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segunda-feira, 19 de outubro de 2015




Resumo diário de notícias selecionadas
dos principais jornais, revistas, sites especializados e blogs,
além de informações e análises direto do ISA
 
 
HOJE:
Água, Amazônia, Biodiversidade, Clima, Desertificação, Energia, Mineração, Povos Indígenas, UCs
Ano 15
19/10/2015

 

Amazônia

 
  Dezenas de pescadores adotaram uma estratégia radical na tentativa de obter indenizações da concessionária Norte Energia, responsável pela hidrelétrica de Belo Monte. Desde terça-feira, eles bloqueiam o acesso de embarcações que passam pelo rio Xingu, a fim de zerar o estoque de combustíveis usados nos canteiros de obras. "A produção vem caindo dramaticamente nos últimos quatro anos", diz o presidente da colônia de pescadores Z-12, Giácomo Dall'Acqua Schaffer. "Algumas espécies, como a piraíba, simplesmente desapareceram". Schaffer diz que os estudos apresentados ao Ibama no licenciamento ambiental da usina não mensuraram adequadamente seus impactos e não houve programas específicos voltados à maioria dos pescadores. Um novo estudo do Instituto Socioambiental, o Atlas dos Impactos da UHE Belo Monte sobre a Pesca, dá suporte à reivindicação Valor Econômico, 19/10, Empresas, p.B1.
  O biólogo americano Thomas Lovejoy passou meio século na Floresta Amazônica e, agora, em um artigo exclusivo para VEJA, ilustrado por um mapa completo da região, narra a epopeia da ciência para provar que a biodiversidade, termo que ele cunhou, é a verdadeira riqueza da maior floresta tropical do mundo. "O esplêndido mapa da Amazônia, recém-lançado pela National Geographic, é o primeiro levantamento cartográfico exaustivo da região a ser publicado em décadas. Ele mostra uma Amazônia muito diversa daquela que conheci, meio século atrás, ao desembarcar pela primeira vez em Belém do Pará", artigo de Thomas Lovejoy Veja, 21/10, Especial, p.80-95.
  
 

Água

 
  Com apenas 6% de água armazenada, o reservatório de Sobradinho vive o risco de entrar em colapso e comprometer o abastecimento de água da região Nordeste. Dia após dia, piora a situação da represa, a segunda maior "caixa d'água" do País, localizada no Rio São Francisco, na Bahia. Os dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico apontam que a situação tende a piorar nos próximos dias, por conta da escassez das chuvas. Na próxima semana, a expectativa é de que chova apenas 26% da média histórica da região Nordeste para esta época do ano. Com esse resultado, todos os reservatórios do Nordeste, que estão hoje com 11% de capacidade, devem cair para cerca de 8% OESP, 17/10, Economia, p.B10.
  O drama da falta de água já está presente em pelo menos 20 cidades fluminenses, ou cerca de 20% de todos os 92 municípios do estado, reflexo de uma das mais intensas estiagens vividas pelo Rio. São cerca de 2,4 milhões de habitantes que já sentem os efeitos de uma crise hídrica que, segundo especialistas, não tem prazo para acabar. A falta de chuva está secando nascentes e deixando rasos os rios em várias regiões. O governador Luiz Fernando Pezão afirma que, desde o ano passado, a Secretaria de Agricultura desenvolve ações de socorro nas áreas rurais das cidades mais afetadas pela estiagem. Entre as medidas, estão a preservação de nascentes e a recuperação de áreas de Mata Atlântica O Globo, 18/10, Rio, p.14.
  
 

Geral

 
  Mundialmente conhecido pela abundância e pela qualidade das águas cristalinas de dezenas de cachoeiras, o Parque Nacional da Serra dos Órgãos em Teresópolis (RJ) amanheceu - pela primeira desde que foi criado, há 76 anos - com os portões fechados no sábado, por conta da estiagem. Sem chuvas significativas desde 13 de setembro, o abastecimento na unidade prejudicou a infraestrutura de funcionamento. No domingo, a sede de Teresópolis também não abriu para visitantes. O problema aconteceu um ano após o parque sofrer a maior queimada de sua história. Em 2014, uma área de 1.500 hectares de mata, o que corresponde a 1.500 campos de futebol, foi destruída pelo fogo O Globo, 19/10, Rio, p.20.
  Sem perspectivas de ver aprovado no curto prazo o novo marco regulatório da mineração, o governo tem procurado alternativas para estimular a exploração mineral no País. Uma dessas medidas foi tomada no início do mês pelo Departamento Nacional de Produção Mineral. Por meio de um memorando, o governo alterou as normas para emissão das chamadas "guias de utilização", um documento que permite aos mineradores explorar suas jazidas ainda durante a fase de pesquisa do solo, ou seja, antes de terem nas mãos a efetiva portaria de lavra emitida pelo órgão OESP, 17/10, Economia, p.B10.
  Mais de quatro anos após o desastre de Fukushima, no Japão, a indústria nuclear está voltando à agenda energética de vários países, em especial os da América Latina. Nações como Uruguai, Chile, Bolívia, Peru e Venezuela estão considerando construir reatores nucleares. Esses países vão se juntar ao Brasil - que está construindo Angra 3 - e Argentina, que está desenvolvendo sua quarta unidade nuclear. Projeção da Agência Internacional de Energia Atômica mostra que a América Latina, hoje com 4,7 gigawatt (GW) de geração nuclear, pode chegar a 2030 com 13,4 GW, quase o triplo. No Brasil, o governo pretende construir quatro usinas até 2030 O Globo, 18/10, Economia, p.43.
  As tartarugas marinhas sobrevivem a duras penas na costa brasileira e, em especial, nas poluídas águas da Baía de Guanabara (RJ). As tartaruga-verdes vêm de ilhas oceânicas. A Baía de Guanabara entra na rota de migração como um porto seguro na fase juvenil, de crescimento e reprodução, quando precisam de mais alimentos. A sujeira da baía é uma das causa de morte no Rio da espécie, que está na lista de animais ameaçados de extinção, conforme classificação da IUCN O Globo, 18/10, Rio, p.34.
  "O Brasil demorou mais do que a China para abandonar uma posição insustentável e decidiu assumir compromissos mais realistas do que fez no passado. Isto é, adotou metas e um calendário para reduções das emissões que poderão ser acompanhadas e auditadas. Isso foi possível graças aos progressos na redução do desmatamento da Amazônia e a medidas para aumentar a participação de energias renováveis na matriz energética, que estava caindo. A nova posição do governo brasileiro é realmente uma mudança de paradigma. Até então a posição do governo era a de negação pura e simples da seriedade do problema ou de que o País tinha de contribuir para o esforço comum" artigo de José Goldemberg OESP, 19/10, Espaço Aberto, p.A2.
  
 
Imagens Socioambientais

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