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Mudanças Climáticas
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Como que para não deixar mais dúvidas, o aquecimento global acaba de bater mais um recorde. Os seis primeiros meses deste ano foram os mais quentes desde 1880, quando teve início o registro histórico, o que coloca 2015 na trilha para também bater o recorde de ano mais quente. Os dados foram divulgados ontem pela Noaa (Agência Nacional para Oceanos e Atmosfera dos EUA). Entre janeiro e junho, a temperatura média da superfície da Terra e dos oceanos ficou 0,85 grau Celsius acima da média do período registrada no século 20, que foi de 15,5oC. O novo registro supera o recorde anterior para o primeiro semestre, de 2010 - OESP, 22/7, Metrópole, p.A16. |
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Cerca de 60 representantes de cidades de vários países -incluindo o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT)- reivindicaram ontem, em reunião com o papa Francisco, que seus líderes nacionais adotem passos ousados na Conferência do Clima em Paris em dezembro, afirmando que esta poderia ser a última chance de manter em níveis seguros o aquecimento da Terra para a humanidade. Convidados para uma conferência de dois dias no Vaticano, os prefeitos assinaram uma declaração dizendo que "a mudança climática induzida pelo homem é uma realidade científica, e seu controle efetivo é um imperativo moral para a humanidade" - FSP, 22/7, Mundo, p.A10. |
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"Os economistas querem precificar o carbono a todo custo. Faz sentido, se o que se quer é transformar as economias de hoje, movidas a combustíveis fósseis, em economias descarbonizadas. Há duas trilhas claras - a que tributa o carbono e a outra, que cria mercados de carbono a partir de limite de emissões e comércio de licenças para emitir. Quem prefere a tributação diz que mercados são falhos e não atingem toda a economia. Quem se arrepia com a ideia da taxação prefere que o mercado calibre o andar da carruagem. Mas há um consenso: os economistas dizem que esta conversa de enfrentar a mudança do clima não irá a lugar nenhum sem que se dê preço ao carbono, de um jeito ou de outro", artigo de Daniela Chiaretti - Valor Econômico, 22/7, Brasil, p.A2. |
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Povos Indígenas
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Dois estudos internacionais realizados por grupos diferentes de cientistas e publicados simultaneamente ontem nas revistas Nature e Science trazem novas perspectivas sobre a chegada dos primeiros humanos às Américas. O estudo da Nature indica que três povos indígenas da Amazônia Xavante, Suruí e Catiriana) têm origens em populações que vieram da Australásia, uma região que inclui a Austrália, a Nova Guiné e outras ilhas do Oceano Pacífico. Já segundo o estudo da Science, os ancestrais dos povos indígenas das Américas, que passaram ao continente a partir da Sibéria, chegaram em uma só grande onda migratória - e não em múltiplas migrações ao longo do tempo, como muitos especialistas pensavam - OESP, 22/7, Metrópole, p.A16. |
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Ferrovias
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Ferrovia Bioceânica pode ser saída para viabilizar a Fiol
A Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), que está em construção na Bahia, passou a ser analisada como uma alternativa para viabilizar o traçado da chamada "Ferrovia Bioceânica", projeto previsto para cortar o Brasil e o Peru, ligando por trilhos os oceânicos Atlântico e Pacífico. Os chineses, principais interessados no projeto, pediram informações à Valec sobre a construção da Fiol, seu traçado e a previsão de ligar sua malha à Ferrovia norte-sul. A avaliação é de que essa rota poderia substituir o plano de construir uma nova linha na região Sudeste, cortando Minas e o Estado do Rio, até chegar ao Porto do Açu - OESP, 22/7, Economia, p.B8. |
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Energia
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A Santo Antônio Energia, responsável pela construção de uma usina no Rio Madeira (RO), não conseguiu honrar com uma garantia de R$ 470 milhões exigida pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que venceu ontem. A inadimplência está relacionada a custos que são incorridos pela companhia com o atraso nas obras da usina. Analistas avaliam que, se tiver de arcar com os custos do atraso nas obras, a Santo Antônio pode precisar de um novo aporte dos sócios. No ano passado, a empresa já recebeu mais de R$ 2 bilhões dos acionistas, entre os quais estão Furnas (Eletrobras), Cemig, Odebrecht e Andrade Gutierrez - Valor Econômico, 22/7, Empresas, p.B1. |
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"O leilão de concessão da linha de transmissão Xingu-Terminal Rio, para levar a energia que será gerada pela usina Hidrelétrica de Belo Monte até o Estado do Rio, realizado na sexta-feira em São Paulo, teve a participação de apenas duas empresas. Mas nenhuma delas brasileira. É mais um sinal do temor de investir dos empresários locais. A concessão figura entre as de maior porte no setor. A linha Xingu-Rio terá extensão superior a 2,5 mil km e capacidade de 4 mil MW. Os investimentos previstos são estimados em R$ 7 bilhões e a Aneel avalia em 16,8 mil o número de empregos que poderão ser gerados com a obra. Antes de chegar ao Rio, a linha passa pelos Estados do Pará, do Tocantins, de Goiás e de Minas Gerais", editorial - OESP, 22/7, Economia, p.B2. |
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Água
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Sem chuvas significativas há pelo menos duas semanas, os reservatórios da Grande São Paulo acentuaram o ritmo de queda. Em uma semana, entre os dias 15 de julho e ontem (21), as represas perderam juntas um total de 14 bilhões de litros de água. Esse fenômeno deve se intensificar até a próxima temporada chuvosa, que deve começar apenas em outubro. Tanto o governador Geraldo Alckmin (PSDB) como o presidente da Sabesp, Jerson Kelman, já descartaram a adoção de um rodízio (com corte do fornecimento) em 2015. No acumulado da última semana, todos os seis mananciais perderam água - FSP, 22/7, Cotidiano, p.B5. |
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A Agência Nacional de Águas quer renovar por dez anos a concessão do sistema Cantareira à Sabesp, mas o Palácio dos Bandeirantes defende uma outorga por 30 anos. O governo federal propõe quatro níveis de vazão da água: "normal", "atenção", "alerta" e "crítico", que serviriam como referência para medidas de redução de consumo e racionamento. São Paulo, porém, apresentou apenas os estágios "normal" e "crítico". A agência pressiona para usar o cenário de seca registrado em 2013 e 2014 como parâmetro para a definição dos níveis. O governo Alckmin argumenta que esses anos foram atípicos e briga pela adoção de uma regra menos rígida. Tradução: a ANA tenta deixar a torneira mais fechada para abri-la quando houver mais chuvas, o governo paulista quer manter o registro aberto e fechá-lo apenas em cenários de seca - FSP, 22/7, Painel, p.A4. |
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