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sábado, 18 de abril de 2015

SANTOS, SP : Especialista analisa fatores que causaram mortes de peixes em rio

18 de abril de 2015 

(Foto: Robynson Señoraes/G1)
(Foto: Robynson Señoraes/G1)
Os dados preliminares das análises feitas pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) no canal do Estuário, em Santos, no litoral de São Paulo, dias após o incêndio em uma área industrial, apontaram a presença de combustível, além do baixo nível de oxigênio na água e a temperatura elevada como prováveis causas da morte de sete toneladas de peixe no Rio Casqueiro, em Cubatão (SP).
O incêndio teve início no dia 2 de abril e foi declarado extinto pelo Corpo de Bombeiros apenas na sexta-feira (10). As causas que levaram ao episódio ainda estão sendo apuradas, mas, segundo o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio de Minério e Derivados de Petróleo (Sindiminério), cerca de 400 mil litros de gasolina teriam vazado na unidade dez dias antes do incidente. O motivo seria uma falha durante a operação.
Segundo o perito de seguradoras e engenheiro químico Morvan Anderaos, de 55 anos, a poluição causada pela fuligem, resultado da fumaça do incêndio, e alta temperatura geradas pelas chamas, contribuíram para a morte dos peixes. “São dois fatores críticos. Os bombeiros estavam usando a água do mar para resfriar os tanques e isso mudou os regimes de temperatura no local. O meio ambiente é suscestível a isso. A água do mar ficou mais quente e, mais a frente, afetou o Rio Casqueiro. Com a temperatura elevada, a situação ficou mais adversa para a sobrevivência dos animais. São detalhes que outros especialistas focados especificamente nesse caso poderão indicar, mas esses são fatores bastante característicos do episódio”, afirma.
O tamanho do prejuízo ambiental na região ainda será analisado. O Ministério Público do Meio Ambiente também acredita que o incêndio foi muito mal controlado pela empresa Ultracargo. As investigações continuam sendo realizadas e a Cetesb diz que ainda não sabe informar quando esses laudos estarão concluídos.
Sobre as causas do incêndio, Morvan ressalta que estabelecer a cronologia dos fatos será fundamental para apurar os erros no episódio e, também, as suas prováveis consequências. “É importante saírem alguns relatos mais específicos de quem esteve mais envolvido no incêndio para podermos ter uma história. Você tem que situá-la no tempo e no espaço. O que aconteceu uma, duas semanas antes? Houve esse vazamento que tem sido levantado agora? Com esse ‘pente fino’ dos eventos daquele momento do incidente, teremos informações precisas e menos espaçadas. Pode ter sido uma faísca, uma fagulha, ou qualquer outra coisa que tenha gerado as chamas. É preciso esgotar a série de possibilidades que mostrem como tudo isso começou”, conclui.
Fonte: G1

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