23 de outubro de 2015
(da Redação da ANDA)
Um matadouro público da França foi fechado pelas autoridades, após ativistas de direitos animais terem divulgado um vídeo chocante retratando práticas cruéis e ilegais usadas para matar os animais que, além de bovinos, incluíam cavalos e cordeiros. O prefeito da cidade de Alès ordenou uma investigação no local depois das imagens gravadas por um ativista infiltrado terem viralizado online, causando indignação disseminada.
Segundo o Internacional Business Times, ao anunciar o fechamento temporário da instalação enquanto ocorre a perícia, Max Roustan disse ter ficado “perturbado com as imagens” divulgadas pelo grupo ativista de direitos animais L214.
No vídeo, cavalos e vacas podem ser vistos se movendo e mostrando sinais de consciência enquanto eles têm as gargantas cortadas e as cabeças penduradas. Uma visão em close-up permite ver porcos grunhindo como se fossem expelir os seus pulmões para fora quando são gaseados com CO2. O método de atordoamento também parece não funcionar, uma vez que eles estão se movendo após serem pendurados em ganchos para serem mortos.
O vídeo apresentado pela atriz Hélène de Fougerolles teve mais de meio milhão de visualizações em menos de 24 horas no YouTube. A L214 disse que o mesmo foi resultado de mais de 50 horas de gravação durante dez dias, entre Abril e Maio.
Um veterinário consultado pelo grupo afirmou que as imagens também revelam inúmeras infrações. Em particular, animais que recobraram a consciência foram mortos ao invés de serem “nocauteados de novo como prescreve a lei”, e normas de higiene ocorreram quando vacas foram deixadas para sangrar em meio a uma mistura de fluidos corporais e fezes por muitos minutos.
Os ativistas comemoraram a decisão do prefeito em suspender as operações do matadouro, mas disseram que a reversível ação só foi tomada por causa do furor da mídia, uma vez que a cidade é responsável pela gestão do local.
O co-fundador da ONG instou os espectadores a deixarem de comer carne, ao descrever todos os matadouros como “lugares de mortes violentas e sofrimento para os animais”.
Na verdade, o objetivo da L214 ao preparar o vídeo não foi o de acusar apenas esse matadouro pelos seus procedimentos horrendos, e sim de mostrar como é o processo de matança de animais para consumo humano em todos os lugares, pois o mesmo acontece, praticamente da mesma forma e de maneira disseminada, em toda instalação que se presta a esse serviço – em qualquer lugar do mundo.
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