Um grupo de professores da Faculdade de Planaltina da Universidade de Brasília lançará quatro livros com temas ambientais e agrários. O evento será no café e livraria Sebinho, na comercial da 406 da Asa Norte, a partir das 18h, em Brasília.
Confira um pouco sobre cada publicação:
Terra e modernidade: a reinvenção do campo brasileiro
A Expressão Popular, com seu projeto de disponibilizar publicações que oferecem debates políticos importantes a baixo custo, lança o livro de Sérgio Sauer, sociólogo da UnB e Relator Nacional do Direito Humano a Terra, Território e Alimentação – Plataforma DhESCA. Segundo a cientista social, Leonilde Medeiros, no conjunto de ensaios que compõem o livro, o autor procura mostrar que o tema do acesso à terra, longe de ser residual pode e deve ser compreendido à luz dos debates teóricos atuais, se quisermos perceber suas modulações e implicações. Como Sauer ressalta, “a modernidade – historicamente um conceito relacional identificado com a cidade – produz representações sociais e valores que perpassam os itinerários de vida e influenciam a reconstrução da identidade das pessoas que lutam pelo acesso à terra”.
Agroecologia e os desafios da transição agroecológica
Nesta publicação da Expressão Popular, os sociólogos Sérgio Sauer e Moises Balestro organizam um conjunto de textos que expressam a diversidade das abordagens para a superação de duas crises bastante entrelaçadas: a agrária e a socioambiental. Pode-se dizer que uma parte significativa do debate e das preocupações em torno dos grandes temas desenvolvimento (rural) e sustentabilidade ambiental estão contidas nas contribuições dos autores. O fio condutor que os une é a premência na construção de alternativas ou respostas à crise socioambiental passa pela mobilização de esforços teóricos e práticos. A Agroecologia, como ciência e como um programa político, apresenta-se como um caminho a ser seguido. Ela sinaliza uma reorganização radical nos sistemas sociais de produção e de consumo capaz de superar as conseqüências da modernização que afetam a reprodução da vida no planeta.
Repensar a educação ambiental: um olhar crítico
Neste livro da editora Cortez, o biólogo e cientista social, Philippe Layrargues e outros organizadores reconhecem a pluralidade característica da educação ambiental e, por isso mesmo, buscam identidades mais consistentes para responder aos desafios das condições socioambientais brasileiras. Esta publicação apresenta algumas inovações: os conceitos da abordagem crítica e emancipatória são apresentados vinculados à prática e são objetos de apreciação crítica. Além disso, a publicação tem alta capacidade de traduzir os conceitos em prática e vice-versa.
Rede Sociotécnica e inovação social para sustentabilidade das águas urbanas
O sociólogo e economista político, Ricardo T. Neder avalia uma das experiências de construção político-institucional dos comitês de bacia hidrográfica como instância de regulação da política de uso (ou demanda) da água. A obra, publicada pela editora UnB, apresenta os resultados de pesquisa-ação entre 2000 a 2007 entre três centenas de representantes civis, governamentais e econômicos – atores em redes sociais e técnicas no Comitê da Bacia do Alto Tietê, área metropolitana da grande São Paulo. Para Neder, diante da complexidade da gestão do uso sustentável da água, os atores organizados em comitês buscam uma racionalidade mais democrática. Trata-se de um novo modo de regulação que exige dos movimentos sociais populares e socioambientalistas de classe média alianças em torno da construção de redes sociotécnicas. A obra apresenta uma metodologia de redes sociotécnicas que pode ajudar na construção de colegiados gestores por bacia hidrográfica.
Serviço
Lançamento dos livros: Terra e modernidade: a reinvenção do campo brasileiro; Agroecologia e os desafios da transição agroecológica; Repensar a educação ambiental: um olhar crítico e Rede Sociotécnica e inovação social para sustentabilidade das águas urbanas.
Quando: 13/7, terça-feira
Onde: Café e Livraria Sebinho – SCN 406, bloco C. Asa Norte, Brasília.
Horário: 18h
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FONTE : Mov. Trabalhadores Rurais Sem Terra – Brasil e publicado pelo EcoDebate, 14/07/2010
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