Manifestação contra o Plano Diretor de Florianópolis reuniu cerca de 500 pessoas em frente ao Terminal de Ônibus na Lagoa da Conceição (TILAG) na tarde deste sábado, de acordo com a Polícia Militar (PM).
Dois andares é o teto. Era isso que dizia a maioria dos cartazes carregados, no sábado, por manifestantes na Lagoa da Conceição, em Florianópolis. O protesto contra o novo plano diretor reuniu cerca de 500 pessoas, de acordo com as informações da Polícia Militar. Este promete ser o primeiro de muitos manifestos que querem barrar a entrega do projeto à Câmara de Vereadores, no dia 30 deste mês.
A principal revolta dos moradores do bairro é com a altura permitida dos prédios no novo plano. O que até então não passa de dois andares, terá quatro, chegando a 12 metros de altura.
– Isso é o desrespeito do que foi discutido pela comunidade. Ninguém quer prédios mais altos – enfatizou Aurélio Oliveira, 60 anos, morador da Lagoa desde que nasceu.
Ele também é contra a duplicação da Avenida das Rendeiras, prevista no plano. Para Oliveira, a solução do trânsito congestionado está na melhoria do transporte público e na construção de ciclovias.
A escola de samba União da Ilha da Magia dava, com seu batuque, o tom do movimento, que começou por volta das 14h. Alguns cartazes diziam “O povo decidiu, mas não levou”. Era esse o sentimento do presidente da Associação dos Moradores da Lagoa, José da Costa, responsável pelo protesto.
– O plano não foi participativo. A comunidade não foi ouvida – ressaltou o presidente, prometendo que esse é o primeiro de muitos manifestos que a associação vai organizar.
Representantes da Praia do Pântano do Sul, no Sul da Ilha, também estavam presentes para dar apoio ao movimento, que por volta das 16h seguiu do Terminal de Integração para a Praça Bento Silveira.
Marcando o fim da concentração, painéis pintados por alunos da Escola Henrique Veras, que mostrava a Lagoa rodeada de prédios, foram pichados com os dizeres “Essa não é a Lagoa dos nossos sonhos”.
Policiais militares controlaram o trânsito, que precisou ser desviado para ruas secundárias. Apesar disso, não foi causado nenhum engarrafamento próximo ao local onde foi feito o manifesto. As buzinas dos carros, que ali passavam, eram para apoiar o movimento.
O projeto seria entregue à Câmara no dia 23 de março, aniversário de Florianópolis. A data foi transferida para o dia 30.
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FONTE : Diário Catarinense, edição de 22/março/2010.
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