
União dos Palmares (AL) após enchente em 2010. Foto: Antônio Cruz/Abr
Desastres não relatados nas Américas ao longo das últimas duas décadas são responsáveis pela maior parte das perdas econômicas e por mais da metade de todas as mortes relacionadas a desastres. Os dados são da Estratégia Internacional das Nações Unidas para a Redução de Desastres (UNISDR).
Uma análise de dados sobre 22 anos em 16 países da América Latina e do Caribe revela que desastres menores, locais e recorrentes, que raramente viram notícia, são responsáveis por 90% do total de pessoas afetadas por desastres e são responsáveis também por 90% da destruição ou danos de casas.
“Esta é uma evidência irrevogável sobre o impacto cumulativo desses desastres que são pequenos, ocorrem localmente e são, com frequência, ‘invisíveis’”, disse o chefe da UNISDR para as Américas, Ricardo Mena.
O diretor pediu que os países montem bancos de dados tanto sobre danos causados por esses desastres, como os de escalas maiores, que chegam aos noticiários.
O relatório ressalta a importância de abordar vários fatores de risco subjacentes, incluindo o rápido crescimento de populações urbanas que estão altamente expostas às catástrofes naturais e a falta de consideração do risco de desastre no planejamento do desenvolvimento.
O documento é baseado em 83 mil registros históricos de 10 mil municípios entre 1990 e 2011 e a análise abrange quatro categorias: vidas perdidas, pessoas afetadas, casas destruídas e casas danificadas. O estudo foi produzido em parceria com a ‘Suroccidente Seismological Observatory Corporation’, uma organização não governamental colombiana para ciências da terra e prevenção de desastres.
Informe da ONU Brasil, publicado pelo EcoDebate, 03/12/2013
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