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Amazônia
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Salas de aula de 22 escolas municipais e estaduais de Porto Velho, capital de Rondônia, se transformaram em quitinetes improvisadas por famílias desabrigadas pela cheia histórica do rio Madeira que completa um mês. A ocupação das escolas públicas atrasa o ano letivo no Estado. Ao menos 16 mil crianças e adolescentes estão sem aulas por causa da crise. A Defesa Civil diz que prepara a retirada das famílias para que o ano letivo seja retomado. Elas devem ser alojadas em um ginásio esportivo. Segundo o último relatório do órgão, das 760 famílias abrigadas provisoriamente, 406 estão em escolas e creches. Dos 41 abrigos, mais da metade são escolas - FSP, 20/3, Cotidiano, p.C6. |
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Depois de assinar o bilionário contrato de concessão de trecho da BR-163 no Mato Grosso (MT) na última semana, a Odebrecht TransPort se prepara para iniciar investimentos de R$ 250 milhões neste ano na rodovia em meio a seu maior desafio: a obtenção do licenciamento ambiental. A liberação dos documentos são fundamentais para os planos do grupo - que agora estuda a implantação de um megaprojeto logístico na região. A Odebrecht TransPort já conversa com potenciais parceiros e pode complementar a operação logística da rodovia recém-conquistada, se tornando um operador de transporte de grãos por meio de terminais de transbordo e rios no Norte do país - Valor Econômico, 20/3, Empresas, p.B2. |
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Energia
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Os projetos de cogeração de energia com bagaço de cana, que receberam bilionários investimentos entre 2003 e 2008, ficaram muito abaixo do potencial que poderia ser jogado na rede para aliviar o risco de falta de energia nas principais regiões do Centro-Sul do País. Os preços oferecidos nos leilões de energia de biomassa desestimularam os negócios, afirmam consultores e usinas."Se incentivadas, várias usinas de biomassa do Sudeste e Centro-Oeste do País poderiam suprir parte da demanda. Não haveria a necessidade de trazer blocos de energia da Região Norte", disse Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) - OESP, 20/3, Economia, p.B6. |
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"Esse governo acha que pode haver escassez de um bem e, ao mesmo tempo, subsídio do seu preço sem gerar consumo ainda maior daquilo que não existe. Esse consumo irresponsável vem gerando impactos ambientais graves, já que, para manter o mundo da fantasia, térmicas de todos os tipos estão ligadas continuamente. A ausência de qualquer menção ao consumo consciente de energia só é justificada pela politização que a presidente fez do racionamento de 2001. Agora seu feitiço virou contra si própria. Ajudaria muito liberar as tarifas para que sinais de preço levassem o consumidor a organizar seu orçamento. Ano que vem o governo vai financiar o usuário que acreditou no governo e achou que a energia vinha de graça?", artigo de Elena Landau - O Globo, 20/3, Opinião, p.17. |
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Água
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O governo do Rio apontou ontem risco de faltar água no Estado com o projeto de transposição de até 5 mil litros por segundo da bacia do Rio Paraíba do Sul para o Sistema Cantareira. A obra proposta pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), para evitar crises futuras de estiagem no manancial que abastece a Grande São Paulo ainda precisa do aval da Agência Nacional de Águas (ANA), e está prevista para o segundo semestre de 2015, ao custo estimado em R$ 500 milhões. Estudos do Comitê da Bacia Hidrográfica do Paraíba do Sul, ainda em elaboração, apontam que a disponibilidade hídrica atual já apresenta problemas no período de estiagem - OESP, 20/3, Metrópole, p.A18; FSP, 20/3, Cotidiano, p.C1; O Globo, 20/3, País, p.3. |
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Um levantamento da Fundação SOS Mata Atlântica em 96 rios, córregos e lagos de sete estados das regiões Sul e Sudeste mostra que a água de 40% deles têm qualidade péssima ou ruim e 49% estão em situação regular. Apenas 11% têm água de boa qualidade e esses pontos estão justamente onde as matas ciliares estão preservadas. As coletas foram realizadas entre março de 2013 e fevereiro passado. O esgoto doméstico é o responsável por 70% da poluição. Os 30% restantes são atribuídos à erosão, desmatamento, lixo e até mesmo produtos químicos lançados nas redes públicas de coleta d'água - O Globo, 20/3, Ciência, p.28; OESP, 20/3, Metrópole, p.A19. |
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Relatório do Instituto Trata Brasil e do CEBDS põe o Brasil na 112ª posição de um ranking de 200 países conforme seu avanço na questão do saneamento (água e esgotos). O ranking leva em consideração tanto a cobertura do saneamento alcançado quanto sua evolução recente. Ou seja, fica bem nele o país que tem boas redes de água e esgotos ou as ampliou muito. O Brasil obteve uma nota baixa, 0,581, porque vai mal nos dois quesitos. Segundo o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), do Ministério das Cidades, 81% dos brasileiros têm acesso a água tratada, mas só 46% têm seus esgotos coletados. Pior, mesmo para essa minoria com ligação à rede coletora, apenas 38% dos dejetos são tratados em estações - FSP, 20/3, Cotidiano, p.C6. |
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A decisão do governador Geraldo Alckmin de pedir à ANA autorização para bombear água dos reservatórios do Rio Paraíba do Sul surpreendeu as autoridades da região, que prometem reagir contra a medida. Embora o governo tenha iniciado os estudos para uma eventual realização da obra em 2009, Alckmin procurou a presidente Dilma Rousseff sem alertar as prefeituras e comissões que lidam com as bacias do rio. Prefeitos do Vale do Paraíba vão se reunir para discutir ofensiva contra a proposta - O Globo, 20/3, País, p.3. |
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O racionamento de água no Sistema Cantareira deixou de ser decretado em janeiro porque foi autorizada pela União e pelo Estado uma liberação maior de água do que ele poderia produzir sem comprometer os níveis. A medida pode ter agravado o esvaziamento das represas e é investigada pelo Ministério Público Estadual e Federal. Um documento de janeiro da Agência Nacional de Águas (ANA) já alertava sobre a necessidade de racionamento no Cantareira. Segundo a ANA, a liberação maior de água para a Sabesp bem como o uso do chamado "banco de água" (uma reserva do sistema que é usada nos períodos de estiagem) evitou o racionamento registrado no documento - OESP, 20/3, Metrópole, p. A19 |
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Ao trazer a presidente Dilma Rousseff (PT) e o governo federal para o centro das ações contra o desabastecimento em São Paulo, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) tenta transformar a petista em sócia na crise, para o bem e para o mal. Aliados de Alckmin avaliam que, no momento em que ele explicita o pedido de apoio ao governo federal, passa a poder compartilhar com a presidente a responsabilidade por um eventual insucesso na empreitada - FSP, 20/3, Cotidiano, p.C5. |
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