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Resumo diário de notícias selecionadas
dos principais jornais, revistas, sites especializados e blogs,
além de informações e análises direto do ISA
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HOJE:
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Amazônia,
Biodiversidade, Cerrado, Energia, Mineração, Mudanças Climáticas, Povos
Indígenas, Quilombolas, Regularização Fundiária
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Cerrado
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Cerrado tem
desmatamento superior ao da Amazônia
Entre 2000 e 2015,
o Cerrado perdeu 236 mil quilômetros quadrados de mata - mais do que a
Amazônia, que perdeu 208 mil quilômetros quadrados e é duas vezes maior.
Os dados foram divulgados pelo Ipam na COP-23. De acordo com o
levantamento, cerca de 30 milhões de hectares do Cerrado já estão
desmatados, não têm uso ou sofrem com modelos ineficientes de produção.
No atual ritmo de devastação, o bioma, que cobre 24% do território
nacional, pode desaparecer até 2030 - O Globo, 11/11, Sociedade, p.27.
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"O cerrado
cobre boa parte de 8 das 12 principais bacias hidrográficas do país e
abriga algumas de suas maiores hidrelétricas. Sem mata, a água da chuva
escorre mais rápido sobre o solo, deixando de infiltrar-se terra adentro
para alimentar as nascentes e regularizar o fluxo dos rios. A ausência de
florestas também prejudica o ciclo hidrológico na atmosfera. O ar fica
mais seco e poeirento. Quem mora em Brasília sabe do que se trata. A
capital federal padeceu seis meses sem chuvas, ou muito abaixo da média, e
seu reservatório principal de abastecimento da população secou. Enquanto
isso, a agropecuária segue avançando sobre o cerrado, inclusive sobre
terras sem aptidão agrícola (solos pobres e chuva insuficiente), em
especial no tal de Matopiba. Ninguém liga para isso em Brasília. Bye bye
cerrado", artigo de Marcelo Leite - FSP, 12/11, Ciência, p.B9.
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Amazônia
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O Amazonlog 2017,
exercício de ajuda humanitária na Amazônia liderado pelo Exército
brasileiro em parceria com militares da Colômbia, Peru e Estados Unidos
terminou ontem com a promessa de definir protocolos de ação das Forças
Armadas em situações de desastres naturais na região. Porém, os recursos
destacados para as operações da última semana superam em muito os
disponíveis na região. De acordo com o oficial número dois no Amazonlog,
general Antônio Manoel de Barros, o objetivo era desenvolver protocolos
de ação em momentos de crise. Os veículos e equipamentos levados a
Tabatinga voltarão para suas bases de origem - FSP, 13/11, Poder, p.A11.
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Concluído há 7
anos, canal navegável que poderia ajudar no escoamento de grãos pela
região Norte do País segue inoperante pois aguarda retirada do Pedral do
Lourenço do leito do rio. Entre 2010 e 2015, o Dnit tentou licitar a
retirada do pedral. Foram três licitações fracassas, por causa de uma
série de questionamentos sobre preços e erros técnicos, até que,
finalmente, foi contratada, em fevereiro de 2016, a empresa DTA
Engenharia, por R$ 520,6 milhões. Cabe a essa empresa fazer o processo de
licenciamento ambiental do projeto e retirar as pedras do rio. Até hoje,
porém, praticamente nada avançou - OESP, 13/11, Economia, p.B1.
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A exportação de
grãos pelo chamado Arco Norte - corredor que inclui os Portos de Santarém
e Barcarena (PA), Itacoatiara (AM) e São Luis (MA) - não para de crescer.
Sonho antigo dos produtores do Centro-Oeste para reduzir os custos
logísticos, o corredor começou a virar realidade nos últimos quatro anos
com uma série de investimentos de gigantes do agronegócio. Nesse período,
a participação dos portos do Norte na exportação de grãos saiu de 13%
para 24% até outubro deste ano. O aumento é resultado, em especial, de 11
novos terminais de transbordo em Miritituba, nas margens do Rio Tapajós,
na cidade de Itaituba, no Pará - OESP, 13/11, Especial, p.H2 e H3.
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Energia
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Enquanto o mundo
está usando cada vez menos energia para produzir bens e serviços, o
Brasil está ampliando o consumo para gerar o mesmo crescimento econômico.
Dados da Agência Internacional de Energia (AIE) mostram que a chamada
intensidade energética - medida pela energia usada para produzir um dólar
de PIB - caiu, em 2016, 1,8% em termos globais. No Brasil, onde vem
crescendo ao menos desde 2013, esse indicador subiu cerca de 2% no ano
passado - O Globo, 12/11, Economia, p. 36 e 37.
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Mudanças
Climáticas
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Na COP, o
principal ponto de atrito entre países desenvolvidos e em desenvolvimento
é o financiamento, especialmente o direcionado a ações de adaptação (que
visam se antecipar aos efeitos do clima) e de perdas e danos (casos em
que os desastres não podem ser evitados, como a ocorrência de ciclones).
Embora sejam as maiores responsáveis históricas pela emissão de gases do
efeito estufa, as nações ricas dizem que não podem garantir financiamento
para compensar as perdas decorrentes das mudanças climáticas, cujos
valores podem ser exorbitantes. Uma das maiores dificuldades para o
estabelecimento de compensações por perdas e danos é a aparente
impossibilidade de identificar os responsáveis por eventos específicos - FSP, 11/11, Ciência, p.B7.
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O Brasil tem hoje
menos capacidade de influenciar o debate internacional em torno dos
esforços para deter as mudanças climáticas, avaliam ambientalistas. Em um
ano, o governo brasileiro colecionou uma série de revezes na área
ambiental. Perdeu verbas para um fundo de proteção à floresta e viu
emissões de gases de efeito estufa crescerem em nível recorde, mesmo em
recessão econômica. Colheu forte reação no Brasil e no exterior com medidas
provisórias que reduziriam unidades de conservação e um decreto que
erradicaria a Reserva Nacional do Cobre (Renca). Recuou, mas o estrago na
reputação já estava feito - O Globo, 11/11, Sociedade, p.27.
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O Brasil retoma a
"diplomacia do etanol" como uma de suas principais bandeiras no
combate ao aquecimento global. Na COP, o País aproveitou seu evento
oficial para fazer a promoção da Plataforma Biofuturo. Lançada em 2016,
na conferência de Marrakesh, com o apoio de outros 19 países, trata-se de
uma parceria para incentivar os biocombustíveis avançados e ajudar a
reduzir a emissão de gases de efeito estufa do setor de transporte. Há a
expectativa de que o Brasil apresente como seu principal resultado para
esse esforço o programa Renovabio, que está sendo costurado pelo
Ministério de Minas e Energia para fomentar novos investimentos e
promover a retomada do crescimento dos biocombustíveis. Havia uma
expectativa de que ele seria levado ao Congresso na semana Passada, mas a
proposta está parada
- OESP, 11/11, Metrópole, p.A25.
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Geral
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"Sou membro
da etnia Kuikuro, do Alto Xingu. Trabalho com audiovisual há mais de uma
década, e já gravei diversos longas e curtas-metragens. Também faço
projetos para levar o audiovisual a outras aldeias da região. Agora,
estou pensando em contar a vida dos indígenas que saem das aldeias para
morar na cidade grande, entender suas rotinas. Além disso, mostrar as
brigadas indígenas que estão sendo formadas nos últimos tempos para
combater incêndios florestais no Xingu. Muita gente diz que indígena não
trabalha. Através do nosso cinema, queremos mostrar que isso é mentira.
Queremos registrar nossa língua, nossa cultura. Promover uma troca de
olhares", diz Takumã Kuikuro, em entrevista - O Globo, 13/11, Página 2, p.2.
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A gestão Michel
Temer acelerou o ritmo das regularizações fundiárias no País. Só nos sete
primeiros meses de 2017 foram concedidos a agricultores mais títulos
definitivos (TDs) e Contratos de Concessão de Uso (CCUs) do que na
comparação com os melhores anos dos governos do PT. Para especialistas e
organizações ligadas à reforma agrária, a regularização da posse de terras
dá segurança jurídica aos pequenos produtores rurais e contribui para
diminuir a tensão no campo. Eles afirmam, porém, que essa política
fundiária ocorre num período em que o governo corta verbas que dão
suporte ao desenvolvimento da agricultura familiar - OESP, 12/11, Política, p.A4.
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O governo do
Estado de São Paulo anunciou ontem o fechamento do Parque Ecológico do
Tietê, na zona leste paulistana, após a confirmação de mais um macaco
morto infectado com febre amarela. Esse é o 16o. parque fechado em São
Paulo após mortes de macacos - o primeiro fora da zona norte. Também
ontem, o governo estadual anunciou que a vacinação contra a doença será
estendida para dois barros na zona leste e mais 15 municípios da Região
Metropolitana de São Paulo - OESP, 11/11, Metrópole, p.A20; FSP, 11/11,
Cotidiano, p.B6.
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