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Energia
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A presidente Dilma deve aproveitar a visita do colega Evo Morales para celebrar a assinatura de um memorando de entendimentos entre a Eletrobras e a estatal boliviana de energia Ende. O acordo prevê a realização, pela Eletrobras, dos estudos de viabilidade técnica de duas usinas hidrelétricas - uma binacional e outra no lado boliviano do rio Madeira. Estima-se que a usina binacional possa ter 3.500 megawatts (MW) de capacidade. Outra menor, em território boliviano, teria 950 MW. Em troca, o governo brasileiro espera um aval do país vizinho à ampliação da usina de Jirau, em Rondônia. Um acordo com a Bolívia é necessário para permitir a expansão da hidrelétrica brasileira, sem nenhuma obra adicional, em 420 MW médios no período de estiagem - Valor Econômico, 16/7, Brasil, p.A4; FSP, 16/7, Painel, p.A4. |
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O segundo linhão para escoar a geração da hidrelétrica de Belo Monte, que irá a leilão na sexta-feira (7), deve atrair pouca concorrência, dada a limitada capacidade de investimento das empresas brasileiras de transmissão no momento. Além disso, especialistas estão preocupados devido a perspectivas de que a estrutura não fique pronta antes da operação plena da usina. O vencedor do certame terá que erguer 2.500 kms em linhas de ultra-alta tensão entre o Pará e o Rio de Janeiro, o que a Agência Nacional de Energia Elétrica estima que demandará cerca de R$ 7 bilhões em investimentos - FSP, 16/7, Mercado, p.A22. |
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A Eletrobras pode não repetir a parceria com a State Grid na disputa pelo segundo bipolo da linha de transmissão de Belo Monte. A estatal avalia entrar em consórcio com outra companhia no certame. A chinesa, por sua vez, é presença certa e poderá participar sozinha, sem outros sócios, se as conversas com a Eletrobras não avançarem. A avaliação é que a State Grid tem condições de atuar como investidora única no projeto. Já outros eventuais interessados, menos capitalizados, dependeriam mais da parceria com a estatal - Valor Econômico, 16/7, Empresa, p.B2. |
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No momento em que o país se prepara para um novo leilão de blocos de petróleo, as empresas que adquiriram áreas na 11ª rodada, em 2013, ainda nem sequer conseguiram iniciar o trabalho de exploração dos campos. Dois anos após o leilão, nenhuma das 41 áreas arrematadas na margem equatorial recebeu licença para iniciar o trabalho de sísmica, o primeiro da fase de exploração. A demora, decorrente de atrasos na concessão de licenças pelo Ibama, é um dos motivos para o baixo interesse do mercado no próximo leilão -marcado para outubro. A 11ª rodada ofertou áreas na margem equatorial -litoral que vai do Amapá ao Rio Grande do Norte - FSP, 16/7, Mercado, p.A19. |
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O Ibama afirma que o atraso nas licenças ocorreu também porque muitas empresas entraram com pedido de licenciamento para trabalho de sísmica na mesma área. O órgão não poderia liberar que cinco companhias fizessem o mesmo trabalho, sob risco de ampliarem os impactos. Segundo o Ibama, a falta de informações sobre as áreas a serem exploradas fez ampliar as exigências para o licenciamento, mas uma mudança está em discussão com o setor. A indústria de petróleo, por seu lado, não estava preparada para as novas exigências feitas no licenciamento ambiental. Um executivo que adquiriu blocos na 11ª rodada classificou os pedidos como "estapafúrdios" - FSP, 16/7, Mercado, p.A19. |
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Povos Indígenas
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Kadiwéu, brava gente brasileira
Em 2000, Lúcia Murat lançou "Brava gente brasileira", sobre a colonização portuguesa, com a contribuição dos índios kadiwéu. Mais de dez anos depois, a diretora retornou ao Mato Grosso do Sul para filmar "A nação que não esperou por Deus", que estreia hoje, e que documenta as transformações sofridas pela tribo. "Fiquei chocada com as mudanças levadas pela chegada da luz elétrica, da televisão, pelo crescimento da atuação das religiões evangélicas na região e pelas disputas de terra com os pecuaristas", diz Lúcia, em entrevista - O Globo, 16/7, Segundo Caderno, p.5. |
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Com uma pequena produtora em plena aldeia, o índio guarani Papá Miri Poty, ex-cacique da Aldeia do Rio Silveira, localizada na região de Bertioga, no Litoral Norte de São Paulo, se prepara para dirigir um documentário sobre a primeira edição dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, que reunirá em outubro 2 mil atletas de vinte países, no Tocantins. "Poderei divulgar a sociedade indígena com o meu olhar", diz Poty - Veja SP, 15/7, Litoral, p.40. |
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Biodiversidade
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A vida de volta a floresta
Ambicioso projeto pretende resgatar a fauna original do Parque Nacional da Tijuca, pedaço reflorestado da Mata Atlântica no Rio que foi mandado plantar por dom Pedro II - Veja, 15/7, p.80 a 83. |
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Retirado da lista de espécies ameaçadas de extinção no Brasil no final do ano passado, o papagaio-de-cara-roxa, natural da Mata Atlântica, nunca viu sua população ser tão grande em um censo. Realizado há 13 anos pela SPVS, o estudo encontrou 7.464 animais no Paraná -que tem a maior população do animal. O número é 24% superior ao do ano passado e quase o dobro ao de 2003. Segundo a bióloga Elenise Sipinski, o crescimento atesta o efeito das medidas de preservação que vêm sendo adotadas há anos. Ninhos artificiais, por exemplo, feitos de caixas de madeira ou tubos de PVC, tem sido construídos pela equipe e por moradores desde 1998, a fim de compensar a derrubada de árvores ocas, que serviam como ninho natural - FSP, 16/7, Ciência, p.B9. |
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Infraestrutura
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FI-FGTS define projetos do BNDES que receberão R$ 10 bilhões
O comitê responsável por decidir os aportes do fundo de investimento que conta com recursos do FGTS, o FI-FGTS, selou ontem a transferência de R$ 10 bilhões de seus recursos para o BNDES, ao selecionar os projetos que receberão os financiamentos. A maior parte dos recursos deve ir para projetos de energia (31,3%). Rodovias devem receber 27,5% e ferrovias, 21,7%. Entre os financiamentos aprovados estão aportes de R$ 45 milhões para a usina hidrelétrica de Santo Antônio, no Rio Madeira, em Porto Velho (RO), que já recebeu R$ 2 bilhões em financiamentos do fundo. Outros R$ 400 milhões vão ser injetados na usina nuclear Angra 3 - OESP, 16/7, Economia, p.B7. |
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Cerca de R$ 200 bilhões serão investidos em ferrovias, rodovias, portos e aeroportos nos próximos anos, caso o novo pacote de concessões de infraestrutura, lançado no mês passado pelo governo, seja bem-sucedido. O ambiente econômico, no entanto, está pouco favorável. Apesar dos desafios, o governo já conseguiu atrair um bom número de empresas dispostas a fazer estudos de viabilidade. Para os quatro aeroportos das capitais e 11 rodovias incluídas no plano, 79 empresas apresentaram propostas - FSP, 16/7, Caderno Especial, p.2. |
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Água
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Após dois reajustes tarifários em seis meses, a conta de água e esgoto pode subir de novo para os consumidores da capital paulista. A Sabesp quer repassar para a fatura dos clientes paulistanos o encargo de 7,5% da receita bruta obtida na cidade que é obrigada a depositar no Fundo Municipal de Saneamento Ambiental e Infraestrutura para execução de obras - OESP, 16/7, Metrópole, p.A17. |
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