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terça-feira, 25 de março de 2014


Resumo diário de notícias selecionadas
dos principais jornais, revistas, sites especializados e blogs,
além de informações e análises direto do ISA
 
 
HOJE:
Água, Mudanças Climáticas
Ano 14
25/03/2014

 

Direto do ISA

 
  Em sua terceira edição, a Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental, que acontece entre 21 e 27 de março, em várias salas de cinema de São Paulo, homenageia hoje (25/3), o jornalista Washington Novaes, às 19h, no Museu da Imagem e do Som (MIS) - Blog do ISA, 25/3.
   
 

Mudanças Climáticas

 
  Secas, inundações, conflitos, perdas econômicas cada vez mais profundas. Este é o cenário que aguarda o planeta caso não se reduzam as emissões de CO2, advertem cientistas da ONU em seu próximo relatório sobre o aquecimento global, o mais sombrio já produzido até hoje.Os cientistas e representantes dos governos se reunirão a partir de hoje para redigir um resumo de 29 páginas, que será publicado juntamente com o relatório completo em 31 de março. "Temos uma imagem mais clara do impacto e das consequências", disse Chris Field, que chefia a pesquisa. "A redução das zonas geladas do planeta, as fontes de água compartilhadas ou a migração dos bancos de peixes têm o potencial de aumentar a rivalidade entre os países" - O Globo, 25/3, Ciência, p.26.
  Problemas de saúde já existentes tendem a ser exacerbados como clima mais quente. A previsão, dita com muito alto grau de confiança, está no novo relatório do IPCC, o painel de cientistas da ONU. Um rascunho deste documento, que vazou na internet há alguns meses, aponta que, para a saúde humana, até meados do século, é de se esperar uma piora em condições já existentes, além de um aumento de problemas de saúde em geral, especialmente nos países em desenvolvimento, na comparação com um futuro em que não houvesse mudanças climáticas - OESP, 25/3, Metrópole, p.A19.
 
A Organização Meteorológica Mundial (OMM) apresentou ontem sua revisão anual sobre o clima no mundo e afirmou que o aquecimento global terá efeito "por séculos". O estudo de 21 páginas conclui que 2013 empatou com 2007 como o sexto ano mais quente desde 1850, quando a gravação de dados anuais começaram. "O aquecimento dos oceanos tem acelerado. Mais de 90% do excesso de energia retido pelos gases de efeito estufa é armazenado nos oceanos. Os níveis estão em um recorde, ou seja, isso significa que a nossa atmosfera e oceanos continuarão a aquecer nos próximos séculos", afirma o presidente da OMM, Michel Jarraud - OESP, 25/3, Metrópole, p.A19.
  O relatório do IPCC deve reforçar algumas noções dos impactos das mudanças climáticas no Brasil que os cientistas conhecem bem: o clima vai ficar mais instável, com alternância cada vez mais frequente de extremos climáticos - do muito quente para o muito frio; e do muito seco para o muito chuvoso. Cenários mais ou menos parecidos com os que estamos vendo atualmente nas Regiões Sudeste e Norte. "O alerta é claro: temos de incorporar essa dimensão da variabilidade climática se quisermos evitar o colapso dos sistemas", afirma o climatologista Carlos Nobre em entrevista - OESP, 25/3, Metrópole, p.A19.
  "Sabemos que as alterações da composição atmosférica induzidas pelo consumo de combustíveis fósseis e desflorestamento tropical em grande escala são em parte responsáveis pelo aumento de eventos climáticos extremos. Sabemos também que tais eventos, como os desse verão, constituem somente o tira-gosto de uma nova realidade do clima que se avizinha. Também aprendemos que as árvores fazem parte do processo de geração de chuva, contribuindo para a estabilização do clima. Podemos e devemos manter os maciços florestais remanescentes não somente na Amazônia, mas também e principalmente os cinturões verdes ao redor das megacidades brasileiras. Com isso, não estaremos imunes aos extremos climáticos futuros, mas teremos contribuído para atenuar seus efeitos em nossas cidades", artigo de Paulo Nobre e Marcelo Seluchi - FSP, 25/3, Tendências/Debates, p.A3.
   
 

Água

 
  O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), acusou o governo fluminense de retirar e não devolver água do Rio Paraíba do Sul e de usar a maior parte dos recursos hídricos para produzir energia elétrica e não para o abastecimento da população. "O que nós queremos não é transposição. Quem faz transposição é o Rio de Janeiro", disse Alckmin. "O (Rio) Paraíba fica com menos da metade do tamanho depois de Barra do Piraí (cidade onde é feita a transposição para o Rio Guandu, que abastece a Região Metropolitana do Rio). Perde 119 metros cúbicos por segundo dia e noite, todos os anos. Essa água nunca volta para o Paraíba. E grande parte é para gerar energia para a Light", completou - OESP, 25/3, Metrópole, p.A19. O Globo, 25/3, País, p.4.
  "Segundo o Atlas Brasil - Abastecimento Urbano de Água", de 2010, até o ano que vem poderão ter abastecimento deficitário 55% dos municípios, onde se concentram 73% da procura por água. A fim de promover a segurança hídrica até 2025, o Atlas propõe uma série de medidas a serem implementadas pelas unidades da Federação até 2015. Os investimentos previstos estão em sua maioria justamente em São Paulo e no Rio de Janeiro, além da Bahia e de Pernambuco. Das 16 obras mais importantes citadas no Atlas, só cinco estão concluídas. Trata-se de um problema nacional, e não de briga de vizinhos. Quanto antes todos os governantes perceberem que a água é um bem escasso, melhor para a população", editorial - FSP, 25/3, Editoriais, p.A2.
  "Não faltaram especialistas e acadêmicos a desnudar tal inépcia planificadora do governo paulista. O sistema responsável pelo abastecimento de São Paulo foi inaugurado em 1985 e, desde então, nada mais se fez -isso a despeito do crescimento vertiginoso da população paulistana. O uso industrial de água poderia ser limitado em prol do uso humano, estimulando o reúso da água pelas indústrias. Mas a política de defesa e preservação dos mananciais é apenas uma peça de propaganda. Pressionado pela fraqueza do poder público em barrar a especulação imobiliária e a ocupação do solo, os mananciais veem sua capacidade de produção de água ser seriamente afetada. O produtivismo sem consciência ecológica alguma é a marca maior do desenvolvimento econômico do nosso Estado há tempo demais", artigo de Vladimir Safatle - FSP, 25/3, Opinião, p.A2.
   
 
Imagens Socioambientais

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