SÃO JOSÉ DO RIO PARDO (SP)
Voluntários criam cadeiras de rodas de tubos de PVC para ajudar animais
28 de fevereiro de 2014
Agentes do serviço de zoonoses de São José do Rio Pardo (SP) têm produzido cadeiras de rodas para cães e gatos que perderam os movimentos nas patas traseiras em decorrência de acidentes. O trabalho voluntário é desenvolvido em parceria com outras pessoas da cidade que buscam uma melhor qualidade de vida para os animais com dificuldade em se locomover.
A cadeirinha é feita com tubos de PVC, uma forma encontrada pelos voluntários de baratear o produto. Atualmente os modelos disponíveis no mercado custam entre R$ 450 e R$ 650. “Um amigo dono de uma loja de material de construção doou os canos e conexões. Outra amiga costura os panos de suporte para o animal. Com isso conseguimos montar a primeira cadeira”, explicou o agente Ronaldo Luiz Carreiro da Silva.
O acessório criado por ele e outros dois agentes beneficiou o gato Jorge, que foi atropelado há três meses e perdeu o movimento nas patas traseiras. A professora Luceli de Souza Baptistão, que adotou o bicho, contou que sofria ao ver o felino se arrastar para se locomover. “Achei a iniciativa espetacular, os agentes são muito dedicados e têm ajudado muitos bichos na cidade. A cadeirinha melhorou muito a vida de Jorge, que toma de três a quatro banhos por dia por conta de um problema urinário causado pelo acidente. Depois, deixo ele no quintal para andar enquanto cuido dos outros animais”, contou Luceli.
A professora mantém um espaço no Jardim Eunice onde há atualmente cerca de 20 gatos e 22 cães. Debilitados, muitos deles foram abandonados pelos tutores. Luceli gasta R$ 1 mil por mês entre ração e remédios. Para manter os bichos em boas condições, recebe ajuda de voluntários e amigos.
Iniciativa
Os agentes da zoonoses produzem as cadeirinhas fora do horário de trabalho diário na Prefeitura. Cada acessório leva em média sete dias para ficar pronto. Eles aprenderam a montar o acessório após pesquisa feita na internet. Agora a próxima beneficiada pelo andador será uma cadela que tem cinomose, doença canina com alto índice de mortalidade.
“Já fizemos os ajustes e vai dar certo. Somos contra sacrificar e orientamos sempre a cuidar do animal até o final. É gratificante ver o bicho debilitado poder se locomover com essa ajuda. É uma alegria para ele, para nós, para o tutor. A gente faz com carinho, amor e dedicação, isso é o mais importante”, afirmou Ronaldo.
O agente disse acreditar que, com a divulgação do trabalho, moradores da cidade devem procurar o serviço de zoonoses para ajudar outros animais com sintomas de paralisia.
Fonte: G1
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