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segunda-feira, 26 de junho de 2017


Resumo diário de notícias selecionadas
dos principais jornais, revistas, sites especializados e blogs,
além de informações e análises direto do ISA
 
 
HOJE:
Agrobiodiversidade, Amazônia, Áreas Protegidas, Licenciamento Ambiental, Violência no Campo
Ano 17
26/06/2017

 

Direto do ISA

 
  Reportagem especial conta como ribeirinhos e indígenas da Terra do Meio, mosaico de áreas protegidas entre os rios Xingu e Iriri, no Pará, reencontram a história dos seringueiros e criam uma nova economia que valoriza e protege a floresta e o modo de vida integrado à ela. Assista também o terceiro episódio do minidocumentário “Xingu, histórias dos produtos da floresta” - Direto do ISA, 25/6.
  Diretor de órgão federal já havia indicado que acordo com ruralistas será cumprido - Direto do ISA, 26/6.
  A semana foi corrida e você ficou fora do ar? Descubra o que aconteceu de mais importante nas Unidades de Conservação e Terras Indígenas no Brasil - Blog do Monitoramento/ISA, 23/6.
  Em artigo, a coordenadora de Política e Direito do ISA, Adriana Ramos, explica as razões da queda dos recursos noruegueses para combate ao desmatamento no Brasil - Blog do PPDS/ISA, 23/6.
  
 

Amazônia

 
  Diante de um corte de apoio financeiro da Noruega ao Brasil por causa do desmatamento florestal, a parcela de recursos que será enviada ao BNDES em 2017 por Oslo não será suficiente sequer para atender a todos os novos projetos em consideração pelo governo para o Fundo da Amazônia. No total, o Brasil receberá no máximo US$ 35 milhões em 2017, um valor muito menor do que a média de US$ 110 milhões enviados anualmente. Os dados são do Ministério do Meio Ambiente da Noruega. O corte, que chega a R$ 250 milhões, terá um impacto real nos programas ambientais e de preservação. O Fundo tem até agora em 2017 apenas três projetos aprovados. Mas outros 19 estavam sob análise. No total, para que fossem aprovados, o fundo precisaria desembolsar US$ 175 milhões, cinco vezes o valor que a Noruega repassará ao Brasil - OESP, 25/6, Metrópole, p.A21.
  Após a gafe do ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, na Noruega, onde disse que só Deus poderia garantir a redução do desmatamento na Amazônia, depois que o governo local anunciou corte pela metade do valor destinado ao Fundo da Amazônia em razão do aumento do desmatamento, o Ministério do Meio Ambiente brasileiro convocou coletiva sábado para esclarecimentos. Mas pouco acrescentou de novo. Sarney Filho disse que, ao fim do ano, a redução pode ser diferente do que a anunciada, e voltou a culpar o governo anterior pelos números negativos - O Globo, 25/6, País, p.6; OESP, 25/6, Metrópole, p.A21.
  "Ao armar a reapresentação do talho em Jamanxim na forma de um projeto de lei, o ministro Sarney Filho deu a entender que o problema estava no aumento da área cortada pelo Congresso. Não. O problema é o governo Temer considerar que não há problema em diminuir o nível de proteção de 3.000 quilômetros quadrados de uma floresta nacional (categoria de UC que veda a ocupação humana) apenas para satisfazer alguns pecuaristas e grileiros do Pará. O Congresso do senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) só confirmou seu DNA ruralista ao elevar o corte para 4.800 km². Chega a ser risível o ministro do Meio Ambiente atribuir a Dilma Rousseff (PT) o repique na devastação dos últimos anos, como fez sem corar em Oslo. Dilma só começou a abrir a porteira de concessões à bancada ruralista, que Temer e Padilha agora escancaram", artigo de Marcelo LeiteFSP, 25/6, Ciência, p.B6.
 
"Agora em julho o Pará passa a contar com um sistema de monitoramento de florestas que permite verificar o que está ocorrendo a cada dois dias. Pelo sistema do Impa, tem-se um retrato a cada 30 dias, e com essa defasagem geralmente é tarde para se tomar alguma providência. O novo sistema permite enxergar o que se passa em uma área de apenas três metros. Exatamente por isso, o sistema já detectou que existe no Pará mais 10% de florestas do que se pensava", coluna de George Vidor - O Globo, 26/6, Economia, p.16.
  
 

Licenciamento Ambiental

 
  Leris Braga (PHS), 34, prefeito de Santa Bárbara (MG), é a mais recente preocupação da mineradora Samarco, que busca duas licenças ambientais para voltar a operar após o rompimento da barragem em 2015. Uma das autorizações está travada na cidade, onde a Samarco captava água para produção de minério. As outras quatro cidades onde a Samarco atua em MG (Mariana, Ouro Preto, Catas Altas e Matipó) já emitiram a chamada carta de conformidade para que a empresa inicie o processo de reabilitação das licenças suspensas. O prefeito diz que a adutora da Samarco está em uma zona de recuperação ambiental e, por isso, a empresa deve entregar estudos sobre seu impacto e cooperar para cessar a degradação da área. "A medida de mitigação é importante, porque preservar o recurso hídrico é preservar a matéria-prima", diz o prefeito - FSP, 24/6, Cotidiano, p.B7.
  "O Congresso brasileiro debate cerca de 20 propostas de revisões da lei de licenciamento ambiental, aparentemente para tornar o processo menos burocrático. Dois estudos recentes elaborados pelo grupo Banco Mundial mostram que as principais deficiências do processo estão na seleção e preparação de projetos, com grandes lacunas no planejamento setorial e no monitoramento de seus impactos e condicionantes. A aprovação de propostas que flexibilizam sobremaneira as normas existentes e se afastam de padrões internacionais de avaliação de impactos ambientais e responsabilidade social pode não somente colocar em risco um sólido patrimônio legislativo, como também implicar incertezas regulatórias e jurídicas", artigo de Martin Raiser, diretor do Banco Mundial para o Brasil - FSP, 25/6, Tendências/Debates, p.A3.
  
 

Violência no Campo

 
  Com enxadas nas mãos, eles fincam pedaços de madeira no chão e erguem as lonas pretas em Pau d'Arco (PA). Um mês após a ação conjunta das polícias Militar e Civil do Pará que resultou em dez mortos, camponeses tentam retomar a vida e a reivindicação da posse da fazenda com a construção de um novo assentamento. O caso de Pau d'Arco foi o episódio de disputa agrária mais violento desde Eldorado dos Carajás, também no Pará, em 1996. A polícia afirma que houve um confronto com os camponeses e troca de tiros - hipótese descartada pelo Ministério Público do Pará. Inquéritos ainda não foram concluídos, mas promotor fala em 'cerco' de policiais, que estão afastados - FSP, 25/6, Poder, p.A12.
  Longe das grandes cidades, o Brasil trava uma guerra de forças desiguais em batalhas pela terra e recursos naturais. Já somos campeões mundiais em assassinatos de líderes do campo. Siga a série multimídia da Repórter Brasil para entender as causas do aumento da violência e conhecer as histórias por trás dos números - Repórter Brasil, 26/6.
  
 

Agrobiodiversidade

 
  Feito por abelhas nativas brasileiras sem ferrão (mandaçaia, jandaíra, uruçu, tiúba, mandaguari... são umas 250 espécies; cerca de 30 em produção), o mel não é regulamentado nacionalmente. A lei diz que os níveis aceitáveis de umidade não devem ser tão altos (até 20%; e ele costuma ter entre 25% e 28% de água). O que ocorre é que esses méis são menos estáveis, podem fermentar na garrafa, a caminho do consumidor. Mas a fermentação em si não é ruim -dá um sabor acético e, então, se estabiliza. Também não é um problema que o mel seja pasteurizado ou refrigerado, diz Jerônimo Villas-Bôas, ecólogo que trabalha, há mais de dez anos, no fortalecimento das cadeias produtivas de mel de abelhas nativas. O importante é que o produto chegue às prateleiras e que a população do campo tenha essa como uma de suas atividades - FSP, 24/6, Revista São Paulo, p. 218-219.
 

[/www1.folha.uol.com.br/mercado/2017/06/1895979-empresas-querem-explorar-mercado-de-insetos-para-comida-e-racao-animal.shtml]Leia Mais[/www1.folha.uol.com.br/mercado/2017/06/1895979-empresas-querem-explorar-mercado-de-insetos-para-comida-e-racao-animal.shtml]Inseto avança como comida, mas repulsa favorece ração

Entre os empreendedores que buscam inovar o setor de comida, o apetite por insetos está em alta, agora que os benefícios ambientais e de saúde de grilos, moscas e vermes começam a ser conhecidos. Com a expectativa de que a população do planeta cresça para 10 bilhões em 2050 -e com ela, a demanda por alimentos-, número pequeno mas crescente de empresas está explorando o potencial dos insetos como fonte de comida e ração animal. Os insetos são eficientes, têm um impacto ambiental menor do que outros animais usados como comida e teor elevado de proteína, bem como vitaminas e minerais - FSP, 26/6, Mercado, p.A24.
  Toda a inspiração e o conteúdo do que vai ao ar no novo site Fartura - Comidas do Brasil, que estreia neste sábado em farturabrasil.folha.com.br, vem do Expedição Fartura Comidas do Brasil, que percorreu o país provando receitas regionais que representam o produto final de uma grande cadeia produtiva (produto, produtor, mercado e consumidor final), investigando suas respectivas origens, curiosidades e histórias - FSP, 26/6, Ilustrada, p.C6.
  
 
Imagens Socioambientais

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