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quarta-feira, 19 de março de 2014


Resumo diário de notícias selecionadas
dos principais jornais, revistas, sites especializados e blogs,
além de informações e análises direto do ISA
 
 
HOJE:
Água, Amazônia, Antártida, Áreas Protegidas, Clima, Energia, Licenciamento Ambiental, Saneamento, Sustentabilidade
Ano 14
19/03/2014

 

Água

 
  A cheia histórica do rio Madeira faz as autoridades ligarem o alerta para um grande perigo: a contaminação da água que chega até os bairros e se mistura a fossas sépticas, esgoto, lixo e animais mortos. A cidade já enfrenta alta nos casos de leptospirose, doença transmitida pela urina do rato. E os peixes das áreas alagadas continuam servidos à mesa, embora o consumo seja totalmente desaconselhado pela Secretaria Municipal de Saúde. O problema é convencer os moradores de que a água que sempre trouxe fartura agora pode até matar. - FSP, 19/3, Cotidiano, p.C5.
  Em meio a uma crise hídrica, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) foi ontem a Brasília pedir à presidente Dilma Rousseff (PT) autorização para captar água da bacia do rio federal Paraíba do Sul e despejá-la no sistema Cantareira, que opera com o nível mais baixo de sua história. Se implementada, a medida vai auxiliar na recuperação do sistema, que abastece 8,8 milhões de pessoas na Grande São Paulo e, ontem, tinha 14,9% da capacidade. Alckmin esteve ontem no Palácio do Planalto para uma reunião com a presidente, a ministra do Meio Ambiente, Izabela Teixeira, e dirigentes da Sabesp e da ANA (Agência Nacional de Águas) - a esta última cabe autorizar formalmente a operação - FSP, 19/3, Cotidiano, p.C5; OESP, 19/3, Metrópole, p.A13.
  A transposição do Rio Paraíba do Sul, na região do Vale do Paraíba, é polêmica. A proposta é retirar água de um dos braços da represa do Jaguari por meio de uma estação elevatória e levá-la ao reservatório Atibainha, no Sistema Cantareira por um canal com 15 km de extensão. Tão logo a proposta veio à público, as cidades da região do Vale do Paraíba e do Rio de Janeiro, que também são abastecidas pelas águas do Rio Paraíba, fizeram duras críticas ao projeto. O Ministério Público Federal em Campos (RJ), por exemplo, recomendou em 2011 que o projeto não fosse realizado sem a discussão com todas as regiões afetadas pela medida - OESP, 19/3, Metrópole, p.A14.
   
 

Energia

 
  A Funai fez as contas em Belo Monte: das 31 condicionantes relativas aos índios - estabelecidas para que a usina hidrelétrica pudesse ser construída -, 22 estão atrasadas ou simplesmente não saíram do papel. E da lista de pendências, quem mais deve é o... governo - OESP, 19/3, Coluna de Sonia Racy, p.C2.
  O governo convocou cerca de 20 associações do setor elétrico para reiterar que o risco de racionamento de energia no País é baixo. Em reunião realizada nesta terça-feira na sede do Ministério de Minas e Energia, autoridades apresentaram diversos cenários hidrológicos aos empresários, e a necessidade de um racionamento ficou entre 2% e 3%, abaixo do nível de segurança de 5%. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), Paulo Pedrosa, os cenários apresentados pelo governo tranquilizaram o setor - OESP, 19/3, Economia, p.B7.
   
 

Geral

 
  Sete anos após o lançamento do PAC voltado para a expansão do saneamento, o Brasil amarga a 112ª posição em um levantamento feito com 200 países. O estudo do Instituto Trata Brasil, em parceria com o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável, aponta as nações que mais avançaram nos últimos 12 anos, a partir do ano 2000. Ou seja, não significa que os países à frente do Brasil no levantamento sejam necessariamente mais desenvolvidos hoje em termos de saneamento, mas, sim, que conseguiram melhorar mais no período analisado. O estudo mostra inclusive que, no país, houve queda no ritmo da expansão do saneamento. Nos anos 2000, era de 4,6% ao ano. Nesta década, está em 4,1% - O Globo, 19/3, País, p.3.
  A civilização ocidental está a um salto do abismo, segundo estudo divulgado ontem pela Nasa. As raízes do colapso são o crescimento da população e as mudanças climáticas. O estudo foi baseado em um modelo desenvolvido por um matemático da Universidade de Maryland. Safa Motesharrei lista os ingredientes para o fim do mundo: população, clima, estado das culturas agrícolas e disponibilidade de água e energia. A multiplicação de eventos climáticos extremos paralisam setores vitais para o funcionamento da sociedade. Hoje, se todos adotassem o estilo de vida dos americanos, seriam necessários cinco planetas para atender as necessidades da população. Por isso, segundo Motesharrei e sua equipe, "achamos difícil evitar o colapso" - O Globo, 19/3, Ciência, p.32.
  Um abaixo-assinado que começou a circular na internet no começo do mês pede o tombamento da Serra da Mantiqueira como patrimônio ambiental, a fim de elevar a proteção de 45 mil hectares de remanescentes florestais entre o Parque Nacional do Itatiaia (RJ) e o Parque Estadual de Campos do Jordão (SP). A iniciativa, que já recebeu mais de 2 mil assinaturas e tem o apoio de ambientalistas, cientistas, artistas e políticos, pretende influenciar o debate sobre o assunto, tema da próxima reunião do conselho do Condephaat, órgão estadual de proteção ao patrimônio, no dia 24. Lideranças de cidades afetadas pelo tombamento são contrárias - OESP, 19/3, Metrópole, p.A15.
  Os tomadores de decisão ainda não sabem o que sustentabilidade - ou, se conhecem o termo, preferem ignorá-lo. Esta é a opinião de Jeffrey Sachs, diretor do Earth Institute da Universidade de Columbia e da Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável (RSDS). Sachs cravou o mês de dezembro de 2015 como decisivo para a História da Humanidade. É quando ocorrerá a Conferência do Clima de Paris. Espera-se que, no encontro, serão estabelecidos limites para emissões de gases-estufa. "Precisamos de intervenções profundas, como aumentar a eficiência energética de indústrias e na construção civil, livrando estes setores das emissões de carbono" - O Globo, 19/3, Ciência, p.32.
  O turismo na Antártida está cada vez mais consolidado. Estimativas da Associação Internacional de Operadores de Turismo na Antártida mostram que, no verão passado, foram quase 35 mil visitantes. Na temporada 2013-2014, que acaba neste mês, deve haver leve alta. Toda essa gente circulando em um dos ecossistemas mais preservados do planeta anda preocupando cientistas. ONGs e autoridades ambientais nacionais já se manifestaram pedindo atenção. O tratado antártico não fala diretamente do turismo, mas há orientações gerais para a atividade - FSP, 19/3, Ciência, p.C8.
  "Nem a omissão estatal nem o descumprimento da legislação ambiental são bons cenários para a sociedade. Cabe ao Ministério Público exercer sua função (a qual é, repita-se, essencial) sem extrapolar os limites e invadir a competência do Executivo (agente licenciador) por meio de ameaças de mover ações penais e procedimentos administrativos, com único intuito de direcionar as licenças ambientais da forma como entende adequadas. Somente uma atuação harmoniosa entre o órgão licenciador e o Ministério Público, com amplo diálogo, garantirá o licenciamento daqueles empreendimentos que efetivamente cumprem com a legislação ambiental, em prol de um desenvolvimento sustentável", artigo de Daniel Tobias Athias - Valor Econômico, 19/3, Legislação & Tributos, p.E2.
   
 
Imagens Socioambientais

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