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Energia
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A hidrelétrica de Jirau teve o seu pedido de perdão por atrasos nas obras rejeitado pela área técnica da Aneel. O objetivo do o consórcio Energia Sustentável do Brasil era justificar as paralisações e ficar isenta de culpa pelos sucessivos adiamentos no cronograma da usina em construção no Rio Madeira (RO). Os donos de Jirau afirmam que os prazos sofreram impacto de 535 dias de paralisações, por causa de incêndios, atos de vandalismo e greves. A área técnica da Aneel reconhece apenas 157 dias de paralisações. Se a Aneel confirmar a decisão da área técnica, Jirau terá de comprar energia no mercado à vista, ao preço da época em que não entregou, e restituir as distribuidoras - OESP, 3/2, Economia, p.B1. |
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Outros dois julgamentos sobre atrasos de megausinas estão na pauta da Aneel hoje. A agência deve julgar o pedido de alteração do cronograma de Belo Monte, hidrelétrica em construção no Rio Xingu (PA) e a suspensão de sanções por atrasos de Santo Antônio, em fase de conclusão no Rio Madeira (RO). O pedido da Norte Energia sobre Belo Monte prevê que o início de operação, que deveria ocorrer neste mês, passe a ser fevereiro de 2016. A Santo Antônio Energia também busca se livrar de penalidades por ter atrasado a operação das turbinas em 63 dias - OESP, 3/2, Economia, p.B1. |
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Segundo analistas, o governo e o mercado desconhecem o volume exato de água que as hidrelétricas brasileiras usam para gerar energia. Além disso, o consumo de eletricidade no país avançou menos do que o previsto, e as chuvas foram de 87% da média histórica nos últimos três anos, o que contrasta com o argumento do governo de que a seca é a principal vilã da crise. E, segundo Luiz Pinguelli Rosa, ex-presidente da Eletrobras, o país só tem água armazenada nos reservatórios do Sudeste para um mês de geração de energia, um patamar mais baixo do que antes do racionamento de 2001. "Acredito que não teremos como escapar do racionamento", disse - O Globo, 3/2, Economia, p.15. |
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Apresentada como uma das ações emergenciais para conter a crise energética pelo ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, a utilização de geradores pelo comércio já é uma prática recorrente dos shoppings do país. Segundo a Abrasce, associação que representa o setor, cerca de 90% dos shoppings usam o equipamento, especialmente nos horários de pico. A medida também visa à redução de custo - O Globo, 3/2, Economia, p.15. FSP, 3/2, Mercado, p.B3. |
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Água
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Após intensificar as ações de combate a fraudes em ligações de água por causa da crise hídrica, a Sabesp divulgou ontem ter "recuperado" 2,6 bilhões de litros que foram desviados da rede na região metropolitana em 2014. O volume corresponde ao dobro da produção diária atual do Sistema Cantareira e é suficiente para abastecer 260 mil pessoas por um mês. O balanço da Sabesp mostra que foram identificadas 15,6 mil fraudes no ano passado, média de 42 casos por dia, 13% a mais do que em 2013. Segundo a companhia, as fraudes eram cometidas por residências, galerias comerciais, salões de beleza, pensões, bares, lanchonetes e restaurantes - OESP, 3/2, Metrópole, p.A12. |
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O Estado de São Paulo dispõe de apenas 271 funcionários para fiscalizar o uso da água, em represas, nascentes, poços e rios que abastecem a população, além de empresas e produtores rurais. Dos 404 cargos de engenheiro concursado com essa atribuição no Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica), apenas 271 (67% do total) estão preenchidos, segundo dados do Portal da Transparência do governo de Geraldo Alckmin (PSDB). Diretores do Daee afirmam que, mesmo se todas as vagas estivessem preenchidas, o número de fiscais ainda assim seria insuficiente. Na situação atual, dizem, só denúncias são apuradas - FSP, 3/2, Cotidiano, p.C1. |
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O volume morto não é fruto de um desarrumo da natureza, ou sua vingança, é um problema das grandes cidades
"O debate em torno do volume morto pode ser uma oportunidade pedagógica, mesmo dispersa, de acúmulo necessário, para questões de direito à cidade e vida sustentável ganharem mais força diante de governos e forças sociais. Duas posturas são necessárias: 1. Ao mesmo tempo em que se marcam com pressão e responsabilização governos e gestões nesta situação, é necessário não aceitar o discurso do 'comigo no governo seria diferente'. 2. Transparência máxima na gestão das águas urbanas e participação comunitária, regional, territorial na busca de soluções imediatas e na construção de outros modelos de uso da água. Cada vez mais, caberá a nós, cidadãos, a tarefa de encontrar soluções locais para contradições globais - como aponta Bauman em Confiança e medo nas cidades (vale ler!). Para isso, as estruturas de governos precisam ser transparentes e porosas à participação", artigo de Marcus Faustini - O Globo, 3/2, 2o. Caderno, p.2. |
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Geral
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Os rios voadores seriam mais fortes se não fosse o estrago provocado pelo homem na Floresta Amazônica. Os rios voadores são formados na Amazônia a partir da umidade que a floresta "puxa" do Atlântico. Com a "transpiração" das árvores, uma grande quantidade de vapor de água é jogada na atmosfera. São cerca de 20 bilhões de litros por dia. Eles margeiam a Cordilheira dos Andes e se desviam dela na altura do Centro-Sul do país. Quando encontram frentes frias, trazem chuvas para esta região. Estima-se que 47% da floresta, em sua porção brasileira, foram totalmente desmatados ou sofreram algum tipo de degradação. Antonio Donato Nobre, autor do estudo O futuro climático da Amazônia destaca que uma árvore pode bombear para a atmosfera mais de mil litros de água por dia em forma de vapor. Se há menos vapor de água na atmosfera, as chuvas podem ser cada vez mais escassas no Centro-Sul do país - O Globo, 3/2, Sociedade, p.20. |
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"A crise de energia é uma das razões para os economistas preverem queda do PIB e inflação a 7% este ano. O racionamento de água, inevitável em estados como São Paulo, também vai impactar o PIB. Nos dois casos, poderia ter havido planos de contingência que evitassem deixar as coisas chegarem no ponto que chegaram. Os governadores não podem mais adiar medidas para proteger o abastecimento futuro de água, a presidente da República não pode mais fugir de suas responsabilidades", coluna de Míriam Leitão - O Globo, 3/2, Economia, p.16. |
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