Diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, José Graziano da Silva, afirmou que os oceanos serão ainda mais importantes no futuro da alimentação da população terrestre.
Foto: ONU/Milton Grant
Monica Grayley, da ONU News em Nova Iorque.
Uma política eficiente de proteção de mares e oceanos é vital para a segurança alimentar. O diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, afirmou que os oceanos serão ainda mais importantes no futuro da alimentação da população terrestre.
José Graziano da Silva disse à ONU News que é preciso reverter o quadro de degradação imediatamente. Ele participou da Conferência sobre os Oceanos encerrada nessa sexta-feira em Nova Iorque.
Riqueza
“Os oceanos ocupam ¾ da nossa Terra e hoje os seus recursos estão sendo dilapidados. Se nós não encontramos uma maneira de reverter essa situação. De cuida melhor dos nosso oceanos e preservar esta riqueza para o futuro. Isso vai comprometer a sustentabilidade do planeta.”
O chefe da FAO afirmou ainda que não se deve tratar os oceanos como se fossem “uma lixeira”.
Peixes e plástico
“As estimativas são que em 2050, se nós continuarmos na mesma tendência, nós vamos ter a mesma quantidade de plástico nos oceanos em peso que de peixe. Então, temos que reverter essas situação. Temos que encontrar uma forma de parar e de limpar os oceanos. Não basta só parar, o grande desafio é também como evitar que essa acidificação em curso e que outras formas de poluição, principalmente do plástico, sigam crescendo.”
José Graziano da Silva lembrou que existem tecnologias apropriadas à limpeza dos oceanos e mares. Segundo ele, em muitas áreas a poluição é uma questão financeira. Mas com a economia verde, os cidadãos também podem ajudar participando da coleta seletiva do lixo.
in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 13/06/2017
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