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quinta-feira, 1 de julho de 2010

PF apreende mais de 10 mil animais em operação contra o tráfico de animais silvestres

A Polícia Federal deflagrou na manhã de ontem, 30 de junho, a operação “São Francisco” para repressão de crimes ambientais, notadamente maus-tratos de animais, tráfico internacional de espécies das faunas nativa e exótica, além de outros crimes conexos.

A investigação, iniciada há oito meses, permitiu a identificação dos integrantes da maior quadrilha brasileira de tráfico de animais silvestres, sobretudo aves da fauna brasileira que eram vendidas no exterior, bem como importados ilegalmente, para venda no mercado clandestino interno, de espécies da fauna de diversos locais do mundo.


Foram expedidos 32 mandados de prisão e 42 de busca e apreensão, que serão cumpridos em residências, empresas e repartições públicas, nas cidades de Curitiba, São José dos Pinhais, Londrina, Maringá, Foz do Iguaçu, todas no Paraná, em Florianópolis/SC, e em São Paulo, nas cidades de Ribeirão Preto, Araraquara, Piracicaba, Campinas, Capivari, além da capital paulista.

Além destas medidas, foram decretados ainda pela Vara especializada da Justiça Federal, o sequestro dos bens de uma empresa e de uma pessoa física e de mandados de prisão e de busca e apreensão para cumprimento no exterior, com apoio da INTERPOL.

Os animais encontrados vivos em cativeiro serão apreendidos pelo IBAMA e logo encaminhados para um centro de triagem de animais. Havendo viabilidade técnica, serão devolvidos para seus países de origem os animais trazidos ilegalmente e repatriados os exemplares levados clandestinamente do Brasil.

As prisões decretadas alcançam ainda servidores públicos ocupantes de cargos com dever de ofício de fiscalização e repressão dos crimes investigados, e estão sendo cumpridas com apoio institucional dos representantes dos poderes constituídos na esfera estadual.

Durante as investigações, um estrangeiro foi preso em flagrante quando chegava ao Brasil – no aeroporto de Guarulhos/SP – trazendo 64 ovos e exemplares de algumas espécies comercializadas pela quadrilha.

Além dos crimes de maus-tratos de animais, tráfico internacional de espécies das faunas nativa e exótica, os envolvidos também responderão por receptação, formação de quadrilha, falsificação de sinais públicos, tráfico de influência, crimes contra a ordem tributária e de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores.
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FONTE : Informe da Superintendência Regional da PF em Curitiba, publicado pelo EcoDebate, 01/07/2010

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