015
(da Redação da ANDA)
Mais um estado norte-americano está se posicionando contra a manutenção de orcas e golfinhos em cativeiro.
Um parlamentar de Washington (EUA) propôs uma lei que proibirá zoológicos e aquários de manter cetáceos cativos com o propósito de entretenimento humano. O senador Kevin Ranker introduziu o projeto de lei na semana passada. As informações são do The Dodo.
“Eles costumam nadar centenas e milhares de quilômetros e nós estamos colocando-os em tanques do tamanho de uma sala do Senado de Washington. É nauseante”, disse o político à Northwest Public Radio.
A lei, que contém uma exceção para estabelecimentos que mantêm cetáceos temporariamente para reabilitação ou pesquisas, indica que todos os animais que não puderem ser libertados sejam movidos para santuários marítimos para que vivam sob condições mais naturais.
Washington não é o primeiro local a introduzir uma legislação desse tipo. Na semana anterior, Ontario (Canadá) anunciou a proibição de compra e venda de orcas para cativeiro. No ano passado, os estados de Nova York e São Francisco aprovaram medidas similares, e outra encontra-se em estudo na Califórnia.
Apesar de não haver cetáceos cativos atualmente em Washington, o estado sente os efeitos da prática de cativeiro de mamíferos marinhos. Nos anos 60 e 70, centenas de orcas foram capturadas para parques marinhos na costa do estado, muitas delas foram enviadas ao SeaWorld. Ranker, que vive na Ilha de Orcas, local em que grupos de orcas selvagens frequentemente vão nadar, disse à NWPR que uma ida ao SeaWorld de San Diego o levou a se colocar contra a prática.
“Foi uma experiência muito marcante para mim, e não no aspecto positivo”, declarou ele.
Defensores dos direitos animais estão celebrando a proposta. Jeffrey Ventre, um ex-treinador de orcas do SeaWorld que apareceu no documentário “Blackfish”, disse ao The Dodo: ”A maioria dos políticos não quer ficar do lado errado da história…há muitos países por todo o mundo que são potenciais abrigos para instalações do tipo ‘SeaWorld’, tais como os Emirados Árabes, incluindo Dubai. Essa proibição emotiva dos shows de golfinhos envia uma clara mensagem aos investidores de todo o mundo. Gostem ou não, muitos países seguem o exemplo dos Estados Unidos. Conforme o negócio de cativeiros se desmorona aqui, isso repercute em toda parte”.
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