Na manhã de terça-feira (5), o estado de São Paulo acordou com mais uma novidade perturbadora. A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) irá
aumentar a conta de águada população em 15,24% a partir de junho. A Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo) aprovou o aumento da tarifa segunda-feira à noite.
No sábado, Pedro Telles, da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace, em
artigo na UOL, alertou sobre a preocupante gestão atual da Sabesp, que aumenta a tarifa para os paulistas, e continua a dar descontos para grandes consumidores e empresas que gastam mais de 500 mil litros de água por mês. A companhia de saneamento e abastecimento de água alega prejuízos com a crise hídrica, mas ainda insiste em manter descontos para grandes empresas – deixando de receber R$140 milhões por ano devido a disso.
O aumento que a Arsesp autorizou é quase o dobro do valor da inflação anual do mês de abril. As perdas da Sabesp estão sendo transferidas para a população. Uma injustiça, pois repassa os custos para os paulistas, que são vítimas da má gestão da água no estado e da falta de planejamento do Governo em agir frente a uma crise já anunciada pela ANA (Agência Nacional de Água) em 2010 no
Atlas Brasil – Abastecimento Urbano de Água.
A Sabesp é um empresa mista, que possui controle majoritário do estado de São Paulo. As escolhas que a companhia de saneamento e abastecimento de água de São Paulo realiza não são condizentes com a mercadoria com a qual trabalha. A água é um bem público, que deve ter o consumo humano priorizado em situações de crise. A falta de água já é realidade no estado desde o ano passado, e Sabesp, Arsesp e o Governo do Estado de São Paulo atuam como se nada estivesse acontecendo.
O aumento da tarifa de água em meio à existência de contratos que dão descontos a grandes empresas reflete a inversão de prioridades na gestão da água no Estado. E com mais essa má notícia, o Greenpeace pergunta: água para quem? Acesse http://aguaparaquem.org.br/ e assine pelo fim dos descontos a grandes consumidores.(Greenpeace Brasil/ #Envolverde)
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