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Resumo diário de notícias selecionadas
dos principais jornais, revistas, sites especializados e blogs,
além de informações e análises direto do ISA
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HOJE:
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Amazônia,
Arqueologia, Belo Monte, Biodiversidade, Povos Indígenas, Quilombolas,
Trabalho Escravo, UCs, Política Socioambiental
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Direto do ISA
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Quatro indígenas
foram presos após grupo ser impedido de participar de audiência na Câmara
convocada por ruralistas
- Direto do ISA, 18/10.
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Ainda não há
previsão sobre a retomada dos julgamentos sobre decreto que regulamenta
terras de quilombolas e medida que reduziu áreas protegidas na Amazônia - Direto do ISA, 18/10.
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Povos Indígenas
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Há cem anos,
diferentes gerações da família Brasão vivem sob um expediente criminoso
que mantém milhares de extrativistas de origem indígena no alto e médio
rio Negro, no Amazonas. Eles vivem na comunidade Malalahá. Os piaçabeiros
são submetidos a um modo de exploração em que o trabalho se confunde com
pagamento de dívida. A relação se baseia em um sistema de empréstimos
fornecidos pelos "patrões". Pela comida suficiente para um mês de
atividade, o patrão cobra cerca de R$ 1.500 -alguns itens sofrem ágio de
até 300% em relação a produtos vendidos na cidade. Já o quilo da piaçaba
vale cerca de R$ 2. O trabalhador recebe apenas o que sobra (quando
sobra), descontados os empréstimos para transporte, itens básicos de
trabalho e alimentação. O empregador ainda desconta 20% por possíveis
impurezas na palha
- FSP, 19/10, Cotidiano, p.B4.
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Índios kaingang,
da região Sul do país, e policiais legislativos entraram em confronto no
final da manhã de ontem na porta de um dos anexos da Câmara dos
Deputados. Os índios foram à Câmara por causa de uma audiência pública
sobre produção agrícola indígena. O encontro foi promovido pela Frente
Parlamentar Agropecuária (bancada ruralista). Os Kaingang são contra o
arrendamento de terras indígenas. Dizem que isso permitiria a posse da
terra por não-indígenas. "Se regularizar, nós vamos perder o nosso
direito a terra garantido na Constituição", afirma o líder Kretã
Kaingang -
FSP, 19/10, Poder, p.A9.
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Lavouras de arroz
com milhares de anos de idade não são exclusividade da antiga China, ao
que parece. Por volta do ano 2.000 a.C., os habitantes de uma região
pantanosa da atual Rondônia já cultivavam variedades nativas do grão, as
quais integravam um pacote agrícola do qual faziam parte ainda o milho e
a abóbora. Esse cenário, traçado graças à análise de vestígios
microscópicos das plantas, dá novo peso à ideia de que o sudoeste da
Amazônia está entre os principais berços da agricultura no planeta.
Afinal de contas, Rondônia e regiões vizinhas também são consideradas o
centro de origem de outros cultivos, como mandioca e amendoim - FSP, 19/10, Ciência, p.B7.
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Política
Socioambiental
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As críticas à
portaria que modifica as regras de combate ao trabalho escravo ganharam
ontem o reforço de nomes como o da procuradora-geral da República, Raquel
Dodge, e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Ambos
classificaram a medida como um 'retrocesso' e pediram a revogação da
portaria que foi editada na última segunda-feira pelo governo federal - OESP, 19/10, Economia, p.B4; O Globo, 19/10,
Economia, p.21
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O Brasil ensaia
sofrer com as chamadas barreiras não tarifárias, de ordem ambiental e
social, difíceis de serem contestadas. No passado, elas foram usadas por
concorrentes internacionais como argumento para minar as exportações
brasileiras, diz o embaixador Rubens Ricupero. Diante da portaria que
afrouxa a definição de trabalho escravo e altera critérios de autuação e
de divulgação desse tipo de crime, acordos de comércio podem ser
colocados à prova pelo que o embaixador chama de "retrocessos"
chancelados pelo governo de Michel Temer. O recuo é generalizado, diz
ele. Ocorre nas condições de trabalho no campo, nas questões ambientais e
também em relação às demarcações de terras indígenas e quilombolas,
causando assombro e reações dentro e fora do país - FSP, 19/10, Mercado, p.A19.
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Levantamento da
Pública mostra que indígenas, quilombolas e trabalhadores estão entre os
que mais perderam direitos constitucionais no governo Temer; saúde,
educação e meio ambiente também foram afetados - Agência Pública, 19/10.
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Organizações
representativas de juízes do Trabalho, procuradores do Trabalho,
procuradores da República, auditores fiscais do Trabalho e advogados
trabalhistas divulgaram nota ontem para afirmar que a portaria editada
pelo Ministério do Trabalho redefiniu "ilegalmente" o conceito
de trabalho em condições análogas à escravidão. Elas pedem que o ato seja
revogado por violar "frontalmente" convenções internacionais
das quais o País é signatário, o que pode gerar a aplicação de sanções
internacionais ao Estado brasileiro. As organizações afirmam que a
portaria é ilegal e não pode se sobrepor à lei - OESP, 19/10, Economia, p.B4.
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As mudanças em
torno da definição de trabalho escravo no Brasil podem ter impactos sobre
as exportações, segundo sinalizaram representantes da União Europeia (UE)
e do setor empresarial brasileiro - FSP, 19/10, Mercado, p.A17.
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"Por meio de
uma portaria, governo Temer intervém de modo tortuoso nas normas sobre
trabalho em condições análogas à escravidão, legislação que diz respeito
a direitos humanos. A trapalhada se soma a outras, em especial nas áreas
ambiental, indigenista e fundiária, em que Temer se alinhou a interesses
de parcelas retrógradas do agronegócio. Trata-se de lamentável
contrapartida aos avanços no campo econômico, forçados pela crise
brutal", editorial
- FSP, 19/10, Editoriais, p.A2.
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