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Biodiversidade
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A presidente Dilma Rousseff sancionou ontem o Marco da Biodiversidade, que regulamenta o acesso ao patrimônio genético de plantas e animais do país, além de conhecimentos indígenas e tradicionais associados. O objetivo das novas regras é desburocratizar a pesquisa, especialmente na indústria farmacêutica e de cosméticos. A lei prevê a divisão de benefícios com povos indígenas e comunidades locais no valor de 1% da receita líquida obtida com produtos desenvolvidos a partir de seu conhecimento tradicional. O texto anistia multas de mais de R$ 200 milhões de empresas e pesquisadores que desrespeitaram a legislação anterior. O benefício fica restrito àqueles que se comprometerem a se adequar às novas regras - FSP, 21/5, Ciência, p.B9; OESP, 21/5, Metrópole, p.A19. |
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Amazônia
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A linha de transmissão que escoará energia da usina hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, para os centros consumidores das regiões Sudeste e Centro-Oeste recebeu sinal verde do Ibama. O órgão deu licença prévia ao empreendimento, que receberá investimentos de R$ 5 bilhões e terá quase 2,1 mil quilômetros de extensão. A licença atesta a viabilidade do projeto e foi assinada ontem pela presidente da autarquia, Marilene Ramos, com 11 condicionantes que precisam ser cumpridas pelo consórcio IE Belo Monte. Previsto para ter até 15 mil funcionários no pico das obras, o empreendimento vai abrir pelo menos nove canteiros, com até 100 mil metros quadrados cada um- Valor Econômico, 21/3, Economia, p.B3. |
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A Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, vai ter de buscar rotas alternativas para escoar a sua energia no início do ano que vem, por conta de atrasos em obras de linhas de transmissão que deveriam apoiar a usina. Serão pelo menos oito meses de atraso. O chamado "linhão pré-Belo Monte", que levaria a geração da hidrelétrica para Estados da Região Nordeste, projeto de 1.854 km de extensão, estimado em R$ 1,3 bilhão, foi vencido no fim de 2012 pela empresa espanhola Abengoa. A empresa assumiu o compromisso de entregar a rede em operação em fevereiro de 2016. Porém, fiscalizações feitas pela Aneel indicam que a malha só estará à disposição em outubro de 2016 - OESP, 21/5, Economia, p.B13. |
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Os rios da Bacia do Amazonas ainda são pouco impactados pela poluição, mas a maior bacia fluvial do mundo, com mais de sete mil afluentes, está ameaçada. Estudo da Wildlife Conservation Society Brazil aponta que a construção de barragens para a produção de energia em hidrelétricas pode provocar impactos profundos na fauna aquática, com consequências aos milhares de moradores de comunidades ribeirinhas. Já as mudanças climáticas podem alterar o regime de chuvas, provocando um desbalanceamento na dinâmica dos rios e na cobertura vegetal. O estudo reúne análises biológicas, climáticas e socioeconômicas, com modelagens que geram informações importantes para subsidiar políticas públicas na região - O Globo, 21/5, Sociedade, p.28. |
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A Odebrecht Defesa e Tecnologia será parceira das chinesas China Electronics Corporation e Industrial and Commercial Bank of China no desenvolvimento do Programa de Integração da Amazônia Legal (Pial), que prevê uma evolução nos atuais sistemas de monitoramento e vigilância da região, considerada estratégica para o Brasil. O investimento previsto no projeto, de US$ 3 bilhões, virá através de um fundo de investimento que os governos chinês e brasileiro estão criando para aplicar em projetos de infraestrutura e defesa. Segundo informou a Odebrecht, o Pial vai fortalecer a vigilância exercida pelo Ibama, assim como apoiará o monitoramento climático, contribuindo para a melhoria das previsões meteorológicas feitas hoje no país - Valor Econômico, 21/5, Empresas, p.B4. |
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Mudanças Climáticas
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A Casa Branca quer colocar o combate à mudança climática no centro da visita que a presidente Dilma Rousseff fará a Washington no dia 30 de junho, com uma declaração que evidencie o compromisso dos dois países com o sucesso da conferência de Paris (a COP-21), em dezembro. O eventual acordo seria uma maneira de alinhar o encontro com as prioridades de Barack Obama. A questão ambiental ocupa peso crescente na agenda do líder americano, que em novembro fechou um pacto de redução de emissões com a China. O objetivo de Washington agora é buscar um anúncio de impacto com o Brasil. Ainda não está claro se os dois lados chegarão a um acordo, mas há disposição de ambas as partes - OESP, 21/5, Metrópole, p.A19. |
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O presidente dos EUA, Barack Obama, definiu a mudança climática como uma "questão de segurança nacional" para seu país. Em relatório divulgado ontem, a Casa Branca anunciou que a mudança no clima funcionaria como "acelerador das instabilidades em todo o mundo", causando escassez de água e de comida que poderia resultar em aumento das tensões mundiais, gerando uma superpopulação. O documento também aponta que a elevação nas temperaturas "mudaria a forma das missões militares dos Estados Unidos", aumentando a demanda por recursos no Ártico e outras regiões costeiras que seriam afetadas pela elevação do nível do mar, e resultaria em crises humanitárias maiores e cada vez mais frequentes - FSP, 21/5, Mundo, p.A10. |
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Ainda sem apresentar ao mundo sua "contribuição nacional" para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, o governo brasileiro vê com otimismo as chances de um acordo climático na 21ª Conferência do Clima (COP-21) das Nações Unidas, que começa no dia 30 de novembro, em Paris. A avaliação foi feita pelo secretário nacional de Mudanças Climáticas, Carlos Klink, que participou do Diálogo de Petersberg, em Berlim. "Notei claramente um engajamento muito forte. Havia 35 ministros de vários países, incluindo os pequenos, no encontro. Pela primeira vez vimos uma convergência muito forte para a impressão de que de Paris pode sair um bom resultado" - OESP, 21/5, Metrópole, p.A19. |
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Geral
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Especialistas veem a ligação ferroviária entre Brasil e Peru com ceticismo devido, principalmente, ao desafio de engenharia que o projeto representa. Para cruzar o cerrado brasileiro, onde se concentra o agronegócio, e chegar ao litoral peruano, a ferrovia terá de atravessar regiões de pântano, floresta tropical e os Andes. Na avaliação de Renato Pavan, da consultoria Macrologística, esses obstáculos naturais elevam o custo do transporte. A soja transportada por ferrovia do Mato Grosso até o Peru e de lá para a China teria o mais elevado custo logístico: R$ 325 por tonelada. A opção mais barata (R$ 135/tonelada) seria levar o grão até Vila do Conde (PA) e de lá para a China, via Canal do Panamá - O Globo, 21/5, Economia, p.25. |
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O governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) desmentiu ontem o diretor econômico financeiro da Sabesp, Rui Affonso, que disse, no dia anterior, que a redução de investimentos seria ainda maior que a prevista para 2015. Alckmin afirmou que, neste ano, a companhia teria "investimento recorde"- OESP, 21/5, Metrópole, p.A14. |
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