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sábado, 21 de março de 2009

Rio do Sul (SC) vai tratar todo o lixo que produz

Tratar o lixo doméstico para evitar a degradação ambiental pode parecer um sonho distante. No entanto, a esperança está depositada em um sistema que dentro de um ano estará funcionando em Rio do Sul, no Alto Vale do Itajaí. Pelo menos é isso que planeja o prefeito Milton Hobus.

O município recebe consultoria de uma empresa que detém a tecnologia alemã conhecida como Torre Azul, que promete dar destino correto aos dejetos através do processamento do material. Garantiria ainda a transformação do lixo em gás, podendo ser usado na indústria ou na geração de energia. Apesar de o projeto exigir um investimento de US$ 55 milhões (cerca de R$ 123 milhões), a implantação é dada como certa.

– Queremos nos tornar referência em questões ambientais. Os criadores da tecnologia têm a intenção de instalar o projeto e ficar com a energia elétrica. Investidores locais também podem bancar. A iniciativa privada tem interesse já que o projeto é altamente sustentável – diz o prefeito.

O sistema consiste na construção de uma torre onde é depositado todo tipo de material para beneficiamento. A representante da empresa detentora da tecnologia no país, Edrb do Brasil, Ivonice Campos, esteve em Rio do Sul, quando divulgou o trabalho para funcionários da prefeitura.

– O aproveitamento total de resíduos se caracteriza como um dos negócios emergentes do século 21, capaz de resolver a questão ambiental dos aterros e lixões e industrializar com sustentabilidade os resíduos produzidos diariamente – considera Ivonice.

Rio do Sul produz, em média, 35 toneladas de lixo doméstico por dia. A intenção, no entanto, seria adotar o novo tratamento em todas as cidades do Alto Vale.



MAGALI MOSER | Rio do Sul
Como funciona o processo
> O processo é composto por três etapas. A primeira consiste na gaseificação da biomassa, tudo o que é orgânico como restos de comida, embalagens de plástico, embalagens de agrotóxico e sangue de boi
> Depois disso, forma-se um gás que vai para um segundo estágio que é um forno reformador. Nele, adiciona-se vapor e obtém-se gás de síntese, conhecido também como gás de cidade, que contém até 52% de hidrogênio. A partir daí, o gás como combustível pode ser usado para gerar energia elétrica
> O terceiro estágio é baseado num condutor térmico em forma de esferas que transfere o calor produzido para o forno reformador a cerca de 900°C e depois para o forno gaseificador entre 400°C e 700°
Onde a tecnologia é usada
A tecnologia conhecida como Torre Azul é usada hoje no Japão, onde há três unidades de demonstração, e na Alemanha, onde está sendo construída uma unidade industrial.
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DC - 22/03/2009

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