Carnaval também é época de maus-tratos contra animais
02 de março de 2014
(da Redação da ANDA)
Os desfiles das escolas de samba atraem visitantes do mundo inteiro, encantados com o samba e as cores das fantasias. Poucos se questionam sobre a origem de tantas plumas e penas que adornam os corpos das musas dos desfiles. As informações são do portal RFI.
Daniele de Miranda, coordenadora da União Libertária Animal, uma entidade do Rio de Janeiro, afirma que as escolas ainda não abrem mão destes adereços, símbolos do carnaval. “As alas comuns já usam penas e plumas artificiais. O problema está nas rainhas e madrinha de bateria, que precisam de fantasias mais luxuosas, glamourosas. Como elas saem na mídia, buscam os materiais mais nobres, de origem animal, como o faisão ou o avestruz”, explica.
O Brasil é um dos maiores importadores mundiais do produto, graças ao Carnaval. Daniele explica que a técnica para arrancar as penas e plumas provoca sofrimento nas aves, e as deixam expostas ao sol e a infecções.
“Eles usam a técnica de zíper para retirar as penas, ou seja, puxam para arrancá-las. Os avestruzes são criados artificialmente, mantidos em confinamento e vivem aproximadamente 40 anos, durante os quais têm uma retirada anual das plumas”, diz Daniele. “As pessoas não pensam muito na procedência das penas, e quando tocamos no assunto elas dizem que as penas caem naturalmente. Não é nada disso: é uma indústria.”
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