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segunda-feira, 30 de março de 2009
Apagão voluntário pelo planeta
Monumentos e pontos turísticos de 2.140 cidades espalhadas por 82 países ficaram no escuro das 20h30min às 21h30min de sábado (em cada região) por causa da Hora do Planeta, movimento mundial que procura conscientizar a população sobre o aquecimento global.
Em Santa Catarina, um dos monumentos que ficaram às escuras foi a Ponte Hercílio Luz, na Capital.
No país, a lista do apagão teve símbolos como o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, e o Congresso Nacional, em Brasília. No mundo, alguns dos destaques foram a Torre Eiffel (França), o Big Ben (Inglaterra) e a Ópera de Sydney (Austrália).
O evento não foi feito somente de ícones globais apagados, mas também de gente comum que aceitou a proposta de desligar o interruptor durante uma hora. É o caso da jornalista Jésica Maia, 23 anos, que mora em Florianópolis. Além de participar da proposta, conseguiu adesão de cinco amigos. Segundo ela, cada um precisa fazer a sua parte.
Jésica avaliou que a imagem da Torre Eiffeil no escuro tem um simbolismo muito grande. Mas ressaltou que o mais importante é a adesão da sociedade no mundo inteiro. Ela acredita que o movimento vai servir para pressionar os governantes a tomarem medidas contra o aquecimento global.
O assistente de marketing Enio Monteiro de Lima, 26, de Florianópolis, participou da Hora do Planeta por causa da proposta de conscientização. Ele salientou que o movimento faz as pessoas pensarem como atitudes do cotidiano afetam o meio ambiente. Ele disse que está preocupado porque o modo de vida que a sociedade adota trará consequências negativas para as gerações futuras.
Jésica acredita que o movimento pode ser ainda maior. Ela disse que não conhecia a Hora do Planeta e falou que teria participado nas duas edições que já ocorreram se soubesse. A jornalista explicou que o maior legado não é economia de energia elétrica, mas o recado sobre a importância de se pensar no aquecimento global.
Participação superou a expectativa da organização
A Hora do Planeta nasceu em Sydney, na Austrália, em 2007, organizada pela organização não-governamental (ONG) ambientalista WWF. A repercussão foi tamanha que, no ano seguinte, outras cidades se engajaram. Desta vez, o movimento alcançou repercussão global. Em Santa Catarina, além de Florianópolis, participaram os municípios de Blumenau, no Vale do Itajaí; Joinville e Corupá, no Norte; Balneário Camboriú e Itajaí, no Litoral Centro-Norte; e Pinhalzinho, no Oeste.
No Brasil, pelo menos 700 empresas e 300 organizações sociais aderiram ao movimento.
A adesão mundial superou as expectativas dos organizadores da Hora do Planeta. Eles esperavam que mil cidades apagassem as luzes por uma hora. Os números divulgados indicam a participação de 2.140 municípios.
Com toda a mobilização, a ONG pretende mostrar o interesse e a preocupação da sociedade com o aquecimento global para que, em um encontro na Dinamarca, em dezembro deste ano, seja assinado o Acordo Global de Clima. O documento envolverá cem países e estabelece metas e regras para combater as mudanças climáticas.
No Brasil, os principais problemas ambientais são as queimadas e o desmatamento, segundo o WWF. Juntos, eles representam 75% das emissões de gás carbônico e colocam o país na quarta posição dos que mais contribuem para o aquecimento global.
De acordo com informações do Painel Intergovernamental de Mudanças do Clima (IPCC) no mundo, a manutenção dos ecossistemas, dos ciclos hídricos e a produção de alimentos depende da temperatura do planeta.
Aumentando em mais 2ºC a temperatura média, a vida poderá estar comprometida na Terra.
No escuro
Santa Catarina
Florianópolis – Ponte Hercílio Luz, marco em homenagem ao fundador da cidade, Dias Velho, e o monumento da Polícia Militar (na Beira-Mar Norte)
Balneário Camboriú – Cristo Luz
Itajaí – Teatro Municipal, Centro de Eventos, Igreja Matriz, Museu Histórico, Biblioteca Pública, prefeitura e Fundação do Meio Ambiente
Blumenau – Prédio da prefeitura
Joinville – Casa de Cultura, Estação Ferroviária, Museu de Arte e Museu Nacional de Imigração e Colonização
Corupá – prédios públicos
Pinhalzinho – praça central
Brasil
Rio de Janeiro – Cristo Redentor, Pão de Açúcar, Parque do Flamengo, orla de Copacabana, comunidade do Morro Dona Marta, Jockey Club e Castelinho da Fiocruz
São Paulo – Ponte Estaiada, Monumento às Bandeiras, Viaduto do Chá, Estádio do Pacaembu, Teatro Municipal, Obelisco, Estádio do Morumbi e Parque do Ibirapuera
Porto Alegre – Estátua do Laçador e Usina do Gasômetro
Curitiba – Teatro do Paiol, Fonte dos Anjos, Torre da Biodiversidade, Estufa do Jardim Botânico, Linha Verde – Monumento de Bambu, fontes das Praças Santos Andrade e Generoso Marques, portais Santa Felicidade e Polonês, pista de atletismo da Praça Osvaldo Cruz, Cancha polivalente da Praça Ouvidor Pardinho
Brasília – Congresso Nacional, Catedral, Conjunto Cultural da República, Teatro Nacional, ministérios e iluminação pública da Esplanada, Letreiro do Conjunto Nacional de Brasília, Câmara dos Deputados, Câmara Legislativa do Distrito Federal
Belém – Mercado de São Brás, Parque Zoobotânico, Bosque Rodrigues Alves
Rio Branco – Palácio Rio Branco (sede do governo estadual), prefeitura, Horto Florestal, sede da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Novo Mercado Velho
Mundo
Torre Eiffel – Paris (França)
Casa da Ópera – Sydney
Merlion – Cingapura
Show Sinfonia das Luzes – Hong Kong (China)
Torre Oriental – Xangai (China)
Grande Cassino MGM – Las Vegas (EUA)
Montanha da Mesa – Cidade do Cabo (África do Sul)
Torre CN – Toronto (Canadá)
Tivoli Copenhagen – Dinamarca
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FONTE : DC - edição de 30/03/2009
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