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quinta-feira, 17 de outubro de 2013

MANCHETES SOCIOAMBIENTAIS - 17/10/2013


Resumo diário de notícias selecionadas
dos principais jornais, revistas, sites especializados e blogs,
além de informações e análises direto do ISA
 
 
HOJE:
Agroecologia, Amazônia, Mudanças Climáticas, Oceanos, Povos Indígenas, Quilombolas, Trabalho Escravo
Ano 13
17/10/2013

 

Direto do ISA

 
  "Ministro enviou à presidência do STF, no sábado (12/10), seu voto sobre os embargos da decisão do caso da TI Raposa Serra do Sol (RR). Há informações de que novo julgamento pode acontecer nas próximas semanas", artigo de Márcio Santilli - ISA, Blog do PPDS, 16/10.
  O ISA vem publicando os relatos de campo escritos por Moreno Saraiva Martins e Estevão Benfica Senra descrevendo um pouco do cotidiano da expedição ao limite leste da fronteira da Terra Indígena Yanomami realizada em setembro. Confira - ISA, Blog do Rio Negro, 17/10.
  Defesa de mudanças em sistema de cadastramento de propriedades está em documento encaminhado a autoridades e elaborado em seminário no Vale do Ribeira (SP) que discutiu aplicação de nova lei florestal - Direto do ISA, 17/10.
   
 

Amazônia

 
  O Ministério Público Estadual do Pará poderá mover ação contra as empresas que pretendem construir terminais às margens do rio Tapajós - entre elas Bunge e Cargill - caso não cheguem a um acordo sobre como compensar os impactos sociais e ambientais de suas operações em Itaituba. Se confirmada, a ação poderá atrasar o cronograma de investimentos de R$ 1,3 bilhão para construção de nove estações de transbordo fluvial que servirão como alternativa para exportação de até 20 milhões de toneladas de grãos por ano do Centro-Oeste. As empresas têm até hoje para entregar um posicionamento sobre os pleitos apresentados pelo município, onde o desmatamento começa a se intensificar. Marques Junior, da secretaria do Meio Ambiente de Itaituba, diz que 73% da área do município ainda está preservada, parte dela sob a chancela de áreas de proteção estadual. Mas ele próprio admite: "Infelizmente, são parques apenas no papel" - Valor Econômico, 17/10, Agronegócios, p.B14.
  "'Entre todas as estradas na Amazônia, a BR-319 é a que tem potencial de produzir maior impacto.'" A frase de Britaldo Soares, especialista em modelagem ambiental de mudanças no uso da terra, dá conta do tamanho do estrago que a rodovia que une Manaus (AM) a Porto Velho (RO) pode causar quando estiver toda pavimentada. A estrada, explica ele, corta a Amazônia em dois grandes blocos de floresta, cruzando uma área quase virgem. Tem grande chance de estimular o desmatamento trazendo gente de regiões que já não tem mais o que derrubar e transformar em pastagens. Pode causar um efeito em cadeia e atingir até Roraima. Em termos ambientais, a BR-319 tem o efeito de uma bomba. 'É um grande risco', reforça o professor do Instituto de Geociências da UFMG, pensando nos danos que a estrada pode causar à floresta", artigo de Daniela Chiaretti - Valor Econômico, 17/10, Brasil, p.A2.
   
 

Geral

 
  Passados mais de 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, persiste uma das mais humilhantes formas de violência humana: a escravidão. Pela primeira vez, a Walk Free Foundation, baseada em Londres, criou um Índice de Escravidão Global, classificando 162 países de acordo com a proporção de escravos em relação à população. A fundação estima que 29,8 milhões de pessoas vivam como escravas hoje no mundo. Se a esmagadora maioria está concentrada em dez países, sobretudo da Ásia e da África, o índice surpreende ao revelar que o problema também atinge países tão ricos quanto a Suíça ou Suécia, embora em proporções bem menores. Só no Reino Unido, por exemplo, calcula-se que haja até 4.600 escravos - O Globo, 17/10, Mundo, p.32; FSP, 17/10, Mundo, p.A22.
  Com investimentos previstos em R$ 9 bilhões em três anos, a presidente Dilma lança hoje, em Brasília, o "Brasil Agroecológico". Será o primeiro Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo) do país. O plano tem como principal objetivo articular políticas e ações de incentivo ao cultivo de alimentos orgânicos e com base agroecológica. Dez ministérios estão envolvidos no Planapo, que tem como foco o apoio a agricultores familiares, assentados da reforma agrária, povos indígenas e comunidades tradicionais - Valor Econômico, 17/10, Agronegócios, p.B13; OESP, 17/10, Política, p.A8.
  A ONU quer fortalecer a ponte entre conhecimento científico e política ambiental para evitar falhas como a de 2009, quando a conferência de Copenhague fracassou em produzir um acordo para frear a mudança climática. Segundo o paulista Carlos Nobre, cientista que acaba de ser nomeado para o Painel de Alto Nível para Sustentabilidade Global, essa será uma das principais missões da ONU nos próximos dois anos. Nobre, secretário de políticas e programas de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, passa a integrar o conselho - que assessora o secretário-geral Ban Ki-moon. Seu mandato dura até realização da conferência do clima de 2015, próxima janela de oportunidade para selar um acordo global sobre clima - FSP, 17/10, Ciência, p.C8.
  A Conservação Internacional (CI) divulgou esta semana a nova versão do Índice de Saúde do Oceano, um instrumento que compara anualmente como países e territórios usam seu litoral para turismo, pesca e provisão de alimentos, entre outros fatores. Em uma escala de 0 a 100, a média global foi 65. O Brasil ficou um ponto acima e conquistou a 83ª posição do ranking mundial. O diretor-executivo da CI no Brasil, André Guimarães ressalta que o país não deve comemorar. "Temos uma responsabilidade brutal por causa do tamanho de nossa costa e sua importância no Atlântico Sul. Estudamos muito pouco o nosso litoral, à exceção das áreas exploradas pelos poços de petróleo. Exercemos uma pesca predatória e não pensamos o mar como um bioma que pode oferecer tantos recursos à população" - O Globo, 17/10, Ciência, p.34.
 
"A ONG Carbon Disclosure Project resolveu pesquisar como as cem maiores empresas brasileiras estão enfrentando as mudanças climáticas. Pra começar, das cem empresas procuradas, apenas 56 responderam o questionário. Entre as 51 que efetivamente participaram do trabalho, 55% disseram que medem regularmente as suas emissões e possuem metas de redução. O problema é que 76% delas registraram aumento na liberação de carbono nos últimos doze meses. O que está na mesa não é uma ação de marketing. É uma discussão objetiva sobre riscos e oportunidades. A literatura está repleta de casos de bons empresários que perderam o bonde da história e de alguns que acabaram até sendo atropelados por eles. O mundo está mudando muito rapidamente, só não vê quem não quer", coluna de Agostinho Vieira - O Globo, 17/10, Economia Verde, p.31.
   
 
Imagens Socioambientais

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