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segunda-feira, 2 de março de 2009
Entidades alertam para conservação de bugios
Campanha esclarece que os bugios não são transmissores da febre amarela, doença que causou quatro mortes e colocou 134 cidades em alerta no Rio Grande do Sul
Por Jussara Pelissoli - Sema
“O bugio não transmite a febre amarela ao homem. Ao contrário, ele é a primeira vítima do mosquito transmissor da doença e, ao morrer infectado, aciona o alerta para a população. Por isso, estamos em campanha pela conservação desse primata.” A explicação é do biólogo do Departamento de Florestas e Áreas Protegidas (Defap) da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), Rodrigo Cambará Printes, doutor em ecologia e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Primatologia.
A Sema, representada por Rodrigo Cambará, integra um grupo que mantém reuniões periódicas para tratar da relação entre a febre amarela e os bugios. Conforme Cambará, nos encontros são compartilhadas as informações sobre o mapa da febre amarela no Estado e definidas estratégias para a prevenção da doença e para a conservação dos primatas. O foco de febre amarela no Rio Grande do Sul está nas regiões Norte e Noroeste.
Também fazem parte do grupo, representantes da Secretaria Estadual de Saúde, por meio do Centro Estadual de Vigilância em Saúde, Secretaria do Meio Ambiente de Porto Alegre, Comando Ambiental da Brigada Militar, Programa Macacos Urbanos da Ufrgs, com apoio da Sociedade Brasileira de Primatologia.
“A preocupação, no momento, além do controle da doença, é evitar que as pessoas matem bugios por mera desinformação, pensando que o macaco transmite a febre amarela aos humanos”, diz Rodrigo Cambará. “O bugio não é transmissor. Ele é uma vítima e uma testemunha importante da propagação da doença. Na verdade, ele presta um serviço à população, pois ao ser picado pelo mosquito Haemagogus indica que naquela área está a febre amarela”, destaca o biólogo.
Cambará diz que o grupo de trabalho está aberto para receber outras entidades interessadas em participar do assunto, ajudando a conscientizar a sociedade sobre a importância dos bugios e sua conservação.
O Rio Grande do Sul registra a ocorrência de duas espécies de bugio. Nos ecossistemas associados à Mata Atlântica, do leste ao centro do Estado, aparece o bugio-ruivo. Do centro para o oeste, junto ao Bioma Pampa, encontra-se o bugio-preto, cuja fêmea tem o pelo branco. O primata alimenta-se de folhas, frutos e flores. Adquire a febre amarela porque vive na copa das árvores, onde também hospeda-se o mosquito transmissor da febre amarela.
O balanço da febre amarela no Rio Grande do Sul, desde o início de uma grande mortandade de bugios nas matas, em novembro passado, é de cinco casos confirmados, quatro com óbito. Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, foram vacinadas 1 milhão 750 mil pessoas, em 134 cidades consideradas área de risco da doença.
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FONTE : Assecom - Secretaria Estadual do Meio Ambiente do RS.
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2 comentários:
From: Os Verdes Tapes
Sent: Monday, March 02, 2009 11:12 PM
To: jamespizarro@hotmail.com
Subject: Re: www.antesqueanaturezamorra.blogspot.com
Olá professor, que bom que estás no ar na web para trocarmos informações. Já estás em nosso site, entra na capa e tem um link para tua página. Grande abraço e sempre na luta.
http://osverdestapes.googlepages.com
Julio Wandam
From: Rodrigo Cambará Printes
Sent: Tuesday, March 03, 2009 12:49 PM
To: jamespizarro@hotmail.com
Subject: refazendo contato...
Caro Prof. Pizarro!
Tudo bem?
Fui seu aluno em na UFSM, em 1989...
O senhor ainda é professor lá?
Antes de entrar para a Biologia da Ufrgs fui aluno da engenharia florestal. Desisti em 1990.
Depois disso muita coisa aconteceu, acabei fazendo doutorado em ecologia na UFMG, tenho trabalhado com conservação de florestas, sou funcionário da SEMA-RS.
Bom, obrigado por ajudar a divulgar nossa matéria sobre a conservação o bugio e a febre amarela.
Estamos na ativa, tentando evitar mais mortes (de bugios e de pessoas).
Um abraço
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