02 de novembro de 2015
Por Fátima ChuEcco (Da Redação da ANDA)
Em 17 de novembro é comemorado o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata e por essa razão o mês foi escolhido para as campanhas de prevenção dessa doença, inclusive, em animais. Esse tipo de câncer é raro em gatos, mas frequente em cães entre 7 e 15 anos de idade. Segundo Sylvia Angélica, veterinária nutróloga responsável pelo site Cachorro Verde, a partir dos 7 anos de idade é importante submeter, anualmente, principalmente o cachorro macho não-castrado a uma ultrassonografia abdominal para checar o aspecto da próstata e testículos. Machos não-castrados e sem vida sexual estão mais sujeitos à doença e é preciso ter mais atenção com eles.
Ela diz que lambedura excessiva do local, presença de secreção com sague ou esverdeada no pênis e eliminação de fezes em formato de fitas (achatadas) são alguns dos sintomas mais comuns, mas vários animais podem ter a próstata alterada e serem assintomáticos por um bom tempo. “Em caso de hiperplasia prostática benigna (HPB), que é o aumento da próstata causado por hormônios, pode-se tentar primeiro um tratamento com nutracêuticos como licopeno e zinco, entre outros. A HPB é tão comum que especialistas citam que 100% dos cães não-castrados idosos apresentam essa condição. Quando o caso é mais sério pode-se usar antibióticos e até a castração que acaba com o problema dentro de pouco tempo”, explica.
A ONG Pró-Bichos, de Navegantes (SC) abraçou desde o ano passado a campanha Outubro Rosa, de prevenção ao câncer de mama e, neste momento, está engajada na divulgação do Novembro Azul com cartazes que têm como protagonistas animais machos resgatados e, obviamente, castrados. A ideia, segundo a ONG, é conscientizar os tutores sobre o câncer de próstata e motivar a castração dos machos, pois, muita gente se preocupa em castrar as fêmeas, mas evita castrar os machos com medo de ficarem mansos demais, não protegerem a casa e engordarem. Vale lembrar que a castração colabora com a obesidade se o animal comer demais e não fizer exercícios e caminhadas, mas não altera a personalidade dos bichos.
Casos mais graves, outros procedimentos
A quimioterapia é utilizada quando existem chances do tumor se espalhar para outras partes do corpo do cão ou gato. Em linfomas e leucemias pode ser indicada como único tratamento eficaz. São usadas as mesmas drogas que em humanos, porém em doses menores. Os veterinários dizem que os efeitos colaterais são também menores em animais, mas muitos bichos apresentam náuseas, diarreia, anemia e queda de pelos. Existe uma terapia de suporte para amenizar esses sintomas.
A quimioterapia é utilizada quando existem chances do tumor se espalhar para outras partes do corpo do cão ou gato. Em linfomas e leucemias pode ser indicada como único tratamento eficaz. São usadas as mesmas drogas que em humanos, porém em doses menores. Os veterinários dizem que os efeitos colaterais são também menores em animais, mas muitos bichos apresentam náuseas, diarreia, anemia e queda de pelos. Existe uma terapia de suporte para amenizar esses sintomas.
A radioterapia serve para controle do tumor, mas nem sempre cura a doença. As pesquisas mostram que a tolerância a esse método, no entanto, é boa em grande parte dos animais. De novidade existe a eletroquimioterapia que é uma combinação do medicamento quimioterápico em associação a aplicação de um campo elétrico especifico. São poucas as clínicas que oferecem. Tem sido mais comum seu uso em humanos. Existe ainda a imunoterapia, mais usada em pacientes com melanoma.
Os sintomas de vários tipos de câncer se parecem muito com o de outras doenças como emagrecimento progressivo, feridas que não cicatrizam, perda de apetite, cansaço em excesso, sangramentos, problemas para urinar e defecar. Qualquer anomalia precisa ser investigada. Caso outras doenças sejam descartadas e se chegue ao diagnóstico de câncer, o sucesso do tratamento vai depender do tipo e tamanho do tumor, estágio da doença e, claro, resposta individual do animal a algum tipo de tratamento.
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