Em 1991, já antecipando a ECO-92, foi criado o Programa de Vídeos Ecológicos
da PUC (PVE), idealizado pela professora Miriam Langenbach, do Departamento de
Psicologia da Universidade. Em entrevista, Miriam conta que o PVE durou seis
anos, e desencadeou uma série de práticas sustentáveis dentro e fora da PUC,
cujos frutos podem ser colhidos até hoje.
Apesar do nome ser Programa de Vídeos Ecológicos, foram utilizados muito mais
do que recursos audiovisuais. A metodologia desenvolvida por Miriam e seus
colegas tinha como base, além dos vídeos, a idéia de subjetividade, do trabalho
em grupo e da ação, como vamos ver. O PVE rendeu muitos frutos, entre eles vamos
relatar aqui o trabalho de sensibilização feito com o uso dos recursos
audiovisuais, e que foi dar nome ao Programa.
A professora e psicóloga Miriam Langenbach reunir um acervo com cerca de 500 vídeos que abordavam questões ambientais. Seu objetivo era desenvolver uma nova metodologia em educação ambiental, utilizando os vídeos com o intuito de sensibilizar os alunos, apoiada no potencial do veículo de mexer com os corações e mentes. A linguagem do vídeo, segundo Miriam, é atraente e acessível, e sendo o conteúdo videográfico de fato relevante, pode estimular a reflexão e suscitar afetos. A adoção dos recursos audiovisuais e tecnológicos dentro e fora dos espaços educativos também é uma forma de educar o olhar, acreditava Miriam.
Com os vídeos era possível promover a consciência ambiental, integrando o conhecimento intelectual reflexivo ao mundo sensível e afetivo, que acreditava Miriam ser um caminho possível para ações mais conscientes e sustentáveis. Os vídeos do acervo foram realizados por produtoras independentes e entidades que tratavam de questões ligadas à cidade, saúde, habitação, saneamento, energia e outros assuntos relacionadas às questões socioambientais.
O engajamento dos participantes era o objetivo maior, e os vídeos eram um meio de perpetuar a ação, de passar adiante as idéias. Houve também uma preocupação do 2 PVE em produzir seus próprios vídeos e registrar o processo. Essa preocupação acabou resultando em três vídeos, que são eles: “PVE vai à escola”, “O papel de todos nós” e “O verso do papel”, que abordam o trabalho do Programa e as temáticas socioambientais contemporâneas, como o reaproveitamento de materiais.
Miriam conduzia uma dinâmica de grupo a partir dos vídeos. No ambiente de exibição era proporcionado um espaço livre para que cada um pudesse entrar em contato com suas próprias emoções. Eram formados pequenos grupos, que refletiam sobre os temas suscitados nas exibições, e com essa reflexão eram utilizados recursos de gestalt, psicodrama e outras técnicas da psicologia.
A base teórica principal do PVE é “As Três Ecologias”, de Félix Guattari, que desenvolveu a idéia de “ecosofia social”: “A questão será literalmente reconstruir o conjunto das modalidades do ser em grupo. Nesse domínio não nos ateríamos às recomendações gerais mas faríamos funcionar práticas efetivas de experimentação, tanto nos níveis micro-sociais quanto em escalas institucionais maiores.”
Com a aposentadoria da professora Miriam Langenbach, o acervo de vídeos ecológicos foi doado ao Departamento de Comunicação, que por sua vez doou à biblioteca da PUC. Dos aproximadamente 500 vídeos restaram menos de 200, que não podem ser alocados, pois foram retirados para recuperação. Até o momento, os vídeos não passam por recuperação nem digitalização, e estão numa estante nos fundos da biblioteca. O único disponível para ser alocado é “O Papel de Todos Nós”, em fita de vídeo.
******************
FONTE : Mariana Montenegro, julho de 2010, http://www.nima.puc-rio.br/index.php/pt/todas-as-notas/1947-programa-de-videos-ecologicos-da-puc
A professora e psicóloga Miriam Langenbach reunir um acervo com cerca de 500 vídeos que abordavam questões ambientais. Seu objetivo era desenvolver uma nova metodologia em educação ambiental, utilizando os vídeos com o intuito de sensibilizar os alunos, apoiada no potencial do veículo de mexer com os corações e mentes. A linguagem do vídeo, segundo Miriam, é atraente e acessível, e sendo o conteúdo videográfico de fato relevante, pode estimular a reflexão e suscitar afetos. A adoção dos recursos audiovisuais e tecnológicos dentro e fora dos espaços educativos também é uma forma de educar o olhar, acreditava Miriam.
Com os vídeos era possível promover a consciência ambiental, integrando o conhecimento intelectual reflexivo ao mundo sensível e afetivo, que acreditava Miriam ser um caminho possível para ações mais conscientes e sustentáveis. Os vídeos do acervo foram realizados por produtoras independentes e entidades que tratavam de questões ligadas à cidade, saúde, habitação, saneamento, energia e outros assuntos relacionadas às questões socioambientais.
O engajamento dos participantes era o objetivo maior, e os vídeos eram um meio de perpetuar a ação, de passar adiante as idéias. Houve também uma preocupação do 2 PVE em produzir seus próprios vídeos e registrar o processo. Essa preocupação acabou resultando em três vídeos, que são eles: “PVE vai à escola”, “O papel de todos nós” e “O verso do papel”, que abordam o trabalho do Programa e as temáticas socioambientais contemporâneas, como o reaproveitamento de materiais.
Miriam conduzia uma dinâmica de grupo a partir dos vídeos. No ambiente de exibição era proporcionado um espaço livre para que cada um pudesse entrar em contato com suas próprias emoções. Eram formados pequenos grupos, que refletiam sobre os temas suscitados nas exibições, e com essa reflexão eram utilizados recursos de gestalt, psicodrama e outras técnicas da psicologia.
A base teórica principal do PVE é “As Três Ecologias”, de Félix Guattari, que desenvolveu a idéia de “ecosofia social”: “A questão será literalmente reconstruir o conjunto das modalidades do ser em grupo. Nesse domínio não nos ateríamos às recomendações gerais mas faríamos funcionar práticas efetivas de experimentação, tanto nos níveis micro-sociais quanto em escalas institucionais maiores.”
Com a aposentadoria da professora Miriam Langenbach, o acervo de vídeos ecológicos foi doado ao Departamento de Comunicação, que por sua vez doou à biblioteca da PUC. Dos aproximadamente 500 vídeos restaram menos de 200, que não podem ser alocados, pois foram retirados para recuperação. Até o momento, os vídeos não passam por recuperação nem digitalização, e estão numa estante nos fundos da biblioteca. O único disponível para ser alocado é “O Papel de Todos Nós”, em fita de vídeo.
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FONTE : Mariana Montenegro, julho de 2010, http://www.nima.puc-rio.br/index.php/pt/todas-as-notas/1947-programa-de-videos-ecologicos-da-puc
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