Tiros foram disparados da mata em direção à embarcação usada para fiscalizar pesca predatória
Continua a caçada a quem atirou contra uma embarcação da Polícia Ambiental de Lages, no sábado, ferindo o soldado Adão Rodrigues Mariano, 35 anos, e a jornalista Pamela Marin, 26 anos, repórter da RBS TV Centro-Oeste. Os dois passam bem.
Policiais militares vasculham o Rio Canoas, em Bocaina do Sul, na tentativa de localizar os atiradores. A família de Pamela deve registrar boletim de ocorrência na Polícia Civil hoje. A RBS está dando acompanhamento à repórter.
Pamela e o cinegrafista Fabiano Souza acompanhavam três policiais em uma embarcação para uma reportagem sobre pesca predatória. Os tiros foram disparados da mata.
Um atingiu a panturrilha esquerda de Pamela e outro a coxa esquerda de Adão. A embarcação de alumínio ficou com várias perfurações e começou a encher de água. Os policiais revidaram e encostaram o barco. Pamela e Adão foram levados ao Hospital Nossa Senhora dos Prazeres, em Lages. A repórter levou pontos na panturrilha esquerda e foi medicada contra dor. Os exames apontaram que não houve danos aos nervos e ossos. Ela foi liberada no fim da tarde de sábado. Adão saiu caminhando do hospital, pouco antes de Pamela.
– Achei que ia morrer. Agora está tudo bem, mas foi apavorante – afirma a jornalista, que trabalha há um ano e meio na RBS TV, em Lages.
Ataque não é comum
Os policiais ambientais ficaram surpresos com o ataque durante um trabalho de rotina que resultou na apreensão de quatro redes de pesca.
– Era um patrulhamento preventivo contra a pesca predatória, e não tínhamos nenhuma suspeita de flagrar ninguém. Os tiros certamente foram disparados contra a embarcação, e isso é algo muito grave que precisa ser esclarecido. Foi um fato incomum, principalmente quando se trata de Polícia Ambiental, cujo trabalho, teoricamente, é mais tranquilo – afirma o comandante da Polícia Ambiental de Lages, tenente Frederick Rambush.
– Ninguém atira do nada contra policiais. Isso não é comum. Queremos saber quem e por que fez isso. Talvez seja hora de revermos conceitos sobre proteção aos policiais – diz o tenente-coronel Zinder José Cardoso, da PM de Lages.
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FONTE : DIÁRIO CATARINENSE, edição de 30/nov/2009
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