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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015


Resumo diário de notícias selecionadas
dos principais jornais, revistas, sites especializados e blogs,
além de informações e análises direto do ISA
 
 
HOJE:
Água, Belo Monte, Biodiversidade, Energia, Florestas
Ano 14
11/02/2015

 

Direto do ISA

 
  Monitoramento independente sobre a efetividade das condicionantes de Belo Monte, realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), aponta problemas de gestão, planejamento, falta de participação cidadã e de articulação entre o poder público e a Norte Energia, que colocam em risco a eficácia de ações como saneamento básico e educação Direto do ISA, 10/2.
  
 

Biodiversidade

 
  A Câmara dos Deputados aprovou ontem o novo marco legal para o acesso ao patrimônio genético do país e mudanças na cobrança de royalties como compensação pelo uso da biodiversidade nacional em produtos dos setores farmacêutico, alimentício, agropecuário e cosmético. O texto vai ao Senado em regime de urgência. O projeto foi elaborado pelo governo após pressão das indústrias química, alimentícia e de cosméticos para facilitar a pesquisa da biodiversidade brasileira para desenvolvimento de produtos e renegociar multas a empresas e instituições. PSOL, PCdoB, PT, PV e PSB tentaram alterar o texto para tornar mais favorável aos povos indígenas a repartição de benefícios, mas todos os destaques foram rejeitados Valor Econômico, 11/2, Política, p.A8.
  
 

Florestas

 
  Um ranking mostrou como as 500 maiores instituições do mundo que controlam a cadeia de commodities do planeta estão se preparando para zerar o desmatamento até 2020. Os produtos comercializados são considerados mercadorias de risco da floresta, devido a seu potencial para degradar a vegetação. Entre eles estão óleo de palma, carne, couro, madeira, papel e celulose. O projeto "Forest 500" ("Floresta 500") avaliou e classificou os compromissos assumidos por 250 empresas; 150 investidores e credores; 50 países e regiões; e 50 outros atores influentes no setor de sustentabilidade. Os países avaliados são responsáveis por quase 90% do desmatamento tropical ocorrido na última década O Globo, 11/2, Sociedade, p.28.
  
 

Energia

 
  A escassez de água nos principais reservatórios do Sudeste e Centro-Oeste já leva o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) a considerar a necessidade de um corte de até 10% da carga de energia do País para garantir o abastecimento. Em suas estimativas mais conservadoras, o ONS trabalha com a possibilidade de que fevereiro registre apenas 43% da média histórica de chuvas nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste. Se essa média se confirmar, o custo da geração térmica de energia pode explodir e chegar a valores recordes de R$ 3.158 pelo megawatt/hora OESP, 11/2, Economia, p.B4.
  O governo avalia conceder incentivos às mini e micro gerações feitas pelos próprios consumidores em suas casas, que podem "devolver" eletricidade à rede das distribuidoras e obter créditos nas contas de luz dos meses seguintes. A mais importante dessas medidas seria autorizar as distribuidoras de energia a pagar mais caro por essa eletricidade. "Isso estimulará que mais consumidores adotem o modelo de geração própria", disse o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino. Outra medida em estudo é a criação de uma linha de financiamento aos equipamentos de geração caseira, como placas solares, turbinas eólicas, conversores e os leitores bidimensionais OESP, 11/2, Economia, p.B4; O Globo, 11/2, Economia, p.23.
  O baixo volume de chuva nos meses de janeiro e fevereiro fizeram bancos e consultorias refazerem - para cima - as previsões de racionamento de energia elétrica neste ano. Diante de um janeiro que teve a pior hidrologia dos últimos 84 anos e de um começo de fevereiro com a terceira pior marca da história, o risco traçado pelo mercado chegou a 75%. Especialistas afirmam, no entanto, que independentemente da nomenclatura de racionamento ou racionalização, há necessidade imediata de reduzir o consumo OESP, 11/2, Economia, p.B4.
  
 

Água

 
  O volume de chuvas no início de fevereiro, que já se aproxima da média para o mês, e a obra de interligação da represa Billings com o sistema Alto Tietê, capaz de amenizar a demanda do sistema Cantareira, fizeram o governo Geraldo Alckmin (PSDB) adiar a decisão sobre a implantação do rodízio de água na Grande SP. Se continuar chovendo bem até o fim de março e a conexão dos reservatórios for concluída até maio, com moradores abastecidos pelo Cantareira recebendo água também do Guarapiranga, a Sabesp considera viável atravessar sem rodízio o período seco, de abril a setembro. No momento, o fim deste mês é o prazo dado como limite pelo governo estadual para definir se haverá rodízio de água FSP, 11/2, Cotidiano, p.C1.
  A Prefeitura de São Paulo pretende deixar de pagar cerca de R$ 3,5 bilhões em contratos com as maiores construtoras do País por causa de desentendimentos nos ajustes de preços de obras nos mananciais das Represas Billings e do Guarapiranga. Oito contratos serão afetados, todos eles assinados pela gestão Gilberto Kassab (PSD), hoje ministro das Cidades. Fernando Haddad (PT) disse ontem que as empresas terão de reapresentar os valores caso queiram receber. A gestão Haddad afirma que os contratos assinados pelo ex-prefeito não respeitaram regras da Caixa Econômica Federal no que se refere ao teto dos insumos usados na composição de preço das obras, que contam com verba do PAC OESP, 11/2, Metrópole, p.A15.
  O governo Geraldo Alckmin e a iniciativa privada começaram a discutir a possibilidade de adotar a dessalinização da água do mar. O projeto está estimado em R$ 1,5 bilhão e seria feito no modelo de Parceria Público-Privada. Apesar de ser considerada uma solução cara por parte do governo, a hipótese é discutida pela Sabesp. Um consórcio formado por três empresas vai protocolar na Secretaria de Governo uma manifestação de interesse em construir uma usina de dessalinização no litoral paulista para "aliviar" as represas que abastecem a região metropolitana. A proposta tem o endosso do ex-presidente da Sabesp Gesner Oliveira, que garante a viabilidade, comparando com outros investimentos feitos por Alckmin nesta área OESP, 11/2, Metrópole, p.A14.
  O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse ontem que a redução na pressão da água e outras medidas como o bônus equivalem a uma economia igual à do rodízio. "Com o bônus, mais a válvula redutora de pressão, conseguimos uma economia que equivale a um rodízio de 2 por 2 (dois dias com e dois dias sem água) sem fazer rodízio", afirmou OESP, 11/2, Metrópole, p.A14.
  Um ano após o início da crise no Sistema Cantareira, o presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu, afirmou que "há um problema de gestão terrível" por parte do governo de São Paulo, uma vez que 22% da população ainda continua consumindo mais água hoje. Em entrevista, Andreu diz que os novos gestores paulistas da crise repetem o discurso do governador Geraldo Alckmin (PSDB) ao dizer que "é preciso atravessar o deserto de 2015". E acha que o gatilho para o rodízio já passou OESP, 11/2, Metrópole, p.A13.
  "A área do sistema Cantareira não tem um verão como 2015 desde que os dados de chuva começaram a ser registrados, há 125 anos. Na primavera de 2014, não se imaginava que seria possível uma situação ainda pior em 2015. Entretanto, a vazão média afluente ao sistema em janeiro deste ano foi 40% menor que janeiro de 2014. O enfrentamento da crise passa por um conjunto de ações para aumentar a segurança hídrica a curtíssimo (2015), médio (2016-2020) e longo prazo (2020-2050). Essas ações devem aumentar a oferta para reduzir o risco hidrológico. A colaboração de toda a população economizando água ao máximo é essencial para que, em conjunto com as ações de governo, possamos superar essa crise", artigo de Benedito Braga, secretário de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado de São Paulo FSP, 11/2, Tendências/Debates, p.A3.
  
 
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