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quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Lista das principais empresas de energia limpa do mundo inclui brasileiras

CarbonA economia global está em uma transição monumental de um sistema energético baseado em combustíveis fósseis para uma baseada em fontes de energia limpas e renováveis.
Por Redação da Envolverde*
Acaba de ser divulgado o relatório Carbon Clean 200 TM (Clean200TM)com a lista das 200 principais empresas de energia limpa com capital aberto no mundo. O ranking inclui três companhias brasileiras: Weg, São Martinho e CPFL Energias Renováveis.
Criado para servir de espelho ao Carbon Underground 200TM, lista de empresas de combustíveis fósseis que está sendo alvo de desinvestimentos e que gerou um retorno anualizado de 7,84% ao longo da última década, o Clean200TM mostrou um retorno anualizado três vezes superior, de 21,82%, nesse mesmo período.
“O Clean200 quase triplicou o desempenho em relação a seu homólogo reserva-pesada de combustíveis fósseis ao longo dos últimos dez anos, mostrando que as empresas de energia limpa estão oferecendo retorno concreto e mensurável para os investidores”, destacou Toby Heaps, presidente da Corporate Knights e co-autor do relatório. “Além disso, o excelente desempenho desta lista mostra que a noção de que os investidores devem sacrificar o retorno quando investem em energias limpas está desatualizada. Muitos investimentos em energias limpas já são rentáveis e nós antecipamos que, a longo prazo, seu apelo só tende a subir à medida que as tecnologias melhoram e mais investidores se afastam das companhias de combustíveis fósseis de baixo desempenho.”
O retorno 21,82% foi devido em grande parte à exposição significativa para as empresas de energia limpa chinesas que tiveram um crescimento exponencial. Excluindo-se a China, os retornos do Clean200 foram menores, mas ainda assim superiores à referência mundial do S&P 1200 e do Carbon Underground 200.
As 10 empresas com mais receitas oriundas de energias limpas do ranking Clean200 são: Vestas (energia eólica), Philips Lighting (iluminação LED), Xinjiang Gold-A (centrais eólicas), Tesla Motors (veículos elétricos), Gamesa (turbinas eólicas), First Solar (módulos solares), GCL-Poly Energy (polissilício grau solar), China Longyuan-H (parques eólicos), Grupo Kingspan (isolamento e envelopamento de construções) e Acuity Brands (luzes LED).
O Clean200 classifica as maiores empresas de capital aberto no mundo inteiro por suas receitas totais oriundas de energia limpa, conforme a avaliação da Bloomberg New Energy Finance (BNEF). Para ser elegível, a empresa deve ter um valor de mercado superior a US$ 1 bilhão (ao final do segundo trimestre de 2016) e ter mais de 10% do total de receitas a partir de fontes de energia limpa. Mais de 70 integrantes da lista recebem a maioria das suas receitas de energia limpa. A relação exclui todas as empresas de petróleo e gás e utilitários que geram menos de 50% de sua energia a partir de fontes renováveis, bem como as 100 maiores empresas de carvão de acordo com suas reservas. A lista também filtra as empresas que se beneficiam da fabricação de armas, do desmatamento de florestas tropicais, da utilização de trabalho infantil e / ou forçado, bem como as empresas que se dedicam ao lobby de negação das mudanças climáticas.
“Nossa intenção com o Clean200 é começar uma conversa que defina quais empresas serão parte do futuro de energia limpa “, disse Andrew Behar, CEO da As You Sow e co-autor do relatório.  “O Clean200 vira a “bolha de carbono” do avesso. A lista está longe de ser perfeita, mas começa a mostrar como é possível acelerar e aproveitar a maior transição energética desde a revolução industrial.”
O Clean200 TM foi elaborado pela As You Sow e pela Corporate Knights e será atualizado trimestralmente. A análise de desempenho é baseada em uma avaliação do tipo ‘retrato do momento” dos itens constituintes atuais já que o banco de dados da BNEF de exposição da receita de energias limpas é novo e não retroage no tempo. A análise também introduz um viés de sobrevivência que pode estar presente quando as ações que atualmente não existem (porque não sobreviveram, por exemplo) são excluídas da análise histórica. Esse viés pode resultar na superestimação dos retornos passados. (#Envolverde)
* Com informações da Agência de Comunicação Aviv.

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