23 de outubro de 2015
(da Redação da ANDA)
A moderna pecuária industrial, cujos estabelecimentos são conhecidos em Inglês por “factory farms” (tradução: “fazendas industriais”), é algo tão distante das fazendas de verdade que mesmo a inclusão da palavra “farm” para descrevê-la é um equívoco. Diferente de fazendas reais, nos locais de criação de animais para consumo humano, estes nunca pisam na grama ou veem a luz do sol. Assim que eles nascem, são removidos da companhia de suas mães e privados até mesmo das expressões mais básicas de amor. Eles crescem em ambientes fechados, confinados e em aglomerados, ou em corredores enlameados, vivendo por toda a vida acorrentados e sobre poças de seus próprios dejetos, literalmente esperando para morrer. Antes de serem encaminhados à morte, durante o seu crescimento, eles recebem grandes doses de hormônios, antibióticos, e são obrigados às vezes a até ingerirem restos de animais mortos de sua própria espécie. As informações são do One Green Planet.
As vacas leiteiras têm a indignidade adicional de serem inseminadas artificialmente, experienciando a gestação e antecipando a maternidade seguidamente, somente para ter os seus bezerros levados embora após o nascimento. Isso não tem nada a ver com a vida em liberdade. É uma expressão terrível da dominação humana que está destruindo o planeta.
A maior parte dos gatos, em comparação, desfruta de um tipo diferente de existência. Eles são uma espécie particular, sendo os únicos animais domésticos que os humanos não encontraram um meio de escravizar. Nós os mantemos em nossos lares para nos fazer companhia, e nunca para explorá-los – se tivermos sorte, eles manterão os ratos longe. No Antigo Egito, os gatos eram reverenciados como deuses, e parece que eles ainda ostentam, até hoje, um pouco daquela nobreza.
Atualmente, os gatos – mesmo os domésticos, conseguem desfrutar de algum nível de independência em suas vidas, mas mesmo assim, são amorosos e afetuosos. Prova disso é a gata desta foto, de uma fazenda de laticínios em Granby (Quebec, Canadá), que escolheu passar o seu dia dando amor à vacas.
Estudos comprovaram que as vacas são criaturas altamente inteligentes, com excelentes habilidades de solucionar problemas, e tendo complexas estruturas sociais e uma profunda conexão emocional com o mundo ao seu redor. Elas têm memórias excelentes e buscam o amor de seus tratadores humanos, mesmo que estes as maltratem demasiadamente. Elas também foram consideradas sagradas entre os antigos. Embora os hindus outrora tenham lhes considerado divinas por causa de sua docilidade e disposição em fornecer leite, elas agora (e desde há muito tempo) estão sendo exploradas por esses mesmos atributos.
Esta foto da doce gata oferecendo carinho à vaca nos mostra que as duas espécies são diferentes, mas não tão diferentes quando se trata da necessidade de serem amadas. A triste realidade, no entanto, é que a gata irá possivelmente viver a sua vida experimentando o amor e o respeito dos seres humanos, e as vacas leiteiras serão usadas como nada mais que uma mercadoria.
A palavra em Sânscrito “Namastê” significa “Eu me curvo a você”, e é comumente traduzida como “a luz divina que habita em mim reconhece e reverencia a luz divina que habita em você”. Essa sábia felina demonstra esse princípio em ação, reconhecendo o direito da vaca de ser amada e oferecendo isto a ela. Se mais humanos se comportassem dessa forma, que mundo maravilhoso seria este.
Um comentário:
Acho que os seres humanos devem repensar na forma de se alimentarem, o peixe sempre foi o principal alimento para o homem e carne bovina acaba sendo verdadeiramente um sacrilégio com tamanha violência com esses animais, mas a cultura dos povos de todas as épocas, conduziu a humanidade para esse triste fim!
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