Mais uma vez, a tradição explora e mata animais no Rio Grande do Sul. A 26ª Cavalgada do Mar iniciada no dia 20 de fevereiro vai percorrer 240 quilômetros até o próximo sábado, 27.
Oficialmente, dois cavalos já morreram devido ao estresse, mas esse número pode ser ainda maior. Cerca de seis cavalos teriam morrido nos dois primeiros dias do trajeto.
Uma fonte do Governo do Estado, que pediu para não ser identificada, explicou que normalmente os três mil cavalarianos iniciam o percurso pela praia de Torres, mas neste ano decidiram fazer o trajeto inverso.
“No dia 19, saíram da fazenda de João Luis Correa – um conhecido músico local, no distrito de Bacopari. A saída já foi difícil, e os animais penaram bastante para atravessar uma zona de pinhais. Depois, foram 30 quilômetros abrangendo as praias de Quintão, Pinhal e Cidreira”, revela.
A mudança de trajeto teria ocorrido apenas para encontrar a governadora do Estado, Yeda Crusius. “Ao invés de saírem de Palmares do Sul e irem direto para o litoral, conforme programado, foram até a tal fazenda para que a governadora montasse por 5 minutos um cavalo, fosse fotografada e recebesse um troféu”.
Os dois maiores jornais gaúchos, Zero Hora e Correio do Povo, noticiaram a morte de apenas dois animais. Entretanto, o jornal Correio do Povo informou ainda que dez outros animais passaram mal “e estão em tratamento”. Segundo o veterinário oficial do evento, Alexandre Monteverde, três fatores contribuíram para a morte dos equinos – calor excessivo, distância percorrida, e falta de preparação física prévia para os animais.
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FONTE : ANDA (Agência de Noticias de Direitos Animais), http://www.anda.jor.br/?p=48616
Um comentário:
Realmente, é uma tristeza.
Um abraço, :)
Suziley.
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