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segunda-feira, 4 de maio de 2015




Resumo diário de notícias selecionadas
dos principais jornais, revistas, sites especializados e blogs,
além de informações e análises direto do ISA
 
 
HOJE:
Água, Cidades, Desastres Naturais, Energia, Ferrovias, Mudanças Climáticas, Povos Indígenas, Sustentabilidade, UCs
Ano 15
04/05/2015

 

Povos Indígenas

 
  Produção da pimenta baniwa deverá dobrar e precisará expandir sua rede de pontos de uso e venda. Neste ano, está prevista a implantação de mais duas Casas da Pimenta da rede localizada na Terra Indígena Alto Rio Negro, no noroeste do Amazonas Direto do ISA, 4/5.
  Indígenas das etnias Munduruku, Kayabi, Apiaká e Rikabatsa reuniram-se durante quatro dias para discutir como garantir seus direitos frente a implantação de hidrelétricas e outras grandes obras na Bacia do Tapajós (MT/PA). Confira o manifesto elaborado no encontro Direto do ISA, 30/4.
  Neste mês de abril, Brasília foi tomada pelo Acampamento Terra Livre. Veja fotos, vídeos e áudios de tudo que aconteceu durante a primeira Mobilização Nacional Indígena de 2015 Direto do ISA, 30/4.
  
 

Mudanças Climáticas

 
  Cerca de um quarto das espécies de animais e plantas da América do Sul, e 16% de todas as espécies do planeta, podem acabar desaparecendo caso não haja um esforço sério para reduzir as emissões de gases causadores do aquecimento global neste século. Os números são resultado de uma meta-análise, ou seja, da avaliação crítica de um conjunto de 131 estudos já publicados sobre o tema. Ao mergulhar nessa massa de dados, Mark Urban, da Universidade de Connecticut, analisou a dificuldade que as espécies ameaçadas têm de achar um novo lar quando o clima de sua região natal fica inóspito. As conclusões de Urban estão descritas em artigo na revista especializada "Science" FSP, 1/5, Ciência, p.B6.
  
 

Desastres Naturais

 
  Aparentando certa conexão profunda com a natureza, animais conseguem "prever" catástrofes naturais, como terremotos e tsunamis. Um novo trabalho propõe que há uma explicação científica: o atrito das placas tectônicas desencadearia fenômenos geofísicos que alteram a atmosfera de um modo detectável pelos animais. Já existiam muitas evidências do fenômeno. Em 2005, quando um grande tsunami que atingiu a Ásia, muitos elefantes do Sri Lanka fugiram das terras mais baixas para outras mais altas, escapando da morte. Em 2010, sapos abandonaram uma lagoa na Itália cinco dias antes de um terremoto que provavelmente os exterminaria FSP, 3/5, Ciência, p.B11.
  O forte terremoto que atingiu o Nepal no último fim de semana pode ser apenas o mais recente de uma série de grandes tremores que aflige o mundo desde dezembro de 2004 e intriga os cientistas e o público em geral. Naquele ano, um abalo de magnitude 9,1 na região das Ilhas Andaman, na costa Oeste de Sumatra, Indonésia, provocou um tsunami que deixou mais de 220 mil mortos em países em torno do Oceano Índico. Este sismo marcaria o início de uma sequência de eventos devastadores que sacudiram do Chile ao Japão, passando por China, Haiti e Itália, com um total de vítimas fatais que chegaria a mais de 600 mil, numa sucessão de tragédias que levanta suspeitas de que estes terremotos poderiam estar interligados O Globo, 3/5, Ciência, p.39.
  "Há pesquisadores respeitáveis investigando a hipótese de que a mudança climática deflagrada pelo aquecimento global possa, sim, tornar terremotos e erupções vulcânicas mais frequentes. Um exemplo recentíssimo na escala geológica (o planeta tem mais de 4 bilhões de anos) ocorreu entre 20 mil e 12 mil anos atrás, ao término do último período glacial. A retração de geleiras continentais com quilômetros de espessura aliviou a pressão sobre a crosta terrestre o bastante para desencadear intensa atividade vulcânica", artigo de Marcelo Leite FSP, 3/5, Ciência, p.B11.
  
 

Água

 
  O nível do sistema Cantareira, o maior manancial que atende a região metropolitana de São Paulo, caiu 0,1 ponto percentual quinta-feira e atingiu 15,4% de sua capacidade. Há um ano, esse mesmo sistema operava com 30,9% de sua capacidade -à época, com 392,3 bilhões de litros de água disponíveis. Hoje, há 196 bilhões de litros em todas as represas do manancial. Em parecer, a Arsesp, agência reguladora estadual, indica que não deve aceitar a solicitação da Sabesp de reajustar em 22,7% a tarifa de água. Por outro lado, para assegurar um "equilíbrio econômico-financeiro" da estatal, poderá rever seu cálculo inicial, que sugeriu um aumento de 13,8% na tarifa de água FSP, 1/5, Cotidiano, p.B4; OESP, 1/5, Metrópole, p.A16.
  Um grupo de apenas oito indústrias do interior paulista tem autorização para captar dos rios uma quantidade de água duas vezes maior que a da cidade de Campinas, com 1,1 milhão de habitantes. As empresas lideram a lista das maiores licenças de captação de água na bacia do sistema Cantareira, a mais afetada pela atual crise hídrica no interior São Paulo. Em alguns casos, o uso da água por essas companhias, combinado com chuvas abaixo da média, causa impacto no abastecimento da população. A região tem pequenos municípios em rodízio de água há um ano. Empresas dizem que reduziram uso de água FSP, 3/5, Cotidiano, p.B1 e B2.
  Os rios das bacias do Piracicaba, Capivari e Jundiaí, que abastecem mais de 4 milhões de pessoas no interior de São Paulo, tiveram forte queda de vazão e ontem se aproximavam do nível de alerta. O rio Atibaia, responsável pelo abastecimento de Campinas e outras cidades da região, estava com vazão de 4,25 metros cúbicos por segundo à tarde. Já a vazão média era de 5,88 m3/s. O nível de alerta entra em vigor quando a vazão média cai abaixo de 5 m3/s. Resolução da Agência Nacional de Águas e do DAEE prevê medidas de restrição, como a redução de 20% nas captações para abastecimento público e de 30% na captação para uso industrial, quando as vazões baixam além do nível de alerta OESP, 4/5, Metrópole, p.A14.
  Por anos, a Sabesp deixou em segundo plano o combate ao desperdício de água na Grande São Paulo, o que poderia evitar a necessidade de buscar novas fontes na atual crise de abastecimento. A avaliação, do especialista japonês Masahiro Shimomura, é baseada nos seus três anos de trabalho como assessor do programa de redução de perdas de água da Sabesp em São Paulo. De 2007 a 2009, participou do Projeto Eficaz, fruto de um acordo de cooperação entre a empresa e a Jica. "A direção da Sabesp não pensava seriamente sobre perda de água", disse, em entrevista. Em nota, a Sabesp afirma que sempre considerou a redução um problema prioritário FSP, 3/5, Cotidiano, p.B4.
  
 

Geral

 
  A Ilha Grande, no litoral norte do Rio, pode ser o próximo paraíso ecológico brasileiro com cobrança de uma taxa para visitantes. Os turistas terão de contribuir com a preservação, caso o plano de ordenamento turístico seja aprovado pela Assembleia Legislativa. O esboço do projeto foi elaborado pelo Instituto Estadual do Ambiente e está nas mãos do governador Luiz Fernando Pezão. O principal objetivo da iniciativa é o controle da chegada à Vila do Abraão, onde moram 4 mil pessoas atualmente. A superlotação da Ilha Grande é o tema de uma reunião que será realizada no dia 18 em Angra dos Reis O Globo, 4/5, Rio, p.16.
 
O governo vem mantendo entre suas prioridades os investimentos na Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), um projeto de R$ 4,2 bilhões cujo uso efetivo até o momento é um grande ponto de interrogação. Quando concluída, em meados do próximo ano, a linha deverá ligar uma empresa de mineração com sérios problemas financeiros, a Bahia Mineração (Bamin), a um porto ainda cheio de indefinições. A ferrovia partirá, de Caetité (BA), onde há uma grande jazida de minério de ferro de alto teor, mas o preço da commodity despencou nos últimos anos e acentuou a crise na Bamin. Para completar, a ferrovia chegará a um porto em Ilhéus, que ainda não tem prazo para entrar em operação O Globo, 4/5, Economia, p.17.
  A Audi anunciou que conseguiu criar o primeiro lote do líquido e-diesel em um centro de pesquisas na cidade de Dresden, Alemanha. O combustível em questão é um tipo de diesel sintético feito a partir de ar e água. E só. A Audi afirma que o e-diesel pode ser misturado a combustíveis fósseis ou usado como único combustível O Globo, 2/5, Economia, p.19.
  "No Brasil, as grandes concentrações urbanas detêm 41,3% da população total, ou 79 milhões de pessoas. A Região Metropolitana de São Paulo, com 19,6 milhões em 35 municípios, chega a 27,4 milhões se acrescidas Campinas, Baixada Santista, São José dos Campos e Sorocaba. Como resolver tantas questões interligadas, a começar pelo transporte, dada a interconexão, com o deslocamento de milhões de pessoas de algumas cidades para outras em função do trabalho? E que se pensa da antiga convivência das pessoas nas calçadas, inviabilizada pela violência e pela verticalização? Não estranha, assim, que 57,1% dos moradores da região metropolitana digam que gostariam de mudar-se. Para onde?", artigo de Washington Novaes OESP,1/5, Espaço Aberto, p.A2.
  Um grupo de estudiosos lançou recentemente o que chamou de "Manifesto Ecomodernista". Os chamados "ecomodernistas" propõem o desenvolvimento econômico como pré-requisito para a preservação do meio ambiente. Para isso, será preciso abrir mão da meta do "desenvolvimento sustentável", substituindo-o por uma estratégia de utilização mais intensiva da natureza. Eles argumentam que, para mitigar as mudanças climáticas, poupar a natureza e combater a pobreza global, será preciso "intensificar as atividades humanas -particularmente a agricultura, extração energética, reflorestamento e gestão florestal e os assentamentos-, para que utilizem menos terra e interfiram menos com o mundo natural" FSP, 2/5, The New York Times, p. 1 e 4.
  
 
Imagens Socioambientais

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