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segunda-feira, 12 de março de 2018



Resumo diário de notícias selecionadas
dos principais jornais, revistas, sites especializados e blogs,
além de informações e análises direto do ISA


HOJE:
Agrotóxicos, Amazônia, Bacia do Xingu, Biodiversidade, Biotecnologia, Energia, Mares, Mineração, Mudanças Climáticas, Pecuária, Política Socioambiental, Povos Indígenas, Transposição do São Francisco, Unidades de Conservação, UHE Belo Monte
Ano 18
12/03/2018


UHE Belo Monte



Da índia Tuíra à Lava Jato: Belo Monte coleciona polêmicas há mais de 40 anos

Intervencionismo estatal favoreceu a construção de hidrelétrica para alimentar interesses de políticos e empresas, às custas de fundos de pensão, BNDES e consumidores de energia. Corrupção, desvios e prejuízo ao Estado, ao meio ambiente, a consumidores e a ribeirinhos e indígenas. A construção da UHE Belo Monte, alvo da 49ª fase da Operação Lava Jato nesta sexta-feira (9/3), sempre foi cercada de controvérsia – desde a década de 1970, quando o projeto foi iniciado, inicialmente para construir a usina de Kararaô (que na língua indígena Caiapó é uma palavra religiosa que significa “grito de guerra”) - Gazeta do Povo, 09/3.

Delfim diz que formação de consórcio garantiu a disputa por Belo Monte

O ex-ministro Delfim Netto ajudou a formar o segundo consórcio que disputou com a Andrade Gutierrez o leilão para a construção da usina de Belo Monte. Sem um outro grupo para competir, disse Delfim na sexta-feira (9/3) ao Valor PRO, não haveria concorrência no leilão - Valor Econômico, 12/3, Política, p.A6.

Bumlai relatou à PF reunião com Delfim em hotel de luxo para tratar de Belo Monte

O pecuarista José Carlos Bumlai relatou à Polícia Federal que encontrou-se com o ex-ministro Antonio Delfim Netto, alvo maior da Operação Buona Fortuna, fase 49 da Lava Jato, no hotel Maksoud Plaza, em São Paulo, em meados de 2010. Na pauta da reunião, a construção da Usina de Belo Monte. - OESP, 12/3, Política.

 


Povos Indígenas



MPF cobra MEC e FNDE cumprimento de acordo para construção de escolas indígenas no AM

Ministério da Educação e FNDE sequer iniciaram a construção de 50 escolas indígenas em São Gabriel da Cachoeira, Santa Isabel do Rio Negro e Barcelos, conforme compromisso assumido no início de 2017. O Ministério Público Federal no Amazonas expediu recomendação ao Ministério da Educação e ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para garantir o cumprimento de termo de compromisso que prevê a construção de 50 escolas indígenas em São Gabriel da Cachoeira, Santa Isabel do Rio Negro e Barcelos, localizados no território do médio e alto rio Negro, no interior do Estado - MPF, 09/3.

Sementes de plantas dos povos indígenas são preservadas pela Embrapa

Banco de armazenamento de material genético é utilizado para fornecer sementes aos povos indígenas quando o estoque está próximo de terminar. Espigas de milho estavam prestes a brotar nas terras dos índios Kayabi, no Parque Indígena do Xingu (MT), quando uma onda de calor e estiagem se abateu sobre o milharal, no início de 2017. Não sobrou planta para contar a história. A sorte é que, há cerca de 15 anos, aquelas sementes foram preservadas pela Embrapa em uma estrutura chamada banco de germoplasma — câmaras extremamente frias que armazenam o material genético de espécies vegetais — localizada em Sete Lagoas (MG) - Galileu, 09/3.

 


Amazônia



Águas pestilentas

"Inexistem explicações claras, até o momento, para a água contaminada que atingiu casas da cidade industrial de Barcarena, no Pará. O fato de persistirem dúvidas de que se tratou de acidente ambiental, entretanto, não torna o episódio menos desalentador. Descartem-se, para efeito de clareza, paralelos com a tragédia de Mariana (MG), onde o rompimento de uma barragem devastou o rio Doce. No caso paraense, o Instituto Evandro Chagas (IEC), ligado ao Ministério da Saúde, apontou um vazamento de recursos sólidos manejados pela multinacional Hydro Alunorte" - FSP, 10/3, Opinião, p.A2.

'Pesca de DNA' na Amazônia ajuda a criar receita para etanol do futuro

"Gene achado tem fórmula para beta-glucosidase, que ajuda na transformação da matéria vegetal em glicose. Para quem gosta de uma boa pescaria, as águas da Amazônia abrigam coisas muito mais interessantes do que pirarucus e tucunarés. Genes, por exemplo — fragmentos de DNA vindos de micro-organismos aquáticos que a ciência ainda nem conseguiu identificar direito. Mesmo assim, eles podem acabar se revelando uma mão na roda para a biotecnologia brasileira. Muitas outras coisas desse tipo podem estar escondidas na biodiversidade da Amazônia" artigo de Reinaldo José Lopes - FSP, 11/3, Ciência, p.B5.

 


Unidades de Conservação



Proposta da Marinha retira ilhas de São Pedro e São Paulo e Trindade da proteção integral

O vazamento de dois mapas nas redes sociais causou indignação nos cientistas e ambientalistas que encabeçam a campanha em favor da criação das Unidades de Conservação marinhas de São Pedro e São Paulo, na costa pernambucana, e Trindade e Martim Vaz, na costa capixaba. Isso porque os mapas mostram uma proposta, supostamente defendida pela Marinha brasileira, dos limites que seriam as novas áreas protegidas e a parte mais sensível e de maior biodiversidade, as ilhas e as águas mais rasas, estão excluídas de qualquer proteção - O Eco, 09/3.

Áreas protegidas aumentam, mas falta efetividade

A criação de áreas protegidas gigantes no oceano virou uma tendência mundial nos últimos anos, impulsionada pela adoção das chamadas Metas de Aichi, acordo internacional sancionado pela Convenção sobre Diversidade Biológica das Nações Unidas, que prevê a proteção de pelo menos 10% das áreas costeiras e marinhas de cada país signatário até 2020. Mais de 14 milhões de km² de áreas protegidas marinhas foram criadas desde 2010, quando o acordo foi assinado, elevando a taxa de proteção global dos oceanos de 2,5% para quase 7%, segundo dados do World Database on Protected Areas - OESP, 11/3, Metrópole, p.A21.

 


Política Socioambiental



Meio ambiente perde força no Congresso

No papel, 44% dos 513 deputados têm algum interesse no meio ambiente. Pelo menos é o que revela uma olhada rápida no quadro de integrantes da frente parlamentar ambientalista da Câmara. Na vida real, no entanto, a bancada ambientalista, cuja atuação já foi pujante, hoje não conta com quadros que têm a agenda verde como central em seus mandatos. A defesa da Amazônia, o combate às mudanças climáticas e a manutenção de áreas protegidas são defendidos pontualmente, quase sempre por membros da oposição. As últimas brigas ecológicas travadas no Congresso só ganharam relevância quando passaram a ser impulsionadas por movimentos da sociedade civil, especialmente pela classe artística - O Globo, 11/3, País, p.6.

 


Geral



Aprovação de agrotóxicos pode sair das mãos dos cientistas e paras no colo dos políticos

O Governo Federal e o Congresso podem acelerar uma fila silenciosa que afeta diretamente a saúde: o processo de liberação de agrotóxicos. A bancada ruralista tem como prioridade a votação de um Projeto de Lei que acaba com o poder de veto de órgãos técnicos como a Anvisa e o Ibama na aprovação dos componentes químicos. Uma comissão com nomes indicados politicamente passaria a dar as cartas. Em paralelo, o Ministério da Agricultura já implementa um projeto de informatização da análise dos produtos. Ele pode reduzir o tempo de tramitação dos atuais quatro a cinco anos para dois - The Intercept, 09/3.

País entra nas prioridades de ONG de baixo carbono

A instituição público-privada internacional de apoio ao desenvolvimento de projetos voltados à economia de baixo carbono chamada The Lab, que mobilizou US$ 1 bilhão em investimentos sustentáveis no planeta em quatro anos, colocou o Brasil entre os países prioritários de atuação. No Brasil, os três projetos selecionados foram um fundo dedicado ao desenvolvimento da geração distribuída de energia renovável em residências; um mercado de commodities "responsáveis", principalmente de soja plantada em áreas desmatadas ou degradadas; e um fundo de assistência técnica e financiamento para a recuperação da floresta amazônica - Valor Econômico, 12/03, Brasil, p.A2.

Após 1 ano, transposição da água a 1 milhão

Hoje, a terceira maior cidade do semiárido (410 mil habitantes) e outros 32 municípios da Paraíba e de Pernambuco estão com o abastecimento de água normalizado, beneficiando 1 milhão de pessoas, segundo o Ministério da Integração Nacional. Uma das principais polêmicas da transposição, o impacto no rio São Francisco tem sido mínimo até agora, segundo a Agência Nacional de Águas e pesquisadores da Universidade Federal do Vale do São Francisco, instituição responsável pelo monitoramento ambiental da região - FSP, 11/3, Cotidiano, p.B1 e B3.

 

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