26 de outubro de 2015
(da Redação da ANDA)
Há um século atrás, mais de 500 mil rinocerontes negros vagavam pela África subsaariana. Hoje, restaram menos de 5 mil. A caça, guiada pela demanda dos chifres desses animais, é uma das máquinas a operar estas baixas.
Os chifres dos rinocerontes – que são feitos de queratina, a mesma substância das unhas humanas – são vendidos principalmente nos mercados negros da China e Vietnã. Além de serem símbolos de status, são atribuídas aos chifres falsas propriedades medicinais. Compradores chegam a pagar 60 mil dólares pelo quilo da versão em pó, fazendo com que o chifre dos rinocerontes sejam mais caros que cocaína, heroína ou ouro. As informações são do The Dodo.
As vendas desses chifres foram proibidas em 1977 pela Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Selvagens (CITES). Agora, a organização está considerando reverter a sua posição devido a pressões por parte de grupos da África do Sul, que não surpreendentemente incluem criadores de rinocerontes que se dizem a favor de ajudar a salvar esses animais.
Mas reverter a proibição e legalizar as vendas dos chifres dos rinocerontes somente irá destruir ainda mais as suas populações, conforme explica o jornalista Austin Merrill, especialista em preservação, à revista onEarth.
Segundo ele, sem as penalidades relacionadas ao comércio ilegal, mais consumidores poderão comprar os chifres de rinocerontes, ou seja, aumentará a demanda. Isso fará com que os preços aumentem, fazendo com que a caça seja ainda mais lucrativa.
“Os críticos comparam os perigos do comércio de chifres de rinocerontes à demanda pelo marfim dos elefantes, que saltou logo após a liberação das vendas dos estoques antigos e levou a ainda mais caça”, escreve Merrill.
Para se manifestar contra a reversão da proibição, assine a petição que será encaminhada a Jacob Zuma, Presidente da África do Sul.
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