Fábrica será instalada em Pernambuco até o final de 2013
Uma usina de biocombustível à base de algas marinhas será
construída no Brasil até o final de 2013, informou nesta quinta-feira o diretor
da subsidiária brasileira da empresa austríaca SAT, Rafael Bianchini. Trata-se
do projeto de maior escala já feito no mundo e que utilizará as emissões de
carbono no processo de produção, segundo Bianchini. A fazenda de algas será
instalada em Pernambuco, no nordeste do País, em uma plantação de cana-de-açúcar
que produz etanol. O custo aproximado é de 9,8 milhões de dólares. Para que a usina funcione e produza anualmente 1,2 milhão de litros de biodiesel de algas, já testado em motores em laboratórios dos Estados Unidos e da Europa, além dos 2,2 milhões de etanol, é necessário CO2, que será retirado das chaminés da indústria que processa a cana-de-açúcar, reduzindo as emissões do gás para o meio ambiente. "O CO2 acelera o processo de fotossíntese das algas, que têm um forte componente oleoso que produz e gera o combustível", explicou Bianchini. Ele indicou que o objetivo é "transformar o CO2 das indústrias de um passivo para um ativo", aproveitando a grande emissão de carbono desperdiçado na produção de etanol de cana. ****************** FONTE : CORREIO DO POVO, 19/07/2012 18:04 - Atualizado em 19/07/2012 18:10 "Para cada litro de etanol produzido, é liberado um quilo de CO2 para o ambiente. Vamos aproveitar este CO2 por meio de um mecanismo para alimentar a nossa fazenda", acrescentou. Na primeira etapa do projeto, serão usados 5% das emissões da usina de cana, mas há previsão de crescimento", detalhou. "Nossa missão é tentar trabalhar e chegar a zero de carbono (capturar até 100% do CO2)", disse o presidente do grupo JB, Carlos Beltrão, que comprou a primeira usina de algas. Bianchini afirmou que o combustível de algas aguarda a autorização da Agência Nacional do Petróleo (ANP). O Brasil é o segundo maior produtor de biocombustíveis no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Produz biodiesel a partir da cana-de-açúcar e da soja e, em menor medida, do milho, da palma, da gordura animal e até mesmo de sementes de linhaça. |
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