Passaram 20 anos entre a primeira Cúpula da Terra e a RIO+20. Durante essas duas décadas muito se evoluiu em termos de política ambiental. Mas ainda há muito a se fazer. Sabe-se que o crescimento da economia mundial e o aumento da população (9 bilhões de habitantes até 2050) têm conduzido a um rápido esgotamento dos recursos naturais do nosso Planeta. Por outro lado, o aumento da concorrência para a obtenção de alguns recursos contribuirá para a sua escassez e para o aumento dos preços, com consequentes impactos na economia e na desestabilização de muitas regiões do mundo.
Por estas razões, é cada vez mais necessária uma gestão mais eficiente dos recursos durante todo o seu ciclo de vida, desde a extração até o destino final, passando pelo transporte, a transformação e o consumo.
Esta preocupação levou o Green Project Awards (prêmio realizado pela GCI, empresa de consultoria portuguesa) a incluir, tanto em Portugal como no Brasil, dois dos países em que já distingue as melhores práticas em prol do desenvolvimento sustentável, a categoria Gestão Eficiente de Recursos, que visa premiar os projetos que contribuam para uma gestão inovadora enquanto fator fundamental para atingir uma utilização eficaz dos recursos naturais e energéticos.
Assim, na cerimônia de prêmios do início deste mês, em São Paulo, o Green Project Awards atribuiu o prêmio principal a “Extrair – Óleos Naturais”, de Bom Jesus do Itabapoana, no Rio de Janeiro, um projeto que trata da extração de óleo de semente de maracujá a partir de resíduos de indústrias de sucos. Em Portugal, a cerimônia deste ano laureou a Empresa Portuguesa das Águas Livres (EPAL); um prêmio justificado pelos bons resultados na redução de perdas de água na rede de abastecimento. São dois exemplos que podem fazer diferença rumo a uma economia mais verde.
As sociedades estão dependentes de vários elementos, como metais, combustíveis, madeira, água ou solos férteis, todos recursos fundamentais para as mais variadas atividades econômicas. Mas estes são recursos limitados, que estão se esgotando a uma velocidade superior àquela com a qual poderão se regenerar.
Por isso, é um imperativo de nosso tempo utilizar os recursos limitados da Terra de uma forma mais sustentável, o que implica o comprometimento de todos – de governos a empresas passando pelas organizações não-governamentais e sociedade civil – a criar uma nova agenda, que hoje denominamos de Economia Verde. O potencial de crescimento desta economia é evidente: a economia de baixo carbono já representa 4 bilhões de euros.
Para muitos, o atual contexto de crise econômica e financeira deve ser encarado como mais uma razão para desenvolver a Economia Verde e encarar o combate às mudanças climáticas, uma vez que, de acordo com o Informe mais recente do IPCC, os sinais da mudança climática registrados nos últimos anos são consequência das emissões de GEE. Um novo paradigma de consumo terá que lançar as bases para a sustentabilidade e fomentar uma Economia Verde. Esta tendência internacional, recentemente assumida como ambição e compromisso por muitos países, é pouco intensiva em carbono, é eficiente no uso dos recursos naturais e é socialmente inclusiva.
Pela sua capacidade mobilizadora, o Green Project Awards tem capacidade para ajudar a dinamizar esta economia nos países em que já está presente: Portugal, Brasil e Cabo Verde. Mas o objetivo é o de contribuir para criar oportunidades de mercado, valorizar o patrimônio e fixar investimentos em todos os países de língua portuguesa, trazendo novas possibilidades de expansão aos projetos e empresas premiados.
* José Manuel Costa é presidente do GCI, consultoria portuguesa especializada em projetos de sustentabilidade, que realiza o Green Project Awards.
** Publicado originalmente no site Eco21.
(Eco21)
Por estas razões, é cada vez mais necessária uma gestão mais eficiente dos recursos durante todo o seu ciclo de vida, desde a extração até o destino final, passando pelo transporte, a transformação e o consumo.
Esta preocupação levou o Green Project Awards (prêmio realizado pela GCI, empresa de consultoria portuguesa) a incluir, tanto em Portugal como no Brasil, dois dos países em que já distingue as melhores práticas em prol do desenvolvimento sustentável, a categoria Gestão Eficiente de Recursos, que visa premiar os projetos que contribuam para uma gestão inovadora enquanto fator fundamental para atingir uma utilização eficaz dos recursos naturais e energéticos.
Assim, na cerimônia de prêmios do início deste mês, em São Paulo, o Green Project Awards atribuiu o prêmio principal a “Extrair – Óleos Naturais”, de Bom Jesus do Itabapoana, no Rio de Janeiro, um projeto que trata da extração de óleo de semente de maracujá a partir de resíduos de indústrias de sucos. Em Portugal, a cerimônia deste ano laureou a Empresa Portuguesa das Águas Livres (EPAL); um prêmio justificado pelos bons resultados na redução de perdas de água na rede de abastecimento. São dois exemplos que podem fazer diferença rumo a uma economia mais verde.
As sociedades estão dependentes de vários elementos, como metais, combustíveis, madeira, água ou solos férteis, todos recursos fundamentais para as mais variadas atividades econômicas. Mas estes são recursos limitados, que estão se esgotando a uma velocidade superior àquela com a qual poderão se regenerar.
Por isso, é um imperativo de nosso tempo utilizar os recursos limitados da Terra de uma forma mais sustentável, o que implica o comprometimento de todos – de governos a empresas passando pelas organizações não-governamentais e sociedade civil – a criar uma nova agenda, que hoje denominamos de Economia Verde. O potencial de crescimento desta economia é evidente: a economia de baixo carbono já representa 4 bilhões de euros.
Para muitos, o atual contexto de crise econômica e financeira deve ser encarado como mais uma razão para desenvolver a Economia Verde e encarar o combate às mudanças climáticas, uma vez que, de acordo com o Informe mais recente do IPCC, os sinais da mudança climática registrados nos últimos anos são consequência das emissões de GEE. Um novo paradigma de consumo terá que lançar as bases para a sustentabilidade e fomentar uma Economia Verde. Esta tendência internacional, recentemente assumida como ambição e compromisso por muitos países, é pouco intensiva em carbono, é eficiente no uso dos recursos naturais e é socialmente inclusiva.
Pela sua capacidade mobilizadora, o Green Project Awards tem capacidade para ajudar a dinamizar esta economia nos países em que já está presente: Portugal, Brasil e Cabo Verde. Mas o objetivo é o de contribuir para criar oportunidades de mercado, valorizar o patrimônio e fixar investimentos em todos os países de língua portuguesa, trazendo novas possibilidades de expansão aos projetos e empresas premiados.
* José Manuel Costa é presidente do GCI, consultoria portuguesa especializada em projetos de sustentabilidade, que realiza o Green Project Awards.
** Publicado originalmente no site Eco21.
(Eco21)
Nenhum comentário:
Postar um comentário