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Energia
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A Polícia Federal prendeu ontem o presidente licenciado da Eletronuclear, o almirante da reserva Othon Luiz Pinheiro da Silva, acusado pelos procuradores da Operação Lava Jato de receber propina de empreiteiras que participam da construção da usina nuclear de Angra 3. Segundo o MPF, as construtoras Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Engevix, Techint e UTC pagaram nos últimos seis anos R$ 4,5 milhões em propina a uma firma de consultoria que pertenceu a Othon, que assumiu a presidência da Eletronuclear em 2005 e se licenciou em abril deste ano. Os procuradores que conduzem a Lava Jato acreditam que os desvios encontrados na Petrobras se reproduziram em Angra 3 e outras obras do setor elétrico - FSP, 29/7, Poder, p.A4; OESP, 29/7, Política, p.A4; O Globo, 29/7, País, p.3. |
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A investida da Operação Lava-Jato sobre o setor elétrico encontra farta munição no Tribunal de Contas da União (TCU). Em auditorias recentes, o órgão de controle identificou irregularidades em vários contratos firmados entre a Eletrobras e empreiteiras investigadas. Um dos casos suspeitos é a construção da usina termelétrica Mauá 3, em Manaus (AM), onde o TCU apontou problemas como indício de sobrepreço de até 311 vezes em serviços executados. Em junho, os ministros do TCU aprovaram uma extensa auditoria nas obras da hidrelétrica de Belo Monte. O TCU também acompanha com lupa o funcionamento de um suposto cartel no fornecimento de turbinas para Belo Monte e de aerogeradores para parques eólicos do país - Valor Econômico, 29/7, Política, p.A6. |
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Já sofrendo efeitos da Operação Lava Jato desde o ano passado, a conclusão das obras da usina nuclear de Angra 3 pode ser adiada novamente. A Eletronuclear não está satisfeita com o ritmo das obras, o que pode levar a uma nova revisão do cronograma. As obras civis da terceira planta nuclear brasileira foram iniciadas em 1984 e ficaram paradas por 25 anos. Reiniciada em 2009 com previsão de R$ 7 bilhões de gastos, a usina só deverá entrar em operação em 2018, com três anos de atraso em relação ao cronograma inicial, e deve custar R$ 15 bilhões. Com os novos desdobramentos da Lava Jato, há perspectiva de que o atraso para a conclusão das obras seja ainda maior - FSP, 29/7, Poder, p.A5. |
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"O futuro da geração de energia elétrica a partir de fontes eólica e solar, sujeitas a fortes variações ou mesmo descontinuidades está condicionado à viabilidade de compensá-las. Uma oferta intermitente, de porte significativo, apresenta problemas operacionais que acarretam custos sistêmicos, nem sempre computados na avaliação de sua competitividade frente a outras opções de oferta e na definição de seu preço. Sem prejuízo da sua utilização, é necessário acrescentar ao custo direto do kWh produzido os custos incorridos para compensar sua intermitência. Desconsiderá-los prejudicará a alocação de recursos para a expansão da oferta e aumentará seu custo, em prejuízo dos consumidores e do meio ambiente", artigo de Pietro Erber - Valor Econômico, 29/7, Opinião, p.A12. |
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"Desde abril de 2012, quando a Aneel publicou a norma para microgeração distribuída de energia elétrica, apenas 670 microcentrais geradoras foram instaladas no Brasil, sendo 631 de painéis solares fotovoltaicos (quase todas painéis solares em telhados). A lenta adesão levou a agência a abrir consulta pública para revisar as regras, com objetivo de atingir 500 mil a 700 mil unidades de microcentrais geradoras instaladas em dez anos. Que venha logo na nova regulamentação da Aneel. É hora da microgeração se agigantar", artigo de Tasso Azevedo - O Globo, 29/7, Opinião, p.21. |
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Água
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O sistema Cantareira vai poder fornecer mais água para a Grande São Paulo a partir do próximo sábado, dia 1o de agosto. Comunicado conjunto do DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica) e da ANA (Agência Nacional de Águas) informa que a Sabesp, poderá retirar 14,5 mil litros por segundo do manancial no mês que vem. Hoje, esse limite está em 13,5 mil litros por segundo. Mesma quantia que está estipulada como retirada máxima para os meses de setembro, outubro e novembro - FSP, 29/7, Cotidiano, p.B6; OESP, 29/7, Metrópole, p.A14. |
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O número de reclamações recebidas pela Sabesp de clientes da capital que sofrem com a falta de água cresceu de 86.586 para 140.752 na comparação entre o primeiro semestre de 2014 e o mesmo período deste ano, alta de 62,5%. Os dados mostram que, das 15 regiões em que a cidade é dividida pela Sabesp, 13 tiveram aumento no número de reclamações por falta de água entre os primeiros seis meses deste ano e o mesmo período de 2014. A Sabesp afirmou que o número de reclamações recebidas por falta de água no período "corresponde a aproximadamente 2% dos clientes atendidos pela companhia" - FSP, 29/7, Cotidiano, p.B6. |
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Geral
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Ao menos 20 trabalhadores, entre eles 4 adolescentes, foram encontrados em alojamentos junto a porcos no município de Luís Correia, no litoral do Piauí. Eles atuavam na extração da palha da carnaúba, cuja cera é usada como matéria-prima pelas indústrias cosmética e de eletroeletrônicos. Entre 12 propriedades rurais inspecionadas, 11 tiveram irregularidades apontadas. Trabalhadores eram mantidos em situação análoga à escravidão, segundo a Procuradoria do Trabalho. Foram encontrados trabalhadores sem alojamento adequado, sem carteira assinada, sem equipamentos de proteção individual e sem condições mínimas de higiene, saúde e segurança - FSP, 29/7, Mercado, p.A15. |
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Um cartão-postal do inferno se desenha para o próximo verão. Ele mostra uma colossal mancha vermelha no Oceano Pacífico e representa, segundo as agências climáticas dos Estados Unidos e da Austrália, o fortalecimento do El Niño, o fenômeno que semeia seca, calor e tempestade planeta afora. Dizem as agências, pode ser o mais avassalador em 50 anos. Se estiverem certos, um super El Niño. A mancha vermelha sinaliza o aquecimento anormal da água do Oceano Pacífico, marca registrada do El Niño. No Brasil, pesquisadores discordam e não acreditam que ganhará tanta potência. Mas o fato é que ele já está entre nós - O Globo, 29/7, Sociedade, p.39. |
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A IFC, braço do Banco Mundial para financiamentos ao setor privado, informou que concederá um empréstimo de US$ 22 milhões à Companhia do Vale do Araguaia, que produz madeira teca no leste de Mato Grosso. Os recursos serão utilizados "para apoiar o plantio manejado e sustentável" das florestas plantadas da empresa. Com o empréstimo, a Araguaia vai gerenciar e preservar mais de 9,6 mil hectares de terra, incluindo 6,3 mil hectares de plantações de madeira teca - Valor Econômico, 29/7, Agronegócio, p.B12. |
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