Por Katie Cottingham*, American Chemical Society
Quantidades maciças de pedaços de plástico, que são perigosos para a vida aquática, estão se espalhando nos oceanos e até mesmo nas águas mais claras. Mas como tudo isso ocorreu nas cidades do interior não foi totalmente compreendido. Agora, cientistas descobriram que 10 rios do mundo, onde os resíduos de plástico são mal administrados, contribuem para a maioria das cargas totais dos oceanos provenientes de rios. O relatório aparece na Environmental Science & Technology, da ACS .
Milhões de toneladas de resíduos de plástico entram nos oceanos do mundo todos os anos. Esta poluição, quando dividida em pequenos pedaços chamados de microplásticos, pode prejudicar a saúde da vida marinha. Limpar tudo, seria impossível, mas reduzir a carga total poderia ajudar a reduzir o potencial dano. Para fazer isso, no entanto, os pesquisadores precisam de uma melhor compreensão de como o plástico entra nos oceanos em primeiro lugar. Os rios, que fluem das áreas interiores para os mares, são os principais transportadores de detritos plásticos. Mas os padrões de concentração não são bem conhecidos. Christian Schmidt e colegas queriam preencher esta lacuna de conhecimento.
Os pesquisadores analisaram dezenas de artigos de pesquisa sobre poluição plasmática em vias navegáveis. Os estudos envolveram 79 locais de amostragem ao longo de 57 rios ao redor do mundo. Os cálculos dos pesquisadores indicaram que a quantidade de plástico nos rios estava relacionada à má gestão dos resíduos plásticos em suas bacias hidrográficas. Além disso, os 10 principais rios que carregam os maiores valores representaram entre 88% e 95% da carga global total de plásticos nos oceanos, de acordo com os cálculos do pesquisador. Os pesquisadores dizem reduzir metade a poluição plástica nessas 10 vias navegáveis – oito delas na Ásia – poderia potencialmente reduzir a contribuição total de todos os rios em 45%.
Referência:Export of Plastic Debris by Rivers into the Sea
Christian Schmidt, Tobias Krauth, and Stephan Wagner
Environmental Science & Technology Article ASAP
DOI: 10.1021/acs.est.7b02368
http://pubs.acs.org/doi/abs/10.1021/acs.est.7b02368
* Tradução e edição de Henrique Cortez, EcoDebate
in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 13/10/2017
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