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segunda-feira, 18 de julho de 2016

Mais de 260 milhões de crianças estão fora da escola

Menina de sete ano em biblioteca destruída na província de Ra, Fiji. Foto: UNICEF/UN011701/Sokhin
Menina de sete ano em biblioteca destruída na província de Ra, Fiji. Foto: UNICEF/UN011701/Sokhin
Total equivale a um quarto da população da Europa, sendo que 61 milhões de menores de seis a 11 anos deviam estar no ensino primário, além 202 milhões de adolescentes entre 12 e 17 anos que não estão nas salas de aula.
Leda Letra, da Rádio ONU –
Um novo levantamento da Unesco revela que 263 milhões de crianças e de jovens estão fora da escola, número equivalente a um quarto da população da Europa. São 61 milhões de crianças entre seis e 11 anos que deveriam estar frequentando o ensino primário.
A maioria, ou 8,7 milhões, vive na Nigéria, seguida pelo Paquistão, Índia, Sudão, Etiópia e Indonésia. Segundo o relatório, o Brasil tem 900 mil crianças nessa faixa etária fora das salas de aula do ensino primário.
Adolescentes
Já 60 milhões de menores entre 12 e 14 anos não estão na escola, assim como 142 milhões de adolescentes entre 15 e 17 anos que deveriam estar cursando o Ensino Médio.
A diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, lembra que os países prometerem garantir o acesso de todas as crianças à educação até 2030. Segundo ela, o foco das políticas públicas precisa ser a inclusão na escola desde muito cedo, com atenção especial às garotas, que enfrentam as maiores desvantagens.
Conflitos
A região que tem as taxas mais altas de exclusão é a África Subsaariana. Por laá, um quinto das crianças entre seis e 11 anos estão fora da escola, assim como 60% dos adolescentes entre 15 e 17 anos.
Renda, localidade e gênero contribuem para as estatísticas, mas os conflitos armados também estão entre os motivos. No mundo, 35% das crianças em idade escolar vivem em regiões em conflito e no caso dos adolescentes, o índice é de 18%, representando 26 milhões de jovens dos 15 aos 17 anos.
Pobreza
Muitos menores de idade não têm outra opção a não ser trabalhar, enquanto outros tentam conciliar os estudos com o trabalho. Já as meninas são as que mais sofrem com as desigualdades: 15 milhões em idade escolhar nunca terão a chance de ler ou escrever, sendo que 9 milhões delas vivem na África Subsaariana.
A pobreza cria uma barreira adicional às meninas: no norte da África e no oeste da Ásia, apenas 77 garotas para cada 100 dos alunos mais pobres está frequentando o Ensino Médio.
Os dados foram levantados pelo Instituto de Estatísticas da Unesco e pelo Relatório Monitorando a Educação Global. (Rádio ONU/ #Envolverde)
* Publicado originalmente no site Rádio ONU.

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