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sexta-feira, 16 de julho de 2010

BP afirma que conseguiu paralisar vazamento no Golfo

A petroleira britânica BP anunciou nesta quinta-feira que conseguiu paralisar temporariamente o fluxo de petróleo do vazamento no Golfo do México.

A notícia é do jornal O Estado de S. Paulo, 16-07-2010.

Esta é a primeira vez que o vazamento é paralisado desde a explosão em 20 de abril da plataforma Deepwater Horizon, operada pela BP, que originou o enorme fluxo de petróleo na região.

O poço foi selado com uma cápsula, ou "tampa", como parte de um teste que pode durar até 48 horas.

O executivo da BP Kent Wells afirmou que o fluxo de petróleo foi paralisado no início da tarde desta quinta-feira, às 14h25 (horário local, 16h25, horário de Brasília) e que ele estava "animado" com o progresso da operação.

"É muito bom não ver petróleo no Golfo do México", afirmou.

Já o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, classificou a interrupção do vazamento como um "sinal positivo".

"É um sinal positivo, (mas) estamos ainda na fase de testes e terei mais a dizer sobre isso amanhã", disse Obama ao final de uma coletiva de imprensa.

Teste

A BP vem afirmando que, mesmo se nenhum petróleo escapar pelo vazamento nas próximas 48 horas, não significa que o fluxo de óleo e gás foi paralisado permanentemente.

Se bem-sucedido, o sistema deve conter o vazamento até a entrada em operação de poços alternativos que estão sendo construídos ao lado do original, a cerca de 1,5 mil metros de profundidade.

O trabalho para a construção destes poços está suspenso no momento, justamente para que a BP possa testar o mecanismo que conseguiu paralisar o vazamento.

O teste da cápsula colocada no poço vai verificar se a pressão no mecanismo está baixa, o que poderia indicar que o petróleo estaria vazando em outro lugar. Pressão alta indicaria um resultado positivo, sinal de que não há outros vazamentos no poço.

Segundo o comandante da Guarda Costeira dos Estados Unidos e encarregado de coordenar a resposta ao incidente, almirante Thad Allen, mesmo se o mecanismo for bem-sucedido, o poço poderá ser reaberto e o petróleo capturado por navios na superfície, enquanto os testes sísmicos são realizados.

Para Allen, a opção de fechar o poço, fechando todas as válvulas e paralisando o fluxo, era um "benefício a mais" deste novo mecanismo.

A prioridade, no entanto, de acordo com o comandante da Guarda Costeira, sempre foi aumentar a quantidade de petróleo capturado e canalizado para a superfície.

O governo calcula que o vazamento despeje entre 5,7 milhões a 9,5 milhões de litros de petróleo diariamente nas águas do Golfo do México.

O vazamento começou após a explosão de uma plataforma operada pela BP em 20 de abril, incidente que matou 11 trabalhadores da empresa e se transformou no maior desastre ambiental da história dos EUA.
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FONTE : (Envolverde/IHU On-Line)

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