Powered By Blogger

terça-feira, 14 de novembro de 2017


Resumo diário de notícias selecionadas
dos principais jornais, revistas, sites especializados e blogs,
além de informações e análises direto do ISA


HOJE:
Amazônia, Biodiversidade, Cerrado, Energia, Mineração, Mudanças Climáticas, Povos Indígenas, Quilombolas, Regularização Fundiária
Ano 17
13/11/2017


Cerrado



Cerrado tem desmatamento superior ao da Amazônia

Entre 2000 e 2015, o Cerrado perdeu 236 mil quilômetros quadrados de mata - mais do que a Amazônia, que perdeu 208 mil quilômetros quadrados e é duas vezes maior. Os dados foram divulgados pelo Ipam na COP-23. De acordo com o levantamento, cerca de 30 milhões de hectares do Cerrado já estão desmatados, não têm uso ou sofrem com modelos ineficientes de produção. No atual ritmo de devastação, o bioma, que cobre 24% do território nacional, pode desaparecer até 2030 - O Globo, 11/11, Sociedade, p.27.

Bye bye cerrado

"O cerrado cobre boa parte de 8 das 12 principais bacias hidrográficas do país e abriga algumas de suas maiores hidrelétricas. Sem mata, a água da chuva escorre mais rápido sobre o solo, deixando de infiltrar-se terra adentro para alimentar as nascentes e regularizar o fluxo dos rios. A ausência de florestas também prejudica o ciclo hidrológico na atmosfera. O ar fica mais seco e poeirento. Quem mora em Brasília sabe do que se trata. A capital federal padeceu seis meses sem chuvas, ou muito abaixo da média, e seu reservatório principal de abastecimento da população secou. Enquanto isso, a agropecuária segue avançando sobre o cerrado, inclusive sobre terras sem aptidão agrícola (solos pobres e chuva insuficiente), em especial no tal de Matopiba. Ninguém liga para isso em Brasília. Bye bye cerrado", artigo de Marcelo Leite - FSP, 12/11, Ciência, p.B9.

 


Amazônia



Militares simulam ajuda, mas não têm recursos para ações na prática

O Amazonlog 2017, exercício de ajuda humanitária na Amazônia liderado pelo Exército brasileiro em parceria com militares da Colômbia, Peru e Estados Unidos terminou ontem com a promessa de definir protocolos de ação das Forças Armadas em situações de desastres naturais na região. Porém, os recursos destacados para as operações da última semana superam em muito os disponíveis na região. De acordo com o oficial número dois no Amazonlog, general Antônio Manoel de Barros, o objetivo era desenvolver protocolos de ação em momentos de crise. Os veículos e equipamentos levados a Tabatinga voltarão para suas bases de origem - FSP, 13/11, Poder, p.A11.

Paralisadas por pedras no rio, eclusas de Tucuruí já consumiram R$ 1,6 bilhão

Concluído há 7 anos, canal navegável que poderia ajudar no escoamento de grãos pela região Norte do País segue inoperante pois aguarda retirada do Pedral do Lourenço do leito do rio. Entre 2010 e 2015, o Dnit tentou licitar a retirada do pedral. Foram três licitações fracassas, por causa de uma série de questionamentos sobre preços e erros técnicos, até que, finalmente, foi contratada, em fevereiro de 2016, a empresa DTA Engenharia, por R$ 520,6 milhões. Cabe a essa empresa fazer o processo de licenciamento ambiental do projeto e retirar as pedras do rio. Até hoje, porém, praticamente nada avançou - OESP, 13/11, Economia, p.B1.

Fatia exportada pelo Arco Norte já chega a 24%

A exportação de grãos pelo chamado Arco Norte - corredor que inclui os Portos de Santarém e Barcarena (PA), Itacoatiara (AM) e São Luis (MA) - não para de crescer. Sonho antigo dos produtores do Centro-Oeste para reduzir os custos logísticos, o corredor começou a virar realidade nos últimos quatro anos com uma série de investimentos de gigantes do agronegócio. Nesse período, a participação dos portos do Norte na exportação de grãos saiu de 13% para 24% até outubro deste ano. O aumento é resultado, em especial, de 11 novos terminais de transbordo em Miritituba, nas margens do Rio Tapajós, na cidade de Itaituba, no Pará - OESP, 13/11, Especial, p.H2 e H3.

 


Energia



Brasil gasta cada vez mais energia para crescer

Enquanto o mundo está usando cada vez menos energia para produzir bens e serviços, o Brasil está ampliando o consumo para gerar o mesmo crescimento econômico. Dados da Agência Internacional de Energia (AIE) mostram que a chamada intensidade energética - medida pela energia usada para produzir um dólar de PIB - caiu, em 2016, 1,8% em termos globais. No Brasil, onde vem crescendo ao menos desde 2013, esse indicador subiu cerca de 2% no ano passado - O Globo, 12/11, Economia, p. 36 e 37.

Sol e água fresca

"O Brasil ainda poderia construir 120 hidrelétricas de porte médio", artigo de George Vidor - O Globo, 13/11, Economia, p.16.

 


Mudanças Climáticas



Compensação por desastres climáticos emperra na COP

Na COP, o principal ponto de atrito entre países desenvolvidos e em desenvolvimento é o financiamento, especialmente o direcionado a ações de adaptação (que visam se antecipar aos efeitos do clima) e de perdas e danos (casos em que os desastres não podem ser evitados, como a ocorrência de ciclones). Embora sejam as maiores responsáveis históricas pela emissão de gases do efeito estufa, as nações ricas dizem que não podem garantir financiamento para compensar as perdas decorrentes das mudanças climáticas, cujos valores podem ser exorbitantes. Uma das maiores dificuldades para o estabelecimento de compensações por perdas e danos é a aparente impossibilidade de identificar os responsáveis por eventos específicos - FSP, 11/11, Ciência, p.B7.

Imagem arranhada

O Brasil tem hoje menos capacidade de influenciar o debate internacional em torno dos esforços para deter as mudanças climáticas, avaliam ambientalistas. Em um ano, o governo brasileiro colecionou uma série de revezes na área ambiental. Perdeu verbas para um fundo de proteção à floresta e viu emissões de gases de efeito estufa crescerem em nível recorde, mesmo em recessão econômica. Colheu forte reação no Brasil e no exterior com medidas provisórias que reduziriam unidades de conservação e um decreto que erradicaria a Reserva Nacional do Cobre (Renca). Recuou, mas o estrago na reputação já estava feito - O Globo, 11/11, Sociedade, p.27.

País defende etanol em conferência do clima

O Brasil retoma a "diplomacia do etanol" como uma de suas principais bandeiras no combate ao aquecimento global. Na COP, o País aproveitou seu evento oficial para fazer a promoção da Plataforma Biofuturo. Lançada em 2016, na conferência de Marrakesh, com o apoio de outros 19 países, trata-se de uma parceria para incentivar os biocombustíveis avançados e ajudar a reduzir a emissão de gases de efeito estufa do setor de transporte. Há a expectativa de que o Brasil apresente como seu principal resultado para esse esforço o programa Renovabio, que está sendo costurado pelo Ministério de Minas e Energia para fomentar novos investimentos e promover a retomada do crescimento dos biocombustíveis. Havia uma expectativa de que ele seria levado ao Congresso na semana Passada, mas a proposta está parada - OESP, 11/11, Metrópole, p.A25.

 


Geral



Takumã Kuikuro, cineasta: 'Queremos registrar nossa cultura'

"Sou membro da etnia Kuikuro, do Alto Xingu. Trabalho com audiovisual há mais de uma década, e já gravei diversos longas e curtas-metragens. Também faço projetos para levar o audiovisual a outras aldeias da região. Agora, estou pensando em contar a vida dos indígenas que saem das aldeias para morar na cidade grande, entender suas rotinas. Além disso, mostrar as brigadas indígenas que estão sendo formadas nos últimos tempos para combater incêndios florestais no Xingu. Muita gente diz que indígena não trabalha. Através do nosso cinema, queremos mostrar que isso é mentira. Queremos registrar nossa língua, nossa cultura. Promover uma troca de olhares", diz Takumã Kuikuro, em entrevista - O Globo, 13/11, Página 2, p.2.

Governo Temer acelera regularização de terras

A gestão Michel Temer acelerou o ritmo das regularizações fundiárias no País. Só nos sete primeiros meses de 2017 foram concedidos a agricultores mais títulos definitivos (TDs) e Contratos de Concessão de Uso (CCUs) do que na comparação com os melhores anos dos governos do PT. Para especialistas e organizações ligadas à reforma agrária, a regularização da posse de terras dá segurança jurídica aos pequenos produtores rurais e contribui para diminuir a tensão no campo. Eles afirmam, porém, que essa política fundiária ocorre num período em que o governo corta verbas que dão suporte ao desenvolvimento da agricultura familiar - OESP, 12/11, Política, p.A4.

Parque do Tietê fecha e vacinação contra febre amarela é ampliada

O governo do Estado de São Paulo anunciou ontem o fechamento do Parque Ecológico do Tietê, na zona leste paulistana, após a confirmação de mais um macaco morto infectado com febre amarela. Esse é o 16o. parque fechado em São Paulo após mortes de macacos - o primeiro fora da zona norte. Também ontem, o governo estadual anunciou que a vacinação contra a doença será estendida para dois barros na zona leste e mais 15 municípios da Região Metropolitana de São Paulo - OESP, 11/11, Metrópole, p.A20; FSP, 11/11, Cotidiano, p.B6.

 

Nenhum comentário: