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sexta-feira, 27 de março de 2009

RIO TIETÊ,SP


O rio Tietê, um dos principais símbolos da cidade de São Paulo, está biologicamente morto há décadas. O rio que nasce na Serra do Mar, no município de Salesópolis, volta-se para o interior de São Paulo e percorre 1.150 quilômetros até chegar ao rio Paraná, na divisa com Mato Grosso do Sul. Seu trajeto foi de grande importância como meio de transporte, principalmente com as monções – as expedições que aconteceram após a descoberta de ouro em Mato Grosso no século XVIII. Às margens do rio também se desenvolveria a cultura de café e o início da industrialização na área metropolitana de São Paulo.

No início do século XX ainda era possível ver a utilização do Tietê para o lazer: pescarias e regatas de clubes paulistanos eram realizadas em suas águas. Entretanto, o crescimento e desenvolvimento desenfreado de São Paulo e de cidades ao seu redor, sem bases sustentáveis, foram responsáveis pela poluição do rio. Principalmente a partir de 1930, o Tietê passou a servir de escoamento para o esgoto industrial e urbano da cidade.

Para alguns especialistas, a decisão do então governador de São Paulo, Ademar de Barros, em 1955, foi crucial para a poluição do rio: o sistema de esgotos da cidade foi interligado e os dejetos de toda indústria paulista terminavam no Tietê. O esgoto do rio Pinheiros e Tamanduateí desembocava também no Tietê.

O Programa de Despoluição da Bacia do Alto do Tietê, que engloba a região metropolitana de São Paulo, foi delineado a partir de 1992. É considerado um dos projetos de despoluição mais ambiciosos do mundo devido à dimensão do problema e do prazo curto para os resultados – 20 anos. Avaliado em 2,6 bilhões de dólares, tem financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do governo estadual. Na primeira etapa do projeto (1992-1998) foram gastos 1 bilhão de dólares. A segunda etapa, com previsão de conclusão para 2005, gastará cerca de 400 milhões de dólares.

Alguns resultados do projeto já começaram a aparecer. Nos anos 90, a mancha de poluição se estendia por 250 quilômetros a partir da capital. Hoje, já recuou cerca de 100 quilômetros e, em alguns trechos mais próximos a São Paulo, os peixes reapareceram. No final da segunda fase do projeto, o intuito é que o volume de esgoto tratado na região metropolitana aumente de 62% para 70% do total, enquanto o índice de coleta de esgoto pule de 80% para 84%, beneficiando 1,2 milhão de pessoas.

Entretanto, o tratamento do esgoto não é a solução final para os problemas do rio. Cerca de 35% da poluição é ocasionada pelo lixo jogado nas ruas – entre sacolas plásticas, garrafas e outros tipos de material industrializado -, que chega no Tietê através de seus afluentes. A Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo acredita que, se a situação permanecer até 2015, esse tipo de lixo representará dois terços da poluição do rio. Por isso, além do programa de despoluição do rio, entidades como a Fundação SOS Mata Atlântica auxiliam o projeto com a conscientização da população.
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Fonte: Revista ÉPOCA, Agências internacionais e SOS Mata Atlântica.

2 comentários:

Anônimo disse...

eu acho que as vezes muita gente joga lixos em rios e em ruas estou fazendo um trabalho de escola

Anônimo disse...

Adorei, me ajudou muito do que os site especializados no assunto muito obrigado mesmo espero que vocês tenham outras coisa sobre a natureza.
Sou a nova seguidora de vocês
Até a proxima pesquisa.