Compareci à ECO-92, há vinte anos, na qualidade de representante da UFSM e da Câmara de Vereadores de Santa Maria, RS, pois era vereador naquela época. Durante duas semanas estive no RJ, hospedado no apartamento do meu querido amigo de adolescência e juventude, Luiz Fernando Estivallet Bezerra, engenheiro da EMBRATEL. Lembro que era no Jardim Botânico, perto do Teatro Fênix, onde eram gravados os programas do Faustão.Por razões óbvias, não podíamos entrar nos pavilhões onde estavam as autoridades políticas e os 180 governantes do mundo inteiro. Era reservado para nós a participação alternativa no Aterro do Flamengo, onde 4000 expositores, ONGs, grupos ambientalistas, livrarias especializadas em publicações ecológicas, etc...armaram seus "stands" com suas realizações, propostas e livros.
Diariamente, enviava boletins para as rádios Imembuí, Guarathan e também a Rádio da UFSM, que tinha mandado dois correspondentes, meus colegas João Carlos e Cândido Otto da Luz. Publiquei uma série de artigos no jornal A RAZÃO sobre a ECO-92.
Relembrei tudo isso apenas para constatar uma realidade chocante : os temas discutidos na ECO-92 são os MESMOS que continuam a ser discutidos agora. Os governantes discutem as mesmas coisas e não decidem nada.
Em suma : em 20 anos, em termos ecológicos, os países ricos não abriram mão de sua ação predatória e estão se lixando para os países pobres.
Esta situação vai realmente se modificar, na vida PRÁTICA, quando não houver mais comida e nem casa para milhões e milhões de pessoas que, qual ratos, vão fazer uma revolução sangrenta.
Então, os ricos descobrirão que foram insensatos.
Mas já terá sido tarde demais.
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FONTE : James Pizarro, prof. de Ecologia da UFSM (aposentado).
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