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quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Manchetes Socioambientais - 9/setembro/2013


Resumo diário de notícias selecionadas
dos principais jornais, revistas, sites especializados e blogs,
além de informações e análises direto do ISA
 
 
HOJE:
Amazônia, Energia, Povos Indígenas, Saneamento
Ano 13
09/10/2013

 

Direto do ISA

 
  A pouco mais de 10 km da usina de Belo Monte, o maior projeto de mineração de ouro do Brasil, da empresa canadense Belo Sun, está prestes a receber licença ambiental - Direto do ISA, 8/10.
   
 

Povos Indígenas

 
  A oposição obstruía ontem a votação da medida provisória que institui o programa Mais Médicos. O governo não tinha conseguido colocar o texto até o fechamento desta edição. A principal dificuldade era a obstrução da bancada ruralista. Os ruralistas diziam que não iriam permitir a votação de nenhum projeto até que seja instalada uma comissão para discutir a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 215/13, que transfere do Executivo para o Legislativo a decisão sobre a demarcação das terras indígenas. "O governo vem tratando o tema com omissão, e o presidente da Câmara não tem coragem de instalar a comissão. Ou ele cria a comissão, ou não se vota mais nada nesta Casa", afirmou o deputado Moreira Mendes (PSD-RO) - Valor Econômico, 9/10, Política, p.A12.
   
 

Energia

 
  Balbina: catástrofe ambiental e um dos piores projetos energéticos do planeta. Passados 24 anos, ainda se discute o que fazer para minimizar os graves danos que a hidrelétrica impôs ao ambiente e que solução dar aos moradores da vila Balbina, pequena comunidade cuja existência não estava nos planos oficiais. Balbina inundou 2.360 km quadrados de mata nativa, área equivalente à das cidades de São Paulo e Campinas juntas, para gerar uma potência instalada de apenas 250 megawatts, energia suficiente para atender apenas 370 mil pessoas. A decisão de construir Balbina ainda hoje cobra seu preço e serve de alerta aos novos aproveitamentos hidrelétricos planejados para a Amazônia - Valor Econômico, 9/10, Especial, p.A16.
  O presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu, a defende a redução do lago da usina. Pela proposta, a hidrelétrica passaria a funcionar com o reservatório em sua cota mínima de água - 46 metros em relação ao nível do mar, em vez de 51 metros, que é seu limite. Em termos energéticos, a perda não seria substancial. "Cálculos preliminares indicam uma redução de 778 km quadrados, um terço de toda a represa de Balbina", diz ele. A redução do lago abriria uma rota de acesso às terras demarcadas dos índios Waimiri Atroari, que chegaram a ter parte de seus territórios invadidos pela água na década de 80, mas que hoje estão isolados por um cinturão aquático - Valor Econômico, 9/10, Especial, p.A16.
  A Eletrobras Amazonas Energia pretende contratar uma empresa para retirar centenas de milhares de árvores que foram mortas pelo enchimento do lago da usina, mas que ainda hoje permanecem de pé. Balbina retirou apenas 8% da madeira que estava na área da barragem. A avaliação é que o imenso "cemitério" de árvores - região conhecida como "paliteiro", por conta da paisagem formada pelos troncos secos da árvores - desperta interesse comercial. A madeira que ficou permanentemente dentro da água desde o alagamento estaria em bom estado de conservação e poderia ser utilizada para fabricação de móveis. Já a madeira apodrecida poderia ser transformada em biomassa, para alimentar turbinas de usinas térmicas - Valor Econômico, 9/10, Especial, p.A16.
  A Eletrobras Amazonas Energia mantém um programa de preservação de animais, montado ao lado da usina. Ali, recebe peixes-bois, antas e ariranhas capturados com ferimentos ou em situações de risco. Os animais são tratados e devolvidos à natureza. Uma ilha localizada abaixo da barragem é usada para reprodução de tartarugas. Botos nadam com seus filhotes, situação bem diferente daquela dos primeiros meses de operação da usina, quando a água sem oxigênio do lago passou pela usina e matou milhares de toneladas de peixes, mortandade que se espalhou por uma extensão de até 200 quilômetros. Uma unidade de conservação da floresta foi criada com uma área equivalente a duas vezes o tamanho da barragem - Valor Econômico, 9/10, Especial, p.A16.
  Veja também vídeo sobre Balbina - Valor Econômico, 9/10, Especial, p.A16.
  Desde 2008, o mundo que observa atento a revolução na exploração americana de gás e petróleo não-convencional, especialmente das abundantes formações de xisto. A produção nacional dos insumos avançou 30% no período e animou o setor de energia, que criou quase dois milhões de empregos. O preço do gás despencou, elevando a competitividade de indústrias locais, e os EUA se preparam para serem exportadores líquidos do produto. A exploração de petróleo renasceu e as importações estão ladeira abaixo, liberando 2 milhões de barris diariamente no mercado internacional, antecipando uma redução dos interesses americanos no Oriente Médio e alterando o xadrez do comércio global de energia - O Globo, 9/10, Economia, p.22.
  O custo ambiental da exploração do gás de xisto é o maior desafio da atividade. É crescente a preocupação de cidadãos, cientistas, ambientalistas e setor público com o uso ultraintensivo de água para a extração, com possibilidade de contaminação de fontes, e com o vazamento de metano na atmosfera. O confronto entre produtores e moradores é intenso na Pensilvânia, onde se encontra boa parte da formação geológica de Marcellus e acontece a maior corrida pela nova fonte de combustível dos EUA - O Globo, 9/10, Economia, p.22.
   
 

Saneamento

 
  Mantendo o ritmo atual de investimentos no setor, o acesso a saneamento básico no Brasil só vai ser universalizado em 2055, de acordo com estimativa da Associação Brasileira das Concessionárias (Abcon). Atualmente, segundo levantamento do Ministério das Cidades, apenas 48% dos brasileiros possuem acesso a uma rede de esgoto. Outros 34 milhões de cidadãos não possuem acesso a água, sendo que, nesse grupo, 11 milhões residem em áreas urbanas - Valor Econômico, 9/10, Brasil, p.A6.
   
 
Imagens Socioambientais

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